Poemas de Cores
Ele era marrom.
Marrom tipo essas cores de barro, de terra, de chão onde a gente finca as raízes, sabe?
Eu era azul.
Como o céu, como o mar, como alguns rios, como a imensidão, como a profundidade, entende?
Nós eramos distintos e talvez nunca nos tocaríamos, mas aí veio a chuva;
A chuva que era um pedaço do céu que caía na terra e o arrastava pra dentro de mim.
O problema é que pra terra, o importante é ter raízes, flores, árvores, vegetação que não sobreviveria muito tempo ao meu toque, e eu, água, passei a observá-lo de longe enquanto esperava a chuva.
E foi na época de estiagem que entendi que eu, rio ou céu, também tenho terra em mim, no fundo, mas que não se deixa ser levado pela minha correnteza, mas que ainda assim me fazia sentir bem por simplesmente saber que ela estava lá.
Não teve chuva, não teve “desaguar em mim”, não teve nada. Só teve eu.
Eu rio, seguindo em frente enquanto sofria depois de me permitir a ter solo em mim, mas que percebi que esse solo esse não me pertencia, mas que o vento me deixava acreditar que também poderia ser meu, tique que seguir meu curso.
Nunca as árvores foram tão bonitas, ou as flores tão coloridas, nunca mais me vi passando em baixo da linha do trem ou pude observar a terra onde tanto amei. Só fui, tive que seguir. Os galhos que se escondiam no profundo de mim, me arranhavam enquanto a minha correnteza me arrastava, isso doía, mas ensinava:
Eu era rio, ele era terra, e isso, sempre nos era lembrado todo dia pelos pássaros que nos cercavam e se sentavam à minha margem. SOMOS DIFERENTES E ISSO É DURO. Não podemos ter tudo, e eu tive que aprender enquanto chorava.
Papoulas são como estrelas cadentes
Que iluminam o céu da terra
Com suas cores e formas
Que encantam quem as observa
Papoulas são como canções de amor
Que tocam o coração da gente
Com suas fragrâncias e sabores
Que alegram quem as sente
Papoulas são como presentes divinos
Que enchem o mundo de graça
Com suas mensagens e significados
Que inspiram quem as abraça
Deus quando fez o mundo
Encheu o mesmo de cores
Eu vejo a todo segundo
Nos passaros também nas flores
Alma Pintada
No vazio da tela, um universo desperta,
Com doces pinceladas,
As cores se destacam , uma sinfonia experta,
Na harmonia das palavras, a tela se completa.
Ecos da Renascença
Nas telas do passado, a história é pintada,
Com cores que o tempo já desbotou.
Artistas da Renascença, mãos abençoadas,
Em cada pincelada, a alma chorou.
Da Mona Lisa, o sorriso enigmático,
Esconde segredos de um coração solitário.
O olhar de São Jerônimo, tão estático,
Reflete a penitência, o fardo diário.
O nascimento de Vênus, tão sereno,
Mas por trás da beleza, o mar revolto.
A melancolia do céu, o destino ameno,
Na tela, o paraíso, mas o mundo, um insulto.
Michelangelo, com o teto a adornar,
Deus e homem, a centímetros de um toque.
Mas entre eles, um abismo a separar,
A criação divina, e o mortal, em choque.
Rafael e seus anjos, de faces doces,
Mas até no Éden, a tristeza se infiltra.
Pois sabem que o fim dos dias se aproxima,
E o juízo final, a todos, desencanta.
Da Renascença, o legado eterno,
Mas até na arte, a dor se faz presente.
Pois cada obra-prima, um lamento interno,
De um artista que ao mundo, se sente ausente.
A poesia é como as cores
Que embeleza a vida
E a música vem e completa
Pra vida ser bem vivida.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
15/03/2024
Excelente semana!
Que seja abençoada
que tenha paciência,
humildade, cores, flores,
sorrisos e muita empatia.
