Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Ninguém tem o poder de matar e sepultar o poeta; é sempre proibido falar em ostracismo, pois ele pode partir para a eternidade, mas suas obras ficarão impregnadas como legado que se eterniza.
O poeta tem o privilégio de escrever o que não sente, e sentir o que não escreve. E o leitor escolhe em que acreditar.
Não pense que não vejo, que não sei, que não sinto, sou poeta. Se estou assim quietinha é porque estou esperando nas asas da poesia, a minha inspiração chegar.
Frankestein e Drácula nasceram em 1916 numa casa de Genebra, onde o poeta Percy Shelley, a sua amante, Mary Wollstonecraft, Lord Byron e o seu amigo John Polidori passavam o Verão. Sem nada para fazer, inventaram um concurso de histórias de terror para passar o tempo. As dr Byron e de Shelley perderam-se, mas as de Mary e Polidori, dois escritores medíocres, tornaram-se clássicos da literatura. Polidori teve pouca sorte. O seu conto chamava-se The Vampire (O Vampiro), mas a sua ideia foi aproveitada, mais tarde, por Bram Stoker, que se celebrizou com ela, enquanto o verdadeiro autor ficou irremediavelmente sepultada no esquecimento.
[Em "Curiosidades do Mundo", Editorial Notícias Quarto Minguante; página 35]
O poeta Drummond sempre avisou que 'no meio do caminho tinha uma pedra', mas ELE, com sua sabedoria, seu olhar lírico, sua linguagem figurada, preferiu não revelar que, para muitas pessoas, há tantas pedras, que mal enxergam o caminho.
Não é o poeta que faz a poesia, ela é quem o faz. Apesar dos pesares - em todo momento bom ou ruim - ela está junto a ele, num laço apertado envolvendo sua alma que não consegue calar.
Poesia é a arte, o poeta é apenas seu tradutor. Não pode fugir disso, pois foi o escolhido.
A poesia não tem explicação, não pode ser definida e cada um a sente de uma forma.
Sonhei ser poeta lírico, mas nunca tive lhaneza nem néctar que exala o perfume das rosas; nunca mergulhei nas profundezas de um belo arrebol, nem ternura para fazer jorrar a pureza primaveril, nunca tive a efervescência que espalha amor e encanto de um lindo chilreio de pintassilgo.
Para o poeta, há tanta beleza em flores se movendo com a brisa quanto há no movimento de toda uma galáxia.
As vezes eu gosto de atuar como poeta, apesar de não ser bom nem andando de bicicleta.
A verdade é que minhas palavras são desconexa.
o poeta é triste. e o único jeito de levar a vida é pela poesia. ela e a tristeza são melhores amigas. unha e carne
a dor anda junto também. quase sempre. as palavras confortam. mas é alívio momentâneo. o coração continua apertado após o poema. as feridas continuam abertas após os pontos finais. a vida continua a mesma. talvez não exista cura para quem escreve. mas escrever, talvez, também seja a doença que precisamos pra quem se procura e nunca se acha.
Eu nasci poeta para tentar interpretar o amor. O amor é maior incógnita da vida. Esmiuçar esse sentimento me dá a possibilidade de vê minha pequenez diante a grandeza da tentativa.
O poeta deve ser o primeiro a entregar-se à Deus, o primeiro a evangelizar, por Deus e para Deus, também, o primeiro a dar louvores à Deus; porque assim, sim, ser-lhe-á dado de forma multiplicada por Deus. Aí, então, encontrará o sucesso do seu futuro, no talento do seu pensamento, na sua letra, porque a fonte de todo o dom ou talento é somente Deus.
Há dias que as palavras conversam com o poeta, mas há outros, que elas sentam-se ao lado dele, mas permanecem caladas.
Poeta, que mais posso ser, se esta foi a única alternativa que àquele amor me deixou por escolha!? Falarei de saudades, de lembranças, alegrias e tristezas, provavelmente falarei de tudo, até de mentiras como tantos fazem, mas nunca mais terei nos olhos meus, aqueles que tanto eu amei.
