Poemas de Morte Poetas Conhecidos

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⁠Fui, por tempos,
o mais ingênuo dos poetas.
Traduzi minha alma em escritos,
ofertados a rostos que jamais souberam ler;
justamente por esconderem-se atrás de máscaras.

As palavras — essas que julguei importantes —,
definhavam-se à medida do correr do tempo.
Então, tornaram-se meras lembranças do que poderiam ser:
pontes de transformação,
não muros de adorno.

Foi à escuridão do meu quarto —
a única leal que me restou —
que compreendi:
não era a beleza que faltava aos versos,
mas o merecimento dos olhos.

Toda poesia é imperfeita,
como todo homem;
e é essa a essência da natureza.
Os dissimulados, na vã procura do eterno,
hão de pasmar-se aos espasmos da tênue verdade.

Agora, ao ausentar-me,
deixo um rastro de luz contida —
mínima, talvez,
mas real.

Aqueles que um dia lerem,
não mais embuçados
— com a alma aberta —,
sentirão o brilho de minha partícula viva,
explodindo no silêncio cósmico.

“Não fui lido,
mas fui real.”

Inserida por Gesiel_Modesto

Há de vir o dia
em que os poetas vão se sentir livres.
Nesse dia, as pálpebras de suas retinas
não vão umedecer.
O dia em que a poesia dormirá,
sem lugar para se reter.
Já que a poesia busca a liberdade, e liberdade...
... é morrer.

Inserida por bampipoeta

⁠Se sou poeta, a culpa é dos poetas que li e que se tornaram minha inspiração.
São eles os culpados pelos meus versos poéticos, aqueles que me ensinaram, de Drummond Vinicius a Lispector, passando por Coralina e Cecília.
De Pessoa a Bandeira, todos são uma escola de poesia para mim, sem esquecer Patativa e Suassuna e o meu admirável Mário Quintana.
Conceição Maria de Jesus Alice Ruiz.
Ah, Castro Alves e Manuel de Barros, para fechar a conta. Afinal, são tantos poetas e eu sou apenas a sombra desses grandes nomes aprendendo com eles a fazer poesia...

Inserida por marcio_henrique_melo

⁠Nesta arte tão sublime,
De palavras estridentes,
Há os poetas do regime
E os que são independentes.

Inserida por AntonioPrates

⁠Nasci da estranha
noite dos Poetas
num mundo que nunca
me entendeu,
uma infância distante
onde minh'Alma arrefeceu!

Inserida por Eliot

⁠Nos românticos Poetas
a Lua perpetua
Amar, Amar de Terra em Terra,
Amar, Amar de Rua em Rua ...
E na loucura da Noite
esse Amor abrevia
até ao Nascer do Sol,
até ao romper do Dia.

Lua Pálida que vai tão alta
nas raias da morte,
frígida ou cálida
nas asas da solidão,
de face livida seráfica,
esquálida, perdida
que se esmalta e recorta
num infinito tão finito,
na imensidão do Coração!

Lua funda tão profunda
que m'inebria de Poesia,
rara calma suavidade
que meus lábios acarinha ...
Toma minha Alma tão sozinha,
será tua, sempre tua,
sê tu minha, sempre minha,

Pálida Lua!

Inserida por Eliot

⁠Palavras: Exilio dos Poetas -

Quando da Pátria que somos,
nunca fomos, despatriados,
exilados no silêncio das Palavras,
Palavras nunca ditas mas escritas, sentidas,
vivemos na renúncia de famílias sem voz ...

E por lá, distante das raizes que nunca fomos,
até a rima das palavras nos engole nesse exílio!
E as gentes, grades ambulantes que nos cercam!

E fico só, porque só eu fico, só eu me resto,
só eu me vejo!

Inserida por Eliot

⁠Os poetas amam e odeiam

os domingos.

Os odeiam por conta da saudade torturante

que costuma aparecer durante este dia

e os amam pelo mesmo motivo.

