Poemas de Julgamento
Quando a Ajuda Vira Julgamento
Não pedir ajuda não significa que eu não precise. Talvez eu só tenha um jeito diferente de demonstrar que preciso de você.
Sempre estive disponível para quem necessitou, sem que precisassem pedir. Bastava um olhar, um suspiro, e eu já estava lá. Porque quem quer ajudar, faz. Chega, estende a mão, encontra um jeito. Não espera que o outro precise gritar por socorro.
Mas quando sou eu que preciso, dizem que não me ajudo. Que não quero ajuda, porque não peço.
Como se fosse simples assim. Como se eu nunca tivesse tentado. Como se o fato de me esforçar até a última gota, sem incomodar ninguém, fosse um atestado de que estou ótima.
A verdade é que, quando pedi, nem sempre encontrei. E precisei aprender a lidar com a frustração do “não”, que só se ouve uma vez, mas ecoa para sempre. Precisei compreender os motivos dos outros, aceitar os limites que me impunham, mesmo que doessem.
Então, antes de pedir, eu penso: será que essa pessoa pode? Será que ela quer? Ou vai fazer por obrigação, com pressa para se livrar de mim?
É mais fácil esperar. É mais fácil não precisar pedir. Porque quem realmente quer ajudar, percebe. Chega perto. Não precisa de um pedido formal. Às vezes, tudo o que alguém precisa é de um abraço silencioso, sem perguntas, sem julgamentos.
Então, antes de dizer que eu não me ajudo, tente entender quantas vezes eu já me ajudei sozinha. Quantas vezes lutei contra tudo, sem incomodar ninguém.
Talvez o problema nunca tenha sido eu não pedir. Talvez o problema seja que nem todo mundo sabe realmente estar presente.
E ter que lidar com opiniões e julgamentos de quem me desconhece me torna, dia após dia, mais bloqueada e inacessível.
Me sinto triste, exponho e dou a cara a tapa pro seu julgamento. Cansei de fingir que está tudo bem e ignorar o sofrimento. São dias que vão passando ao qual não estamos vivendo. A cidade
cresce, enquanto a alma diminui. Francamente, me diz no que esse plano nos inclui? Espetáculo armado pra drenar juventude, depois vem o descarte
prático: mundo líquido ilude.
Ato I: O Juramento de Julgamento
No silêncio do templo, eu me prostro,
Perdido entre o martelo e a luz,
Devo ser a mão que pesa a balança,
Ou o coração que busca a verdade?
Por onde anda a justiça dos homens?
Nas sombras, ela se esconde com medo,
E eu, seu servo, me vejo entre almas,
Vendo pecadores em cada suspiro de vento.
Eles me pedem a espada e o fogo,
Que eu decida quem viverá ou cairá,
Mas não sou deus, nem demônio,
Sou apenas a sombra de uma vontade distante."*
Julga com mãos de ferro,
Silencia a chama do espírito.
A lei é o que nos guia,
E a dúvida é tua queda."
Mas como posso ser o algoz,
Quando a própria verdade se esconde de mim?
Seremos todos sombras perdidas,
Caminhando entre o nevoeiro da incerteza?
Ó, destino cruel, que nos amarra,
A um ciclo de dor e traição.
Não há paz no julgamento do inocente,
Nem redenção no cair do malho.
"Na balança da vida, a verdadeira justiça se perde entre as sombras; somos todos prisioneiros de um destino que nos desafia a encontrar luz na incerteza."
Ato II: O Julgamento das Almas
Nas trevas profundas, eu os vejo,
Aqueles que suplicam por um vislumbre de luz.
Mas o que é luz neste abismo de medo,
Onde o destino de todos é cinza?
Bruxas, dizem, bruxas condenadas,
Mas onde estão as marcas do mal?
Quem entre nós não carrega pecado?
Quem pode julgar o inferno nas almas?
O malho está em minhas mãos,
Mas meu coração arde com dúvidas,
Eu, que sou o carcereiro,
Sou também prisioneiro das sombras.
Inocente sou, mas culpada estou,
Aos olhos que veem sombras nas estrelas.
Minha vida, presa a um fio de mentiras,
Minha alma, à beira do abismo da loucura.
Eles dizem que sou filha da noite,
Que meus feitiços dobram o vento e a lua,
Mas sou apenas uma alma perdida,
Afastada da luz que se esvaiu.
Não sou eu a bruxa,
Sou a chama que implora por redenção,
E, em ti, vejo a última esperança,
Será que me condenarás também?"*
Teus olhos me atravessam como lâminas,
Tu imploras por justiça, mas que justiça posso dar?
Sou eu, também, uma vítima da lei,
E na minha fraqueza, sou prisioneiro de ferro."
Sou a flor no inverno,
Cortada pelo gelo da noite.
Meu destino é frio, é morte,
A menos que tua compaixão me salve."
Nas tuas palavras vejo verdade,
Mas a verdade é sempre um espelho quebrado.
Como posso salvar uma alma,
Quando minha própria está presa ao abismo?"
"No abismo do julgamento, a luz e as trevas se entrelaçam, e aqueles que condenam são tão perdidos quanto aqueles que suplicam por redenção."
