Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Já fui um orfanato de culpas alheias adotadas.
Já abriguei muito bicho-papão que não me pertencia, embaixo da minha cama.
Já escorei a vida dos outros enquanto minhas mãos sangravam.
Já me fiz silêncio incontáveis vezes enquanto a minha alma gritava e dedos apontados me infligiam.
Hoje, liberta do peso do mundo, posso ar. Pois aprendi, da forma mais dolorosa que existe, que tudo nessa vida precisa ter um limite. Mantenho a bondade comigo, mas hoje não mais permito que ela me escravize.
Corre um sério boato de que um pequenino grão de areia
conseguiu viver um tórrido romance de amor, com
uma estrela lá do céu...
Se non é vero, é bene trovatto...
Então... tudo é possivel, não te parece?
EXPLICANDO AS ESTRELAS DO MAR
Marcial Salaverry
O céu brilha, de estrelas coalhado,
o fundo do mar, é com estrelas atapetado...
Diz-se que de um amor impossível,
entre um pequenino grão de areia,
e uma estrela lá do céu,
aconteceu algo incrível...
Nasceu uma estrela do mar...
Amores impossíveis inexistem...
Imagine-se como esses dois amantes,
tão longe, tão distantes,
de tanto amor, conseguiram realizar
seu sonho de amor...
Seja como uma estrela, consolando
seu pequeno grão de areia...
Juntos ainda que distantes,
o amor acontecerá...
Tudo explodirá
num festival de luzes...
E a força do pensamento,
terminará esse lamento...
E num encontro de luz e cor,
para coroar tão lindo amor,
depois de muitas estrelas contar,
surgirá uma nova estrela do mar...
Somos o entrelace do tempo e esquecidos pelas angustias de um presente tão esquecido pelo tempo. Sinto-me tão desconhecido e distante de tudo e de todos que um dia fizeram de mim este ser desconhecido.
Não era o frio ou o calor intenso de minhas angustias que fizeram de mim este ser desconhecido, foi à necessidade de ter o que nunca tive no meu desejo mais inocente, tudo isso é nada se for comparado ao que nunca tive. Não me considero tão só neste mundo sombrio e mórbido, até porque não sou tão conhecido e se um dia foi conhecido, isso poderia até acontecer, recordei que sou apenas um desconhecido. Vagando no tempo me perdi uma luz encandesceu o meu ser, mostrando o desconhecido do meu interior, foi tão rápido que tive sensação de ter encontrado o real sentido do desconhecido que me consome a cada dia.
Louro -
Sobre um ramo de Loureiro floresceu meu Coração,
nasceu densa, obscura, minh'Alma inspirada ...
Fiquei longe, na lonjura ... pena-de-Poeta,
linhagem d'oiro, geração desprezada!
Depois, gritei distante, fiquei a sós
e escutei ao longe, o Nome de meu Avô!
Ao ouvi-lo, escaldou-me o sangue na voz
por também Ser "LOURO", por lembrar que o Sou!
"Nobre-LOURO", teara-de-Poeta!
Raiz funda no mais fundo do meu Ser,
coroa-do-heroi, meu punho d'Asceta!
Não chorem por mim se Eu morrer!
Irei "coroado-de-Louros": nasci distante, cresci na dor, "morri Poeta!"
Minha Vida foi toda um bem-querer!
DISSE UM DIA O ORÁCULO DE KUNIAM SOBRE MIM:
23) "Subindo ao Loureiro"
" Se ascenderes ao palácio da Lua,
atravessando Loureiros,
não penses se o portal celeste
te será aberto ou não,espera,
de todos os lados chegarão boas notícias,
e no topo da montanha desabrocharão sorrisos como
flores ..."
UM #SEGREDO
Eu queria contar-lhe que a vida é também isso:
Não há sossego...
Para quem está cansado de esperar...
Segue até ao fundo de existir...
Faz-se velho...
Esfria-lhe a alma...
Sente a fúria fria do destino...
Sente tudo de todas as maneiras...
Sou o único a bordo do meu barco...
Ao meu redor...
Apenas monstros...
O mais temido veneno é o tempo...
Nascemos carne....
E a cada dia vamos nos transformando em sonhos...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
As vezes sinto um desejo enorme de dizer tudo, fazer tudo, viver tudo, existem momentos que o sentimento é maior que a razão é esse momento que sei que sou humano.
Procuramos tanto energias positivas em sentimentos vazios que cansamos de tudo. Perdemos tempos demais em relações frias e sem conteúdos para nos preencher.
Como Cazuza uma vez cantou e contou, adoramos um amor inventado, por isso, sou mesmo exagerado.
O respeito é o ponto primordial em um relacionamento!
A pessoa que te xinga pode te empurrar, te bater e te matar !
