Poemas a um Poeta Olavo Bilac

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TRIGÉSIMO QUARTO HEXÁSTICO


silencia o choro do espírito
todo lamento gera treva
tuas sombras não são realidades
são ilusões da mediocridade
geradas pelo te’universo
prenhe de tua sabedoria

Inserida por joao_batista_do_lago

TRIGÉSIMA QUINTO HEXÁSTICO


ouve a nostalgia do paraiso
ela é prenhe de imagens puras
nela haverá mil sorrisos
nenhum deles será concreto
nenhum imaginador puro
todos capazes no escuro

Inserida por joao_batista_do_lago

TRIGÉSIMO SEXTO HEXÁSTICO


vê… rosas multicoloridas
estão novamente nascendo!
todas as praças estão sorrindo
há nova esperança surgindo
em cada jardim florescendo
cada pétala é liberdade

Inserida por joao_batista_do_lago

TRIGÉSIMO SÉTIMO HEXÁSTICO


Resgata teus mitos e símbolos
traze-os ao limiar da consciência
a imagem é tua plenitude
resgat’a dimensão existencial
perdida nos vales modernos
serás pois espelho de deus

Inserida por joao_batista_do_lago

O exagero na gargalhada
O flerte no olhar
A boca sempre sabe o que falar
A certeza de ser quem é
Sensibilidade exposta no papel
Sangra palavras
Transborda escrita
Confunde rimas
Nasceu poeta ⠀

Inserida por lili_dantas_oliveira

TRIGÉSIMO OITAVO HEXÁSTICO


Queira pois o Tempo e o Sem-Tempo
“Ksana” é momento favorável
hierofania do ser sagrado
iluminação dos opostos
no espaço do contraditório
produz ser e sabedoria

Inserida por joao_batista_do_lago

TRIGÉSIMO NONO HEXÁSTICO


esquece da morte profana
transcende-te a ti tão somente
verás que do eterno retorno
tua ossatura será outro verbo
após livre da mundidade
toda vida é sabedoria

Inserida por joao_batista_do_lago

À BEIRA DO CAIS


De João Batista do Lago


O velhinho sentado à beira do cais
é silêncio puro
num final de tarde febril
no ocaso de um dia de abril
onde o sol não sorriu para os cabelos brancos
feito asas de gaivotas soltos na imobilidade do vento


Sento-me ao seu lado
vazio...
e calado...
e mudo na prenhez do tempo e do espaço…


Os meus cabelos ainda estão viçosos
alinhados e sem quaisquer querelas com o vento
estão nervosos
e bem mais sofridos que aqueles cabelos brancos sustentados de experiências
capazes de tudo falarem sem uma palavra sussurrar


E eu tão jovem querendo auscultar
o lamento que somente as ondas do mar ouvem
caladas e correm como loucas para...
para guardar na profundidade do seu mar profundo e eterno
as minhas queixas...
as minhas querelas...
e todas as minhas
mágoas guardadas na plenitude daqueles cabelos brancos feito asas de gaivotas famintas do peixe


De repente
o velhinho sentado à beira do cais
levanta-se
e sem me dizer uma palavra
sem um adeus
sumiu na plenitude do tempo e do espaço


Fiquei só sentado à beira do cais...

Inserida por joao_batista_do_lago

QUADRAGÉSIMO HEXÁSTICO


revela teu caráter ético
transmigrando do único “si”
e revela o “si” coletivo
verbo da ossatura do ser
que te fará sujeito númeno
nos campos trigais da existência

Inserida por joao_batista_do_lago

Pelo verso e pela rima tenho idolatria.
Sou filho de José e Maria,
carpinteiros da poesia.

Inserida por marcelo_benczarski

Antes do desgosto de agosto e da
quadrilha julina e junina... E a mentira
de abril... Ainda haverá um desMaio...

Inserida por marcelo_benczarski

Para Proust
Perdi muito tempo na vida, agora estou
lendo “Em busca do tempo perdido”.

Inserida por marcelo_benczarski

Cada sílaba é uma gota de remédio
dessa arte chamada poesia. Ela nos inspira
a tomar doses certas e curar os males do coração e da alma.

Inserida por neusamarilda

Me desculpe
Por não saber o que dizer
Por não saber
O que você precisa ouvir
Me desculpe
Por só saber oferecer
Minha companhia silenciosa
E esperar que isso
Te conforte de
Alguma forma
E esperar que com isso
Você saiba que
Não está sozinha
E nunca vai estar
Eu já te escrevi
O quão importante
Você é para mim
Desculpe por não saber
Como dizer isso
Usando a voz
E escrevo aqui, de novo
Que preciso de você
Ao meu lado
Como sempre esteve
Então vou ser egoísta
Como sempre fui
E pedir que você
Aguente firme
Por você e por mim
Se eu tivesse escrito
A história da sua vida
Não teríamos perdido ninguém
E você não teria que aprender
A viver com dor alguma

Inserida por writerdreamer

[Ilustríssima Karine]

Curiosamente inegável
Nossa vasta semelhança,
Em nenhuma circunstância
Foi amor ou amizade.

Uma situação
De mútua discordância,
Fomos brevemente
Uma questão de eternidade.

Ilustríssima Karine,
Em nosso caso complicado,
Restou a simples causa
De ser complexíssima.

Ilustríssima Karine,
Na habitual desimportância,
Nossa estranha semelhança,

É incompatível e caríssima.
Ilustríssima Karine,
Em nenhuma circunstância
Foi amor ou amizade.

Ilustríssima Karine,
Fomos brevemente
Uma questão de eternidade.

Inserida por michelfm

Ilustríssima Karine,
Em nosso caso complicado,
Restou a simples causa
De ser complexíssima.

Inserida por michelfm

Ilustríssima Karine,
Na habitual desimportância,
Nossa estranha semelhança,
É incompatível e caríssima.

Inserida por michelfm

Ilustríssima Karine,
Em nenhuma circunstância
Foi amor ou amizade.

Ilustríssima Karine,
Fomos brevemente
Uma questão de eternidade.

Inserida por michelfm

Me disseram você não tem chance...
Não ouvi e sigo em frente, mesmo distante...
Quem acredita sempre alcança, já disse o poeta...
Eu vou na fé, eu vou a pé, até de bicicleta...

Inserida por cleiton_benkendorf

[Sheury]

Uma imagem, pode até valer mais que mil palavras, mas, uma porção de palavras, posicionadas com sensibilidade, podem descrever o inimaginável.

Inserida por michelfm