Poemas de Memória
Luz
Hoje eu vi o sol nascer,
Há tanto tempo eu não via,
A noite ir embora, e dar lugar ao dia.
Abri os olhos devagar, deixei a luz entrar,
Ela me contou uma história,
veio morar na minha memoria.
Luz que exorciza o medo, que traz o sossego,
Que tira da escuridão, que pega pela mão,
Mostra tudo que reluz, as estrelas e o luar, um rosto familiar,
Aquele sorriso sincero, para sempre há de lembrar.
Porém não só das rosas lembrará e o que ver não poderá apagar,
Mas para que não voltes a tropeçar, teus erros ela iluminará,
DESPEDIDA
Era despedida
Queria ter feito mais
Abraçado mais
Mais forte...
De um jeito que fosse junto
Uma parte de mim.
Queria ter beijado mais
Mais vezes...
Absorvendo cada segundo
Como se não tivesse fim.
Queria poder lembrar mais
Assim, tentei gravar tudo
Marcando na memória
Cada cor,
Cada cheiro,
Cada som,
Cada pedaço daquela hora
Que me fizesse voltar no tempo
Só meio da história
Sempre que a saudade apertar
Me transportando de volta
Aquele momento
Sem começo nem fim,
Só àquele momento
No meio do tempo
Pra história nunca acabar.
Publicado em Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol 158
Agora estou sozinha
Relembrando os momentos
Fecho os olhos
Para encontrar a tua voz
Sinto ainda o teu cheiro
Na roupa que ficou
Estou tentando achar o teu abraço
Pra de ter mais perto...
Desculpa as lágrimas
Mas é a saudade
Falando mais forte
╔💕🌺═══════════════════╗
Essa madrugada...
acordei sem rumo sem noção, tomei um banho, e percebi que eu estava em descompasso, coloquei minha cabeça no travesseiro e meus olhos tomados por lágrimas, tive sensação de estar desprotegida, e com o coração inundado por um vazio, nunca senti isso! Me senti como uma criança deixada sozinha num escuro, tive medo, nunca tive medo! E nesse vazio de insegurança, percebi que vc não estava mas ali, e mesmo você minha mãezinha, estando inerte, à alguns anos, eu tinha você, tinha seus olhos olhando pra mim, vez o outra eu ia em busca desse olhar, sentia o calor de sua pele, me sentia segura eu tinha mãepai, sim! Foi MÃE E PAI. Nesse mundo de pouco amor, você se foi e me deixou uma certeza do que é amor verdadeiro
Te amo mãezinha
╚═══◄●•●►═══/═══◄●•●►═══╝
dura o momento
não mais que um instante
o lampejo de felicidade
ilumina o durante
mas na memória fica
a presença constante
Meu mundo...
(Nilo Ribeiro)
Este é meu mundo,
morrer a cada segundo
a história avança,
a memória cansa
que importa viver,
se o que faço é sofrer...???
se a vida é arte,
dela não faço parte
se acabou o amor,
por que insistir na dor...???
Um passado olvidado
Este é um fato verídico e sua narrativa advém de um homem com a mente senil, dotado de imaginação obsoleta. Não há em nenhum ponto de sua memória, resquícios das lembranças de sua juventude, no entanto evidencia o total desterro de suas recordações. A narração será, naturalmente lenta e compassada, pois com o passar dos anos o indivíduo extenua e perde toda a sua inerente diligência. O estranho neste enredo é que em nenhum momento lhe faltará decoro, pois o assunto em questão é peculiar e se afeiçoa a hombridade do narrador. Ao engajar o seu início, em momento algum deve ser interrompido, pois uma abrupta intervenção fará com que os corredores de sua mente se entrelaçam, pondo em risco a retidão de suas recordações. O motivo de todo esse desvelo é para com a integridade do palestrador, pois um pequeno vislumbre em sua atenção descarrilará a locomotiva dos trilhos de suas memórias, pois ministrar o seu relato é atribuir valores ao fenômeno imêmore de um passado olvidado.
Sempre que fecho os olhos
Viajo em um mundo só meu
Pensando táticas mirabolantes
De planejar o meu futuro
A madrugada chega
E o bobo sonhador
Prisioneiro da insônia
Vaga nos pensamentos bons
Só na ilusão de que a melhora
É apenas uma questão de disposição
Que essas variáveis todas
Não influenciarão se eu acordar pronto
Pronto pra mudar e fazer acontecer
Pronto pra mostrar para os pessimistas
Que a vida pode ser bem resumida
Em uma peça de alegria
Mostrar pra eles a verdade
Que a vida é uma oportunidade
Não é dramática e trágica
Como os textos de William
Acordo já atrasado
Pra essa mudança toda
Lotado de pensamentos não meus
Mas desses pessimistas
E vejo no amanhecer
Que os pensamentos do melhor
Eram apenas sonhos de criança
E nada mudou nem vai mudar assim tão fácil
Peço que Deus me proteja
Me ajude a ver melhor
As oportunidades de mudança
As pessoas a minha volta
Hoje quando for dormir
Lembre que alguém nessa hora
Está viajando nos bons sonhos
Pra ter ânimo de lutar mais um dia
Quando deitar e descansar
Veja no espelho das suas pálpebras
Uma criança inocente
Que acha que o mundo é só uma aventura
Lembre-se que sua vitória
Não vai acontecer sem luta
Corra atrás e não se esqueça
De agradecer aos céus
Faça o que não fiz
Aprenda com os erros
Abra os braços e vá
Em memória de mim.