Bolha
Não quero ser condenado
Sem julgamento prévio
Uma sombra ao meu lado
Ainda sou pouco velho
Se eu pudesse fugir então
Sair de vez dessa bolha
Viver apenas uma emoção
Se houvesse tal escolha
Quando estou preso, sofro
Nas grades que eu criei
Agonizo tanto e não morro
Muita ruína já suportei
Não pretendo assim seguir
Se preciso, recriarei o ar
Sobretudo, tenho que sair
Encontrar o que respirar
Estou cansado da miséria
Intelectual, moral, anormal
Eu até viajaria à Coreia
Qual das duas? Dúvida real
Difícil aceitar o óbvio
E tudo que está por vir
É estranho ficar sóbrio
Essa bolha irá explodir!
FORA DO TEU JOGO
Demétrio Sena Magé - Magé
Sempre vou atingir teu julgamento;
te fazer mastigar teus preconceitos;
remeter um momento sobre ti,
pra que meças a tua hipocrisia...
Faço isso em silêncio; no meu canto;
sem ferir teu direito e teu espaço;
sem podar tuas idas, tuas vindas
nem vencer por cansaço as tuas fugas...
Sou "pecado" evitável facilmente;
nunca hei de prensar ou comprimir
tua mente, o teu corpo nem tu'alma...
Mas a minha existência não está
para jogos de purgo e conversão;
desistência de mim ou do que sou...
... ... ...
Respeite autorias. É lei
Sigo amordaçado
Não me deixam falar
Explicar o porquê
E assim foi feito o julgamento.
Culpado sem ao menos me defender
Não estou dizendo que sou totalmente inocente
Afinal de contas não sou perfeito
Sigo amordaçado
Por que será?
Sinceramente não sei
De uma coisa eu tenho certeza amordaçado estou
sem direito de explicar
Isso me entristece
Pede para que eu confie
E você?
Confia em mim?
Sei que tem suas razões
Não precisava sumir
Espero que um dia você volte a florir o meu jardim e alegrar a minha vida.
Sigo amordaçado
Mesmo te amando
sigo amordaçado
Do alto do meu julgamento, reconheci quem mais julgava: a mim mesmo.
Nesse reconhecimento, percebi o quanto a sutileza do cotidiano me conduz ao esquecimento.
Um esquecimento discreto, mas profundo — que me desvia silenciosamente, levando-me por caminhos que me afastam de mim mesmo.
Assim como o corpo pede movimento,
a memória pede lembrança.
E a lembrança… essa pede vigilância —
para que, ao recordar, eu não esqueça jamais.
Quando se é da
terra nesse mundo
o julgamento sempre
acaba sendo mais
pesado para deixar
a cada dia mais o
povo amendrontado,
e nunca o direito
receber crédito
e ser reclamado.
Sempre quis saber
de Milagro por
ser ciente de que
quando ocorre
perseguição política
o mal humano não
elege nenhum lado;
nunca me esqueci
que até assinei um
abaixo-assinado.
Passaram mais de
mil dias e até agora
nenhuma convincente
resposta de liberdade
chegando no caminho,
todo preso político
tem o meu amor
materno como se
fosse meu filho;
porque a vontade
de mudar o mundo
corre direto nas
nossas veias
como cachoeiras
nos meus poemas.
Na vida é que a vida julga.
O julgamento dado pela vida está na perversidade que cometer ou pela tolice que permitir.
É possível que a tolice e a perversidade sejam parte do indivíduo, por tantas tentações e traições, pelo discurso supostamente guiado.
O discurso moral é apenas um apego de menor significado que as relações entre corpos vestidos de nudez e despido de imoralidade.
Amauri Valim
Anjos existem?
Uma alma em aflição outras no silêncio eterno esperando julgamento final, a batida do meu coração entra em sincronia com meus pensamentos mais tenebrosos, ouço passos próximo da porta um vulto invade meu quarto para minha surpresa recebo convite de um espírito para explorar os mistérios da vida noturna, noite adentro em um ritual de teletransporte vejo almas em sofrimento corpos e pessoas que clamam pela vida vejo a maldade dominando mente e corações das pessoas grande parte da humanidade estão crise de existência dominados pelo mal diante desse dilema complexo sou forçado a fazer uma reflexão estamos sendo guiado por anjos ou demônios? Na minha lucidez conheci e vejo que anjos bons existem conheci alguns de carne e osso, espíritos também 😉.
Gilson de faria
19/01/2021
Muitos pensam que a morte és a libertação do espírito e que se segue para as esferas de julgamento de onde voltará a reencarnar, se transferindo aos Mundos Felizes.
Mais eu vós digo
"Não se acreditem quitados com a Lei, não atendendo pequeninos deveres de solidariedade humana."
Não precisais de igrejas, pastores, padres e ditadores, o bem, a luz esta dentro de vossos corações.
Não somos absolutamente nada sem uns aos outros, se coloque sempre do lado do outro, e fazeis para o outro aquilo que gostaria que fizestes para si mesmo.