"Visão panorâmica"
Na paisagem acima das montanhas as nuvens passavam como um rio de água corrente,
a floresta em volta de galhos secos quase sem vida tinha o aspecto sombrio e silencioso,
entre uivos e o barulho de passos lentos a sensação de ser vigiado era de bater os dentes,
um lago refletia o céu nublado, logo a frente na outra ponta um leão me olhava atentamente como se me conhecesse, ao meu lado direito um pé de rosas parecia ressurgir das cinzas em meio aquele cenário frio e tenebroso,
psicologicamente falando a "visão panorâmica" tornou-se um refúgio dos medos, das passagens de uma vida e da beleza de ter vivido intensamente o todo.
"já passou um tempo e eu ainda não consegui te esquecer, quanto mais eu tento, mais eu penso...
Oque você fez comigo? não consigo te esquecer, sempre que eu tento, não consigo proceder"
SOBRE O CONHECIMENTO
Procures conhecer ao menos um
pouco daquilo que
VIVÊNCIAS
E o máximo
daquilo que
PRIORIZAS.
Que possamos levar uns aos outros um sorriso no rosto e todo nosso OTIMISMO, porque, o que o mundo, precisa, é ter ESPERANÇA de que dias melhores virão!
Um abraço a todos os meus aqueles, que assim como eu carregam a FÉ e a FORÇA em sua caminhada.
Aínda há Esperança...👍🏽🇧🇷🌍
Trajes
Acreditar no próprio jeito de fazer
libertar-se da unanimidade
é um batalha vencida
contra o abismo do julgamento
seguir com fé
sem mantê-la viva não há mais o que fazer.
Já foi dito...quem procura encontra.
Quando rejeitamos o que somos, começamos a ser ninguém.
Encontrar a saída de si mesmo é necessário.
A mulher oculta sabe disso.
E você também.
Não acreditar que a existência possa provar que existe ou existiu um Criador, é como ver um artesanato e não acreditar que existe Artesão.
Causalidade ≠ Casualidade
É nesta presente falta de ar que passamos sempre a viver,
Quase como um sentimento de vazio sufocando o peito,
Isso até enquanto por angústia ou medo,
A falta do entendimento de nós mesmos.
Jorge Jacinto da Silva Junior
Quando me deixou pensei ter voltado a estaca zero
E na busca de um novo amor encontrei um que realmente considero
O amor próprio,o mais verdadeiro,puro e sincero
Lembranças de 1993
Uma bicicleta virada de rodas pra cima e um dínamo ligado a um pequeno rádio.
Era a música que fazia renascer em nós a esperança de que quando a guerra acabasse, voltaríamos de facto pra perto das nossas famílias e dar sequência a nossa adolescência roubada pela guerra.
As feridas provocadas pela fome, doíam no interior do estômago de cada guerreiro que embora pequeno, carregava nas veias a coragem para enfrentar a morte e vencer.
Os meninos bem como os adultos, precisam de esperança e Jacinto Tchipa, apontava o caminho que nos levava a sonhar com o colo das nossas mães que distantes, choravam as mortes de filhos vivos e esperavam por filhos que já não respeitavam.
Onde a fome cantava o soprano, contralto, tenor e baixo, Jacinto Tchipa cantava a esperança do regresso de um grande guerreiro à casa, sem muitas vezes saber que a sua mamãezinha já se não falava, não via, não respirava e muito menos podia ouvir Jacinto Tchipa cantar.
Multiplas fisonomias de um jeito que se pode modelar, defeitos permanentes uma obra prima, desgastada e vazia como um esquero molhado, meu carvão arranhado minha polvorá sacudida, meu gás em você.
"seja quem for, o quê tiver de ser será"
Distância
Detririou instantes singelos entre nós
Tivemos um amor notável
Construímos inumeros momentos para amargar
Um trageco fim.
De Repente -
De repente surgiu um gesto,
ouviu-se um grito, soprou o vento ...
E num ápice, correu veloz o Tempo
e fiquei sem saber se presto!
De repente, o Céu azul escureceu,
meu olhar ficou velado, marejado,
nasceu o medo, e o teu Amor, calado,
deixou meu Coração, que se perdeu!
De repente, ficámos a sós, sem nos ver,
perderam-se as aves, morreram as flores,
findou a Primavera, ficámos sem nos ter.
De repente, foi nesse de repente,
nesse tão frio e duro de repente que tudo ocorreu,
onde o Ser já nada sente ...
Soneto à Morte do Conde Orgaz -
Lá longe, mais além, onde não vejo ninguém,
existe um préstito funéreo
a que minh'Alma se prende, porque contém,
um profundo olhar etéreo ...
Vão muitos a sepultar, entre lúgubres caminhos,
D. Gonzallo de Tolledo, Senhor da Vila de Orgaz.
"Óh morte, quando é que também me vestes...?" Assim diz, o Poeta-Conde, Senhor da vila de Monsaraz!
E em hora derradeira ouve-se uma voz sem Paz:
Não há ninguém que me conforte,
oiço ainda o Vento chorar trágico e forte!
E tanta gente se vê nos funebres chorões do seu caminho
a abrir com lágrimas de morte, um qualquer destino,
para aquele que foi outrora o Conde de Orgaz!
(Soneto que nasce da belissima Tela do Pintor El Greco em que o tema principal é a morte e enterro do Conde Orgaz.)
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