"Como tal indivíduo observador que sou,
aprendi que aconselhar é preciso:
faz parte do amor.
Até insisto uma segunda,
vai que fura.
Mas vi que somos crianças
cutucando tomadas,
desejando o choque pra sacar,
naturalmente, finalmente,
as lições que se escondem nas ruas,
nos abraços, nos tropeços,
e que você precisa decifrar.
A partir da terceira, o erro é meu:
Pare de ser incoveniente, Matheus,
Paulo,
Roberta
E você também, Tadeu.
Meu momento pode perder o vôo,
se atrasar.
Seu momento pode se perder,
não mais se encontrar.
Mas o amor deve saber esperar,
torcer,
rezar.
Não há machucado que não conte uma história,
que não permaneça nos cuidando,
diariamente, vividamente,
nas entranhas da memória."
Eles ficam a me julgar
Ficam a se questionar
O porquê de tanta dor
Pra quê sofrer desse jeito
Se tem as pessoas que ama
E delas tem o amor
Não sabem o que se passa aqui
E nunca irão saber
Pois cada um traz consigo
Uma marca, ou cicatriz
De algo bom ou ruim
São as memórias, lembranças
Da juventude, da infância
Que ficam, jamais morrem
Traz uma história consigo
Que não se pode apagar
Mas independente da história
A vida tem que continuar
E novas linhas serão escritas
Experiências vividas
Muitas lições aprendidas
Para amanhã se lembrar
Sempre no final de tarde
Nos pagos do meu rincão
É momento de descanso
E hora do chimarrão
Peões e Prendas se juntam
Fazem festa no galpão
E o inverno é esquecido
Pelo fogo da paixão!
Minha infância é hoje
aquele peixe de prata
que me escorregou da mão
como se fosse sabão.
Mergulho no antigo rio
atrás do peixe vadio
– Quem viu? Quem viu?
Minha infância é hoje
aquele papagaio fujão
no ar, sua muda canção.
Subo nos galhos da goiabeira
atrás do falaz papagaio
– me segura, me segura
senão eu caio.
Deste tempo em que estamos
(de onde escrevo este relato),
uns dizem o fim de uma era,
outros, o início de um fraternal estágio.
Eu bebo meu chá.
Sou do tamanho da minha janela
e nela cabe até o mar.
Quando os cargueiros somem no horizonte
deixam de existir aos meus olhos carpinteiros.
Talho o mundo a minha medida.
Usei amores, naufrágios, despedidas,
e já não eram sentimentos,
eram versos.
Não vivemos no passado,
Porém ele vive em nós:
É o antes sem o qual
Não haveria o após,
É a voz da humanidade
Ecoando em minha voz.
A força mesma já não é
O tempo passa como a maré
sentir-se sozinho é dadiva
para os que desejam me entender
nunca o farão
o tempo passa tic-tac
quem diz que deveria ser assim?
confusão e mais confusão
será que me encontrarão?
todos esperam felicidade encontrar
mas poucos sabem que a mesma já está
felicidade agora não desejo
anseio apenas por me encontrar
perscuto por apenas existir
entender o simples agir
porque não posso entender?
sozinho quero estar
menos sorisos e mais sensatez
este lembrete logo se desfará
tudo em vão será?
mas em sua memória restará
a doce lembrança do meu olhar
sempre esperança ainda espero ter
inutil... como o usual
triste e sozinho,o vento sopra
e não para de soprar
será que estou satisfeito?
continuar devo antes, mesmo patamar.
Se a vida te abate
E as lutas não passam
Os sonhos não cansam
E só quer saber por que
O tempo perdido
Te deixa pra baixo
Levante a cabeça
E tente entender de uma vez
Que a cada dia é um novo desafio
Que a cada sentimento é uma memória
Mas a perseverança no caminho
É o foco certo pra vitória
Trago na aba da minha saia
Costurada em zigue-zague
Café preto e um cigarro
Seu canto e gargalhada
Ecoando pela casa
O tempo é sua morada
Memórias... de alegrias passadas
apagadas.
Recuerdos desse amor que um dia foi
e se foi...
Gostaria de voltar no tempo
nem que fosse por um momento...
Te abraçar uma vez mais...
voltar atrás...
Como hoje há dias e dias
que só deixar fluir eu queria.
A memória insiste em te apagar...
O coração preso a ti eternamente quer estar.
Há momentos que são únicos.
Há momentos que são especiais.
Há momentos que são eternizados.
Não apenas na memória,
mas também no coração!
Enquanto houver um professor que ensine,
um escritor que registre
e um poeta que compõe ...
a Memória do Museu Nacional
não será cinzas.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Memória de Carlos Drummond de Andrade
- Poema sobre lembranças da infância guardadas na memória
- 28 poemas sobre a infância para reviver essa fase mágica da vida
- Poesias de Carlos Drummond de Andrade
- Frases de saudades de quem morreu para manter viva a sua memória
- Frases para ex-namorado que ainda vive na memória
- Frases de momentos felizes que ficam eternizados na memória