A aliança com o povo faz promessas de grandes bênçãos e os acompanhará se fores obediente às leis e preceitos do bem maior, caso se rebelem e não cumpram os preceitos divinos, serás retirado a mão protetora de sua carne terrena e permitirá que sua carcaça seja afetada por pestilências e não mais próspera.
SONETO DO AMOR AO PRÓXIMO
De tanto variar no amor, não mais julgo
Sem nenhum julgamento, sem opinião
Rotular os bons e maus, não é exatidão
Somente o roteiro de quem quer indulto
As fraquezas e virtudes apenas as são
Se não... é quem quer grassar tumulto
Espelhando suas críticas do ser oculto
E se desenrugando em tola conclusão
Então, no ter harmonia deixei o insulto
Desenformei toda a minha limitação
Tentando no falível não ter berro inulto
E na aceitação, olhei com o coração
Em injustiçar, me despi do seu volto
Assim, no amor ao próximo, fui irmão...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro, 16 de 2017
Cerrado goiano
O Julgamento Reflete Quem Somos
Quando entendemos que toda opinião é uma visão carregada de história pessoal, compreendemos que o julgamento é uma confissão. Toda opinião que formamos não é apenas um reflexo imediato do presente, mas uma teia intricada de experiências, vivências, memórias e aprendizados acumulados ao longo da vida. Cada encontro, cada tropeço, cada vitória molda nossa visão de mundo e, consequentemente, nossas opiniões. Assim, quando julgamos os outros, estamos, na verdade, revelando mais sobre nós mesmos do que sobre aqueles que julgamos.
Esse julgamento, então, torna-se uma confissão das nossas próprias vulnerabilidades, medos, inseguranças e preconceitos. Ao criticar alguém, muitas vezes projetamos nossas próprias inseguranças e ansiedades. Ao elogiar, revelamos nossas aspirações e valores. Compreender essa dinâmica pode nos tornar mais empáticos e compassivos, tanto com os outros quanto conosco.
Portanto, é essencial desenvolvermos a consciência de que cada opinião é uma janela para a nossa alma e história pessoal. Ao fazer isso, podemos adotar uma postura mais humilde e aberta, reconhecendo que a verdade é multifacetada e que nossas percepções são apenas uma parte do grande mosaico da experiência humana.
Assim, ao compreender que nossos julgamentos são confissões, podemos cultivar uma sociedade mais tolerante, onde o diálogo e a compreensão mútua prevaleçam sobre o julgamento e a crítica.
O CEP inexistente entrega de onde eles vêm
E o julgamento passa a ser fatal e desumano: “cuidado!”
Na janela do trem, ela cansada do dia, ainda sonha
Na janela do ônibus, ele cansado do dia, ainda tem amor...
JULGAMENTO
‐ O gosto daquele cidadão é um tanto peculiar não é ?
- Meu caro prezado desconhecido! Eu sou um sujeito cheio de trejeitos, sou eu que sou peculiar. Portanto assim sendo, sou incapaz de julgar!
211223
Julgamento
Às vezes penso! E se as pessoas incluindo crentes deixaxem de se julgar uns aos outros! Afinal não é disso que Tiago fala! Uns acham que são Mais "santinhos" do que outros! Mas quem julga todos mesmo é o Senhor! Ninguém me vai dizer que no tribunal de Cristo, não vai haver um julgamento!?
Resposta ao Julgamento Silencioso
© 2025 – Aline Caira. Todos os direitos reservados;
Muitas vezes, convivemos com pessoas que carregam vícios, falhas e comportamentos que nos ferem — e não é fácil. Não é o que desejamos, não é o que sonhamos, mas, por medo da solidão ou pelo desejo de simplesmente nos sentirmos mulheres, acabamos suportando mais do que deveríamos. A vida, em sua dureza, às vezes nos coloca em encruzilhadas que jamais escolheríamos conscientemente.
A verdade é que, como escreveu o filósofo Arthur Schopenhauer,
“assim como o homem carrega o peso do próprio corpo sem o sentir, mas sente o de qualquer outro corpo que quer mover, também não nota os próprios defeitos e vícios, mas só os dos outros.”
Essa citação descreve perfeitamente como muitos que vivem ao nosso redor ignoram suas falhas, projetando julgamentos nos outros — especialmente em nós, mulheres, que tantas vezes somos silenciadas e cobradas por suportar demais.
Contudo, viver ao lado de alguém desequilibrado não é sinônimo de fraqueza. Pelo contrário: exige uma força interna que poucos compreendem. Aprendemos não por escolha, mas por sobrevivência. Crescemos não porque fomos amadas corretamente, mas porque aprendemos a nos amar em meio ao descaso.
Cada mulher que já conviveu com o peso do vício alheio e ainda assim manteve sua dignidade, carrega consigo a nobreza da resistência. E um dia, quando a dor for vencida, descobrirá que merece algo infinitamente maior: paz, respeito e amor verdadeiro.
JULGAMENTOS INJUSTOS
Os Julgamentos mais injustos são proferidos por aqueles que não conhecem os bastidores da tua vida !
Julgar sem conhecer é como condenar um inocente por um delito que nunca cometeu."
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