Flávia Abib
meu querido
voce era tao jovem quando se foi
nem abriu os olhos e viu as cores mais bonitas desse mundo
o ceu e agradavel? acredito que sim, mas me conta como e estar com jesus, deve ser otimo e a paz deve ser incrivel, mal vejo a hora de quando ele vier e me buscar para te ver de novo, eu tinha tantos planos pra voce meu pequenino, mas voce se foi alem, a quela noite eu chorei tanto para deus, e me doeu demais sua ida, eu te amei muito mesmo voce sendo, e mais uma vez deus me tirou algo, eu nao sei o porque mas eu quero que fique bem, pois daq alguns anos eu farei carinho em voce novamente
Adorável era olhar a vida com os olhos brilhantes e sorridentes, vislumbrando as cores que ela possuía. Hoje fico a admirar um borrão cinzento, que insiste em tapar a sútil cor que a vida tomou para si.
De: Eu
Para: O acaso e o provável.
O amor que nunca tive
Tenho outros amores
Dos quais posso desfrutar,
Mas nenhum com as cores
Que gostaria de avistar.
Queria poder sentir
De um coração as dores
Como o sentimento de partir
Na ventania as flores...
Em época de temporal!
Mas quis a vida, infelizmente,
Não dar a mim (impertinente)
O fugor de ser casal:
De viver enriquecido
Com o coração preenchido
Do sentimento atemporal...
Que preenche a vida
Enquanto vida
Que preenche o ser
Enquanto casal.
amo te Deus
Quando vejo teu céu
Pintado com as mais belas cores
Consigo imaginar sua grandiosa bondade
De todas as maneiras e formas amo-te
Amo-te por ter feito-me teu filho
Tua bondade me de tais formas inimagináveis
louvo o teu nome por isso sou feliz ☺️
Setembro chega feroz,
perfuma os meus dias,
explode em cores-branco, amarelo e rosa-,
borda com vida minhas calçadas e enche de amor meu coração já cheio de agosto.
Vão Color
Em um pensamento vazio,
Houve um momento vão
Ouve-se ruídos.
Vãos brancos, sem cores.
Entre nós o perdão há,
Entre nós o descabido há,
Não há como havia,
Mas, há.
Em brancos vãos,
há as cores que só nós vemos.
Ver? Será que vemos o quão somos?
Não nos dedicamos, lamentamo-nos.
Sagaz era a fonte de cor, sagaz era o quanto amava-me . (Hoje memórias vão)
Na sombra do invisível, a vida dança,
Cores que ninguém toca, um eco sem aliança.
Risos sussurrados, sonhos a vagar,
Caminhos ocultos, onde o sol não vai brilhar.
Segredos do tempo, em folhas a cair,
Fragmentos de histórias que o vento faz fluir.
Cada instante perdido, um universo a explorar,
Na essência do que é, o ultimate a se revelar.
Descoberta
Perdi as contas de quantas vezes roubaram o azul do meu céu, e as cores do meu arco-íris.
Aprendi a amar o cinza que restou e, me apaixonei pela chuva, pelos raios e trovões. Por fim, descobri que sou também tempestade noturna, nas terras remotas do meu coração.
Lírio-azul
Sinto paz ao ver as flores
Um pasto repleto de cores
Me sinto seguro
Mesmo estando escuro
No meio delas
A uma que brilha,
Uma maravilha
lirio-azul
Brilha mais que o céu azul
Me sinto em paz vendo as flores.
Tornaste mais vivas
todas as cores,
elevaste toda a beleza,
tornaste mais profundo o prazer.
Amo-te mais do que à vida,
meu amor, meu deslumbramento.
Quais cores escolher
transmitir pelo caminho
traçado a cada dia?
Imagino que ecoar
uma vibração capaz de influenciar,
florescer, envolver, atiçar,
seja a complexidade da simplicidade
de se permitir ser...
...ser colorido para si,
e ainda assim,
permitir colorir outrem.
"Jardim Sem Flores"
Em meu jardim, onde o eco se perde,
Não há cores a brilhar, nem vida a cantar.
As flores se foram, e o vento se lembra
De um tempo que, em silêncio, insiste em voltar.
As raízes que um dia se entrelaçavam,
Agora buscam no vazio um caminho a seguir.
O sol se esconde, as sombras se amparam,
E a terra, solitária, chora sem fim.
Onde risos dançavam sob o luar,
Agora só se ouvem suspiros de dor.
O perfume das manhãs se foi, a restar,
Apenas a lembrança de um mundo sem cor.
O jardim sem flores é um reflexo de mim,
Que perdeu a sua essência no compasso do tempo.
Mas talvez, um dia, o vento traga a fim
De renovar as saudades que guardo em pensamento.
