Coleção pessoal de deborahstrougo

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O ar me falta e eu soluço, prendendo um choro que insiste em chegar.

A boca comprime e engulo em seco, segurando o som da minha dor na garganta fechada.

Prendo as lágrimas nas íris e não as deixo cair como se minha vida dependesse disso.

Não digo nada e me isolo no silêncio de um vazio escuro na promessa de alguma paz.

Por quê? Porque me finjo de forte até pra mim mesma, como uma forma de ignorar a saudade que invade meu peito e estrangula minha alma.

Às vezes, caro leitor, é melhor viver numa mentira do que sofrer com a verdade.

Fim. A intolerância alcançou o amor. As brigas eram mais constantes que os abraços. A obrigação ultrapassou a vontade. Não existia mais saudade. A repetição se instalou. As mãos se entrelaçavam nas ruas. Os beijos do amanhecer faziam cosquinha. Ter companhia era um prazer. Felicidade incorporada em dois corpos. Os carinhos eram sinceros e delicados. Olhos diziam tudo. Havia sentimento. Era uma vez um casal feliz..

Ontem eu pensei nela
Chorei pelos olhos de mel
Que nos avisaram de sua ausência
E de saudade a gente vive.

Não sou de samba, nem carnaval
Sou de palavras sem ritmo
Uma bagunça de letras
Que em um poema tentam se encaixar.

Mas quando penso nela
Não tenho vocabulário
E os olhos de mel que, um dia, admirei
Hoje, nem em sonhos os encontro.

O tempo passa como um furacão
Mas não há nada que a tire de mim
A menina dos olhos bonitos
Por quem ontem eu chorei.

Em minha cabeça se instalou a utopia
Sentimentos que materializei sem permissão
Imagem de cenas que não vivia
O que há de errado, afinal, com meu coração?
Há coisas que não entendo
E apesar da minha quebra
Eu não me sinto como se estivesse sofrendo
Muito menos a dor de uma queda.
Não dói
Não me alegra
Apenas me corrói
Me entrega.
E é de poesia que vou vivendo
Num mundo onde a imaginação está vencendo
A realidade não revigora
Pelo menos, não por agora.
Músicas tristes no começo do dia
Influenciam meu humor
Apesar dessa utopia
Que criei a partir do meu rancor.
E este é o meu segredo
Tentando me perder no meu mundo paralelo
A cada dia acordo mais cedo
Tentando entender o inexistente elo.

Vá fingir em outro lugar
Que aqui não tem espaço para suas mentiras.
Não há canção mais bonita que vá me desmanchar
Muito menos um beijo nessas noites frias.

Hoje não ficarei em cima do muro
Prefiro o que está claro ao escuro.
Não tenho a intenção de trocar a certeza pelo embaçado
Quanto mais as palavras de amor pelo calado.

Em uma poesia de meia-noite
Jogo minhas intenções com a força de um açoite.
Que doa o suficiente para esquecer
Tudo o que se passou e o que poderia acontecer.

Busco a paz em meu coração novamente
Agora, use a sensatez e vá embora
Que não quero ninguém que mente.

Você, dos olhos azuis,
Que se perdeu na passagem do tempo
Da alma, da saudade.
Você, do extenso sorriso,
Que errou o caminho
...O trajeto, a saída.
Você, que nos deixou um buraco
No coração, na vida.
Você, que nos observa de longe
Com os olhos, os mesmos olhos, azuis.

D.S

Me segure e não me deixe ir
Que qualquer turbulência me faz alçar vôo
Inconstância é meu nome do meio
Mas se decidir por me soltar
Me solte de uma vez
Não se apegue
Mas também não me apague

Ela chegou assim, toda de branco
Mal se via sua pele rosada
E causou-me uma dor de fechar a garganta
Faltou-me o ar e o apetite
Nas noites serenas faltou-me até vontade de viver
Ela chegou assim, toda de branco
Tocando apenas um lado meu
E causou-me calafrios
Faltou-me a força e a disposição
E agora que as horas se passaram
Ela me avisa de sua partida
Então, ela se vai,
E eu apenas agradeço
Pois não haverá mais dor em mim.


Esse poema foi escrito pensando na amigdalite que estou tendo no momento. Aproveitem!

Faz tanto tempo que não escrevo nada
Acho que talvez tenha faltado-me palavras
Sim, palavras tem aos montes,
mas para criar um bom texto é preciso achar as certas
Sentimentos borbulharam por todos esses últimos meses
Parecia um vulcão de emoções que explodiu sem piedade em meu fraco corpo
A lava foi me derretendo por dentro
E o fogaréu tentou queimar-me diversas vezes
Foram chamas em mim! chamas por mim
Ele trouxe o calor
Por mais que eu seja do inverno,
o verão nunca me pareceu tão atraente
Fez-se o morno então,
da mistura de nossos corpos.
E assim formou-se o amor.

