Poemas Boca
Estação
Não há constelação no céu da tua boca
Não há nem dentes em tua boca!
E mesmo assim,
Perduras um riso frouxo de esperança...
E nos teus olhos, tanta indagação!
Com a tua roupa imunda
Cobres vagamento tua solidão
Seguras o pão com tanta força
Como se fosse escapar da mão
De repente,
O desvario transforma tua face
Loucura? Raiva? Não sei
Arrasta tua perna arruinada
Até o canto da estação
Devora teu pão
Digere tua alma
Recordas tua face de ontem
Engasga de decepção
Não há dentes
Não há casa
Não há dinheiro
Acabou o pão
Há apenas a vida que passa
A gritar-te
Não! Não! Não!
A vida se faz assim...
Noivado, casamento, lágrimas nos olhos, ouvi-se o sim, beijo na boca, romance, carinho. A vida se faz assim.
O primeiro parabéns, abraço do irmão, reunião com os amigos, formatura e festa... alegria, emoção, amor, paixão. A vida se faz assim.
Brincadeira de criança, traquinagem com o cachorro, turminha da escola, um passeio pela cidade. A vida se faz assim.
Olhar de mãe, colo do pai, almoço com a família, viagens, sorrisos, risadas. A vida se faz assim.
Tristeza na despedida, alegria da chegada, noite de lua cheia, pôr do sol no horizonte, flor da primavera. A vida se faz assim.
E a vida me guardou tudo isso, numa linda caixa, repleta de amor e carinho em forma de fotos, para que eu pudesse reviver cada momento sempre que sentisse saudades.
A vida se faz assim...
ÁGUA que nasce na boca
Sedenta de beijos
Que abre na TERRA
Profundos desejos
Do teu ribeirão,
ÁGUA em que nadam sereias
Inundam as veias,
Do meu coração
E levam a TERRA
Em cego mergulho,
No mar da paixão
Gotas de ÁGUA pingando
Abrindo na TERRA
Profundo grotão.
Depois entornam,
Em cascatas, na inundação.
ÁGUA que fertiliza a TERRA
E as sementes, encerra
Até a exaustão
Deságua e dorme tranquila
No fundo da TERRA.
(desÁGUAemTERRA)
Inspirada na música Planeta Água
A noite
que chega
encontra
a mistura
de pernas
e lábios...
Na boca
que saliva
ante o desejo
ardente
persiste
o gosto do mel
que adoça
e atiça…
A língua
voraz
vagueia
e afoita
descobre caminhos
desvenda mistérios
e encobre
segredos…
Obscuro que eu ali estava
Agora não estou mais
Foi ela que me o tirou quando
sua boca a beijava
A sensação de liberdade quando tocava-a
a pureza das imagens que demostava
a certeza de um novo amor antigo amor
que ja sentia por pleno esplendor
Pra que me exibir ?
amor ja expoe a exibição do inexistente
A Lei mais proibida e
a Face mais revelada do escuro
e a consolização que do seu lado não a solidão
Boca de Mãe
Quase sempre achava que a boca da minha mãe era a concretização de uma praga ou de um sonho.
Bastava ela dizer, menina, desce daí senão você vai cair, bater a cabeça e se machucar e não é que se a teimosinha aqui insistia, aquilo tudo acontecia.
Lembro de ter desabafado mágoas e minha mãe dizia, filha, um dia você vai rir de tudo isso.E não é que é verdade! Tudo verdade das mais verdadeiras.
E o sexto sentido de mães, quando ela encasqueta com uma coisa, quando acha aquele seu namoradinho fiasco, quando não é pura implicância ou dominação, o namoradinho quase sempre é fiasco mesmo.
Acho que tem sempre anjos perto das mães e assim que elas terminam de falar os anjos passam e dizem: amém. E puf tudo acontece igual previsão. Quantos choros teria evitado se tivesse ouvido minha mãe. Quantas coisas poderia ter aprendido sem quebrar a cara, sem choro, sem traumas, sem desilusões. Parece que elas vivem há cem anos luz na nossa frente. Mas às vezes vale a pena aprender com os próprios tropeços né, evita aquela sensação de "e se eu tivesse tentado", "e se tivesse falado", "e se tivesse beijado" e, e, e...
Cada caco,
Do sentimento velhaco,
Tinha enfiado no saco,
Amarrado a boca c'um laço
E enviado pro espaço,
Pra dizer que esqueci!
Oh amor, és ingrato,
Mas meu céu é opaco;
Me rendo ao cansaço,
Estou só, no bagaço,
Não há brilho sem ti!
Toma de volta o meu braço,
No aconchego, o regaço,
Nesse amor me perfaço,
Não aceito o fracasso,
Me leva daqui!
(DesCOMPASSO)
Saudade é ter na memória o gosto dos bons momentos que não voltam mais...
A boca fica seca, os olhos cheios d´água,
o coração acelera, mas nada sai do lugar...
Só o pensamento voa longe tentando agarrar as lembranças,
até que um sopro de realidade te diz: não dá!
Olha essa vida é louca
E você me deixa ficar viciada
quando sinto sua boca
Não sou boa de rima
Apenas quero demostrar
pras mina que tu tem uma
Minina que ti ama!!!