Inserida por nicoli_ribeiro

⁠Uns, apenas enxergam. Outros, tudo sentem. Estes? São poetas. Aqueles? São sentidos pelos poetas que os transformam em versos.


O poeta sabe que na arte da inspiração há uma ação que pira, mas não é ira. É apenas uma expiação.

⁠Aviso -

Vós que vedes os poetas
sentados em esplanadas
filhos negros dos ascetas
irmãos tristes da idade
almas pobres, condenadas,
incógnitos, sombrios, p'la cidade,

sabei que, a sua magra ilusão
seu nostálgico sentido
seu pecado sem perdão
fruto de árvore, proibido
é rasgar o horizonte
como encanto e castigo ...

Porque é castigo ser Poeta!
É ser rei sem ter castelo
ser corrida sem ter meta ...
Ser pajem, ser aia ou donzela ...
Ser poeta é indiferente,
é ser louco, é ser belo,
pintura negra numa tela.

E fechem-lhes as portas ...
Não os olhem no olhar ...
Não lhes aceitem as demoras ...
Seu pensar é nada ...
E em nada se resume ...
Dizem querer amar, amar ...
É mentira, loucura, queixume ...

Mas algo tendes de aceitar!
Respeitai sempre os novos laivos
de poesia que eles trazem no olhar ...
Sede prudentes no entanto,
e afastai-vos sempre desses goivos,
quando algum deles vos fitar!

Inserida por Eliot

Sorriso estrelar

⁠Poetas são as estrelas
Que declamam seus poemas
Sorriem e ao amanhecer
Desaparecem.
Não por timidez
Mas pela certeza
Que na noite seguinte
Aparecerá mais brilhante
E sorridente.

Inserida por vailton_silva

A POESIA & O POETA


O poeta é um aprendiz da Poesia.
É aquele que aprende
que poetas não escrevem poesias;
é a Poesia que se escreve através da gente

Inserida por joaquimcesario

⁠Nos versos, ecoam vozes consagradas,
Dos poetas que enaltecem a emoção,
Em cada estrofe, a magia das palavras,
Cantando o amor, a dor, a inspiração.

Shakespeare, grande teatro e verso,
Com sua pena brilhante e sagaz,
Em sonetos eternizou o universo,
De Romeu e Julieta, amor audaz.

Camões, com sua epopeia grandiosa,
Deu voz às glórias e aos feitos heroicos,
Em Lusíadas, a história gloriosa
E Dante, nas profundezas do inferno,
Navegou em versos de divina rima,
Mostrando a jornada do ser eterno.

Nas letras de Pessoa, múltiplas vozes,
Revelam sentimentos tão diversos,
Álvaro de Campos, heterônimo feroz,
E Alberto Caeiro, pastor singelo e terso.

E não poderia faltar Vinicius,
Com seu lirismo e paixão desmedida,
Poeta das noites, do amor e da luz.

Assim, se entrelaçam esses mestres da arte,
Cantando a vida em versos imortais,
Seus nomes ecoam, deixam sua marca,
Em nossa alma, eternizados sinais.

Que seus poemas, como farol a guiar,
Inspirem novos versos a serem escritos,
Que a poesia, sempre a nos encantar,
Reflita os anseios, os sonhos mais bonitos.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Não fala mais de amor
porque os poetas não amam mais,
não tem a palavra,
a força necessária
para a leveza da poesia.

Não busca nas tardes
o conforto triste dos romances,
ou das canções que nos embalaram naqueles dias.

Deixa que assim seja,
o que quer que seja.

Não fala mais de amor nesse tempo ríspido,
do toque áspero,
desse poema que nasce da resistência,
e do conflito.

Não fala mais de amor,
porque as histórias de amor,
ferem o coração
na insistência de senti-lo.
E eu que sinto,
todavia não falo de amor,
porque não sou poeta,
que para falar de amor,
é preciso muito mais do que isso.