Olha, as vezes eu escuto, mas não ouço
Olha, as vezes eu olho, mas não observo
Olha, as vezes eu choro de felicidade,
e as vezes rio de desespero
Olha, as vezes eu canto por medo,
e as vezes durmo por alívio
Olha, as vezes eu falo rápido por entusiasmo,
e as vezes me calo por insegurança
Olha, as vezes eu brinco por carência,
e as vezes me isolo por cansaço
Olha, são nessas atitudes errôneas que me encontro.

Deixa o vento entrar, que ele traz notícias lá de fora.
Se está frio ou não, ele vai nos dizer.
Deixa o vento entrar, que ele vem pedir ajuda ou talvez abrigo.
Não há nada depois das janelas, pois até mesmo os ruídos se calam.
Pessoas? Não, não há.
As ruas se estreitam e as cores se escondem.
Então deixa o vento entrar!
Deixa o vento entrar, pois vem vida com ele.

Busco um abrigo, um ombro amigo, qualquer coisa onde eu possa descansar minha cabeça atormentada. Imagens me mantém estática, e hoje não haverá um minuto de sono.

Me peça pra ficar, ou então daqui vou-me indo
Não ficarei onde não me sinto bem-vindo
Mostre-me que anseia por minha presença
e instantaneamente paro meus passos.
Posso andar uma noite inteira,
acredite quando digo que não vou me cansar.
Um coração desprovido,
vai atrás do amor em qualquer lugar.
Posso me guiar por vozes,
até mesmo pelas brisas do congelante ar.
Mas nessa escuridão, vou-me indo
com a contradição de você me pedir pra ficar.

Canta pra mim, que é na sua voz que me encontro a paz.
Canta pra mim, que o no seu tom que eu chego aos sonhos.
Canta pra mim, todos os dias ao acordar,
e todas as noites antes de me deitar.
Canta pra mim, que é no seu canto que me encanto,
que é na sua melodia que me fiz.
Canta pra mim apenas um refrão, que por hoje me tire da solidão.
Canta pra mim, assim sem compromisso, apenas por cantar..

De palavras eu crio histórias, e de histórias eu fiz um mundo.
Com meus dedos eu criei, e com a criação eu conquistei.
Falei o que me entalava a garganta, e com as palavras eu me arrisquei.
Ouvi o que tinham pra me dizer, e prestando atenção eu segui os conselhos certos.
Me dei por completa, e ganhei um coração.
Viver só se torna complicado quando você se deixa abrir para o medo.
Viver é fácil, difícil é aceitar isso..

Todo aquele que nunca cometeu um erro levante a mão,
e comece a desaparecer nos próprios ressentimentos.
Um futuro que anseia por boas expectativas de um passado,
que nem sempre nos orgulha como esperávamos.
E os olhos infantis - amadurecidos com o tempo que se passou inesperadamente rapído -,
se fechou ao ver um mundo irreconhecível se passar em imagens contorcidas em sua cabeça.
O que esperamos da vida é o que esperamos de nós mesmo, ainda que com interferências externas. E tudo o que sentimos, é tudo o que somos.
Se você sentirá orgulho ou vergonha de si, dependerá do seu agora.
Dois caminhos, porém diversas direções. Feche os olhos e deixa que o vento vai te levar, onde o seu coração quer ir.

Sou um pouco dos meus amigos,
um pouco da minha casa,
Sou parte do que me faz feliz,
uma parcela de sonhos.
Sou de tudo um pouco, um pouco de tudo.
Sou parcialmente um ser bizarro,
logo, sou um ser humano.
Sou uma saudade ambulante de um passado,
e uma expectativa insistente de um futuro melhor.
Sou o ódio e a simpatia,
o sorriso e a cara amarrada.
Sou os erros que cometi,
e os passos certos que dei.
Simplificadamente; sou uma vida que já viveu,
e ao mesmo, tempo uma vida que ainda está para viver.

Abra-te os olhos que não querem enchergar,
condutas de maldizer que nos perseguem sem saber.
Abra-te os olhos que não querem enchergar,
as palavras vencidas que nos afundam em mentiras.
Pobre menina!
Abra-te logo os olhos que se fecham para a vida.
Abra-te logo os olhos que não enchergam a maldade se aproximar.
Pobre menina!
Abra-te os olhos; que cegos te enganam.
Abra-te os olhos; que há pessoas chegando!
Vamos menina, abra-te os olhos!
Estão chegando, cuidado!
Te farão mal, menina!
Anda, abra-te os olhos!
Não, não os abriu.
Adeus, menina!

Você me dizia que eu seria a primeira a partir, e agora não sei onde você está, porém permaneço aqui.

Difícil é se descrever, fazer com que palavras definam quem você é, ou deixa de ser. Não acredito que eu seja ninguém de tão grande importância. Presumo que eu seja como qualquer um, com certos defeitos, porém acompanhada de qualidades. Posso ser constante, inconstante, ou até mesmo os dois ao mesmo tempo. Em grande parte do tempo, sou previsível, admito. Mas o imprevisível me acompanha de perto, quando necessário. Consigo ser o bem e mau, o certo e o errado, a tristeza e a felicidade. Eu posso ser tudo, ou simplesmente nada. Talvez eu seja isso; uma porção de coisas.