Poemas Bonitos
Saberás que não te amo e que te amo posto que de dois modos é a vida, a palavra é uma asa do silêncio, o fogo tem uma metade de frio. Eu te amo para começar a amar-te, para recomeçar o infinito e para não deixar de amar-te nunca.
Nota: Trecho do Poema XLIV Link
Temos consciência de nossos defeitos, e acreditamos que os outros possuam exatamente o que nos falta.
O mundo é tão vazio se pensarmos apenas em montanhas, rios e cidades. Mas conhecer alguém aqui e ali que pensa e sente como nós, e que embora distante, está perto em espírito, eis o que faz da terra um jardim habitado.
Cada momento, cada segundo é de um valor infinito, pois ele é o representante de uma eternidade inteira.
Sim, nada mais sou do que um viajante, um peregrino sobre a terra! E você é alguma coisa mais do que isso?
(Werther referindo-se ao mau humor como fardo)
(...) Merece esse nome o comportamento que prejudica a nós mesmos e aos outros. Não basta a impossibilidade de sermos felizes? Precisamos ainda roubar o contentamento que as vezes passeia nos corações alheios? Aponte-me alguém que esteja de mau-humor e apesar disso seja valente o suficiente para ocultá-lo, suportá-lo sozinho, sem destruir a alegria em torno de si. Trata-se muitas vezes de um mau-humor contra nossa própria incapacidade de viver bem, um descontentamento contra nós mesmos, e está sempre ligado à inveja e à vaidade. Não suportamos ver pessoas felizes, sem que tenhamos concorrido para tal.
O maior problema de toda arte é produzir, por meio de aparências, a ilusão de uma realidade mais grandiosa.
O homem com percepção suficiente para admitir suas limitações é o que mais se aproxima da perfeição.
A vida humana não passa de um sonho. Mais de uma pessoa já pensou nisso. Pois essa impressão também me acompanha por toda a parte. Quando vejo os estreitos limites onde se acham encerradas as faculdades ativas e investigadoras do homem, e como todo o nosso trabalho visa apenas a satisfazer nossas necessidades, as quais, por sua vez, não têm outro objetivo senão prolongar nossa mesquinha existência; quando verifico que o nosso espírito só pode encontrar tranqüilidade, quanto a certos pontos das nossas pesquisas, por meio de uma resignação povoada de sonhos, como um presidiário que adornasse de figuras multicoloridas e luminosas perspectivas as paredes da sua cela... tudo isso, Wilhelm, me faz emudecer. Concentro-me e encontro um mundo em mim mesmo! Mas, também aí, é um mundo de pressentimentos e desejos obscuros e não de imagens nítidas e forças vivas. Tudo flutua vagamente nos meus sentidos, e assim, sorrindo e sonhando, prossigo na minha viagem através do mundo.
Eu me embriaguei por mais de uma vez na vida, minhas paixões nunca estiveram longe da loucura, e não me arrependo: porque foi assim que vim a compreender que, desde tempos imemoriais, foram considerados ébrios ou loucos os homens extraordinários, que realizaram grandes coisas, coisas que pareciam impossíveis.
A maioria sofre durante quase todo o seu tempo, apenas para poder viver, e os poucos lazeres que lhe restam são de tal modo cheios de preocupações, que ele procura todos os meios de aliviá-las.
... ele gosta mais da minha inteligência e dos meus talentos que do meu coração, o qual, todavia, é a única coisa de que me envaideço: fonte da minha força, da minha felicidade e de todo o meu sofrimento. Ah! O que sei, todos podem saber, meu coração, porém, só amim pertence.
É um impulso natural da humanidade o querer tocar o que nos fere os sentidos. Não é o que fazem as crianças? E eu?
Oh! não poder eu voar até você, meu bom amigo, e exprimir-lhe, com a minha emoção e torrentes de lágrimas, os sentimentos que agitam o meu coração! Sinto-me ofegante e procuro me acalmar.