Você conseguiu fazer escapar dos meu dedos palavras que geralmente sairiam pela minha boca. Gemi em cada sílaba te chamando pra mim.
Rebeca
-
Sua voz em minha cabeça ecoa
Seu olhar aos meus olhos voa
Sua boca na minha enjoa
Minha mão na sua cala
Pelo seu corpo se espalha
Sem medo por si fala
Não sei se vou perder
Nem sei se vai ceder
Só sei que vou te ter
Agora vou falar
Que mesmo sem te encontrar
Ainda quero te amar
SOLIDÃO ACOMPANHADA
Solidão acompanhada
Boca que se move muda
Surda e tola gargalhada
O som inútil a mente afunda
Presente alí nesse instante
Só assiste como um monge.
E esse vão se faz gritante
Enxerga um mundo de longe
O corpo sempre cercado
Mas a cabeça lá...distante
Em meio a todos abrigado
O riso falso destoante
Queria nesse momento pode ti toca
Olha em seus olhos, sua boca beija
Quero te abraça e ver você suspira.
Quero escuta sua boca fala que
Você só sabe me ama
Quero nos entardece de todas as tardes te olha
Esse lindo sorriso admira.
Bbzinha uma coisa e certa eu nasci pra te ama.
Teu eu meu...
Meus olhos têm a cor de quem te quer amar
Só amar um muito amar...
Minha boca tem o gosto do teu nome
Que se repete como refrão sem parar...
Minhas mãos têm o calor do teu corpo
Num queimar sem chama que reclama
O abraço que inflama.
Meus sonhos sonham os teus loucos devaneios
Animal sem arreio cavalgando universos ilusórios
Espalhando poeira de estrelas por caminhos
Ladrilhados de desejos.
Meu tempo corre por teus momentos
Em seculares segundos de saudade...
Minha voz grita teus sons que ecoam nos cânions
De meu coração, replicando em minha alma o
Chamado do teu...
Minhas asas voam teus caminhos por distancias
Das demoras ansiadas no tamanho dos jardins
Plantados em minha por tua alma...
Quero beber o mel de sua boca
Como se fosse uma abelha rainha
Quero escrever na areia sua história
Junto com a minha
E no acorde doce da guitarra
Tocar as notas do meu pensamento
E em cada verso traduzir as fibras
Do meu sentimento
Menino
Me agarro nesse menino, que tem os olhos tranquilos
Os olhos mais lindos, a boca aguada de tamarindo
Me agarro nesse menino, que tem os dias sadios
Que é peixe no rio, que é bicho acuado sem meus carinhos
Me agarro nesse menino, que tem o campo cerrado
Um baio selado e fogoso esperando por meus domingos
Me agarro nesse menino, com cola, com visgo de figo
Que brinca comigo, enquanto meus filhos estão dormindo
Será que ele cresce?
Me faz pouco caso
E um dia me esquece?
Preciso desse menino, que tem na sua algibeira
Segredos e chaves, que abrem porteiras pros meus caminhos
Preciso desse menino, de sua água de mina
Que lava meus dias e os deixas quarando num sol a pino
Preciso desse menino, que tira ouro do milho
Da vida o destino, com seu canivete cor de alumínio
Preciso desse menino, que eu carrego aqui dentro
Sem ele eu perco todo encantamento por ter crescido
Será que ele cresce?
Me faz pouco caso
E um dia me esquece
Desfrute sempre dos bons momentos...
Ria até chorar, até o canto da boca doer, até uma dor imensa na barriga aparecer, pule, grite, dance, imite animais, dê um abraço, um beijo, seja ele de despedida ou reencontro... Entenda, aceite, se preciso recuse, reconheça seus erros, abaixe a cabeça quando estiveres errado, mas quando estiveres certo, tente-lhes mostrar a verdade, não esconda a dor, nem um sorriso, ...
Isso tudo faz parte dos momentos que devemos desfrutar... Alguns podem não ser bons de cara, mas, no final tudo dá certo... E podemos perceber que tudo foi feito na melhor das intenções...
Essas coisas fazem parte para um bom início de vida!
É muito bom saber que sei viver muito para uma pequena iniciante!
A sabedoria é alta demais
para o insensato;
no juízo, a sua boca
não terá palavra.
BRANCA NO MAR DA SEREIA
Calo minha boca enquanto fala meu coração,
esse meu silêncio contrariado, de ouvir calado,
tanta amargura e inveja, tanta mediocridade.
Perco-me às vezes em pensamentos tolos,
De me rebaixar a lama da antiguidade.
Não sou poeta da antropologia, criação doentia,
Seja real ou o mais incrédulo pensamento,
não quero ser um notívago na memória.
Preencho cada palavra com irreverente humor,
Talvez seja mesmo um palhaço autêntico.
Só não entendo tantos anos perdidos,
Criando um mundo carregado de frustrações.
Seja preta de ódio ou branca sem vergonha,
O fétido odor sai do fundo da alma,
Para a eternidade imutável de um museu.
E ainda unidas corram,
pois que o tempo é carrasco,
E as velas continuarão acesas,
Fazendo sombra aos rostos frios e calados.
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