Inserida por FernandaMl

Morrerei engasgada de palavras

Ouvi dizer que todos os poetas
Morreram engasgados
Pensei engasgados
Morrerei escrevendo tudo .

Mas nunca será o suficiente
Sou inundada de dentro pra fora
Permeada de caos e contradições
Tão finitas quanto eternas .

Um relógio de cordas
Programado já repetição
O eu caótico frustrado
Com fleches de memória .

Inerte da história , na contra mão
Infinitas palavras deslocadas
Extraídas soberbas de me . ⁠

Inserida por Ariane28

⁠Évora tão perto -

À quina do Geraldo
na Praça dos Poetas
situa-se a Igreja de Santo Antão!
A Fonte e as Arcadas,
as calçadas tortuosas,
tudo cheira a solidão ...

E há pombos nos beirais
que voam de mão em mão,
há esplanadas soluçantes
que dão assento por ali,
ao corpo, ao coração,
ao cansaço dos passantes ...

E cai o Sol sobre a Igreja!
Entardecer meigo e doce
nesta terra de suavidade ...
E ninguém leva o que trouxe
pois na Praça da cidade
nada é como se fosse!

E seja sonho ou realidade
há magia ao Luar
quando desce a luz da Lua
e passe quem passar
sentirá quanta saudade
há nas pedras pela rua.

É que aqui parou o tempo!
Cada rua é um deserto
cada canto uma demora
e o desejo é imenso
pois quem tem Évora tão perto
nunca mais quer ir embora ...

Inserida por Eliot

⁠Um brinde aos românticos incuráveis, aos poetas insanos e aos embriagados de paixão.
Um brinde aos bregas que dão flores, aos que escrevem cartas feitas à mão e choram no chuveiro ouvindo alguma canção do Caetano.

Que se mantenham vivos os que não tem medo de amar e se entregam de corpo e alma às borboletas em seus estômagos que voam boca à fora em forma de versos e poesia derramada em seu peito feito casa e acolhe o pranto, chorado entre quatro paredes que escorre pelo rosto, finalizando seu percurso no início de um sorriso singelo.

Somos românticos incuráveis querendo eternidades mortais e vivendo milênios em décadas de amores irracionais.

Inserida por liednaklindjeybatist

⁠POETAS E LOUCOS

Dizem que poetas são estranhos, criaturas do avesso, mas fazer o que? se meus olhos vivem ainternalizar o mundo.

Inserida por Davi-Roballo

⁠Aos leitores amigos

Poetas não podem calar-se,
Querem às turbas mostrar-se.
Há de haver louvores, censuras!
Quem vai confessar-se em prosa?
Mas abrimo-nos sub rosa
No calmo bosque das musas.
Quanto errei, quanto vivi,

Quanto aspirei e sofri,
Só flores num ramo – aí estão;
E a velhice e a juventude,
E o erro e a virtude
Ficam bem numa canção.

Johann Wolfgang von Goethe
Poemas. Lisboa: Edições 70, 2022.
Inserida por marcosarmuzel

Uma derradeira homenagem aos e às poetas
que agora estão poetando ao lado do Amigão.

POETANDO DO ALEM
Marcial Salaverry

Além de aqui poetar,
do além poetarei
depois que me for,
se tiver lá um teclado a meu dispor...
Poetando, de ninguém
fico aquém,
e sempre poeto para alguém,
não importando a quem...
E se estiver além do além,
ou se ainda aqui, como Matusalém,
levando meu poetar para além,
ou para o além...
Antes da Net, era um ilustre "quem?"
algo mais do que simples ninguém,
mas se poetando, chego a alguém,
como me disse um certo "alguém",
que muita competencia tem,
claro, que seguirei poetando do além...
Se às queridas amizades deixo meu adeus,
agradeço estar agora na companhia de Deus,
que me fez a poesia amar,
e com alegria, minha alma poetar...

Inserida por Marcial1Salaverry