Poema Sobre Solidão
Aquele que humilha,
está na solidão de uma ilha,
no breu do seu eu,
na exaltação da sua ilusão!
(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)
Sou a solidão
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Sou os dias longos, os crepúsculos desolados, as noites sem fim,
as madrugadas tediosas e as auroras sem glamour...
Enfim, sou a solidão.
VERSAR MORIBUNDO (soneto)
Tome, solidão, está espada, e.… fira
Meu sofrente coração, tão azarento.
Que importa a mim ter árduo lamento
Se a sorte no destino é persistente ira
Ah! .... emoção lacrimosa e funesta lira
Que ao vazio regi, mirrando o momento
Que esbroa o plural tramite do alento
Polvilhando no peito essa dor tão cuíra
Ó silêncio! Que vem musicar saudade
Troando a minha vida em tempestade
Na aberração do infortúnio fecundo...
Mas a atormentada trava da teimosia
Infeliz. Catuca a inspiração da poesia
Sangrando o meu versar moribundo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/07/2020, 09’12” – Triângulo Mineiro
“Encontrei o amor no vazio
do seu coração, te peguei
em meus braços e te tirei
da solidão, me perdi em seu peito
e encontrei seu coração.”
Daniel B. Souza
CONFIDÊNCIAS (soneto)
Eu fui falar, vexado, da minha solidão
Ao cerrado; e aos arbustos torcidos
Querendo pacificar a minha emoção
Dessas pequenas queixas e alaridos
Incomovido permaneceu sem alusão
Não quis a lamentação dar ouvidos
Nem cessar as cantilenas na imensidão
Pôs-se indiferente aos meus sentidos
Mas, devagar passou a prestar atenção
Aquietou-se mais, e mais ainda contido
Arregalou-se para a carrancuda aflição
E, em um ato inesperado, assim, dizia:
- Caro poeta acabrunhado e, aturdido
Da melancolia me converto em poesia...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/07/2020, 07’30” – Triângulo Mineiro
Solidão de Céu estrelado !
Rodeado de Estrelas !
Brilhantes é alegres !
Me sinto sinto feito a lua!
Brilhando de solidão
A tristeza é dolorida,
é ferida sem cicatriz,
numa noite estrelada,
me sinto azarado,
pois essa tristeza está em mim, Sou a lua,
sou o céu,
sou grande
sou sozinho,
todas noites me rodeio com a lua,
ela sempre triste e todos acham isso lindo.
Infinitamente
Quanta solidão
Amarguei
Até chegar
No teu beijo
Quantos dias ásperos
Tive que digerir
Na fome
Do teu corpo
Faminta de ti
Entre brumas
Da imaginação
Recordarás
Que nunca é sempre
Na lembrança
Você é meu
Meu desejo
Sempre
Infinitamente
Meu.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
No Silêncio da Solidão
No silêncio profundo da solidão,
Ecoa uma melodia sombria,
O coração solitário busca em vão,
Por uma luz que o guie noite e dia.
As sombras dançam em torno, frias,
A alma anseia por uma mão amiga,
Mas na vastidão das horas vazias,
A solidão persiste, triste e antiga.
Solidão Silenciosa
Em quartos vazios, a solidão reside,
Um eco vazio nas paredes canta,
Um coração solitário bate em segredo,
Nas madrugadas longas e malditas.
Palavras não ditas, pensamentos sós,
Um vazio profundo em cada olhar,
Na solidão silenciosa, a alma chora,
Por um abraço, por alguém a amar.
Lágrimas da Solidão
Lágrimas da solidão, salgadas e puras,
Escorrem silenciosas pela face marcada,
A alma solitária vagueia pelas ruas,
Buscando uma luz na noite enluarada.
Um coração solitário anseia por abrigo,
Em um mundo de rostos desconhecidos,
A dor da solidão é um grito perdido,
Um eco de tristeza em sonhos adormecidos.
Solidão no Peito
No peito, a solidão tece sua teia,
Uma sensação de vazio e desamparo,
Como uma sombra que nunca se esvanece,
A solidão se torna um constante amparo.
Nas páginas da vida, um capítulo solitário,
Caminhando por estradas desconhecidas,
A solidão é um verso triste no diário,
Um eco de saudade em noites esquecidas.
Das Sombras à Graça Divina
Nas sombras da alma, a solidão se instalou,
A ansiedade teceu uma teia de agonia,
Mas no horizonte da fé uma luz brilhou,
Cristo, a esperança, trazendo melodia.
A dor insuportável da alma ferida,
A ansiedade como tempestade a assolar,
Mas Cristo, com amor, a dor desvanecida,
E da escuridão, uma nova aurora a despertar.
Do abismo da solidão, surgiu a mão divina,
A graça de Deus, como bálsamo a curar,
A ansiedade, enfim, perdeu sua sina,
Na fé em Cristo, a alma se pôs a caminhar.
Encontro de Alma e Graça
Na escuridão da solidão, o coração chorou,
A ansiedade como uma névoa densa,
Mas a graça de Cristo, como um sol, brilhou,
A alma encontrou paz, ganhou nova crença.
A ansiedade, como tempestade avassaladora,
Cedeu ao poder da fé e do amor divino,
Cristo, a esperança eterna e redentora,
Trouxe libertação, fez-se o caminho.
Das profundezas da solidão, surgiu um louvor,
A ansiedade, em Cristo, se dissolveu,
Na graça e no amor, a alma encontrou valor,
E em Cristo, a paz eterna, alegremente floresceu.
Solidão, por que fizeste isso?
Que mal fiz a ti, para me torturares dentro de minh'alma,
Torturas-me com teu estrondo silencioso;
Roubaste a luz dos meus olhos;
Sem abrigo para me esconder de ti;
Pois estás a cada passo meu,
O silêncio em mim é devastador,
Corvos rodeiam-me;
Eles sentem minha alma apodrecendo;
Não resta mais nada além de aceitar a morte..
Navegar pelas águas do tempo
Um manto de tristezas convida a alma
Onde a solidão flui ao longo desses rios
Eu espero por ela vir
- Starry Queen
a casa
cheia de silêncio
recheada de solidão
a casa
não é a mesma sem você aqui.
eu
coberto de silêncio
vagando na solidão
do quarto pra cozinha
nunca mais fui o mesmo sem você!
A solidão de uma amor a distância!
Na distância que separa os nossos corpos,
Sinto a angústia e a solidão em meus poros.
O amor que nos une é intenso e verdadeiro,
Mas o vácuo da distância traz um peso austero.
Nossos corações batem em sintonia,
Mas a ausência física causa melancolia.
O tempo se arrasta, as saudades aumentam,
E o vazio interior, como um eco, ressoam.
Nas noites solitárias, olho para o céu estrelado,
Buscando consolo no brilho das estrelas ao meu lado.
A distância é cruel, mas o amor é nosso escudo,
Nos mantém unidos, mesmo nesse mundo tão mudo.
A tecnologia nos aproxima, encurta as distâncias,
Mas o toque, o abraço, são meras lembranças.
A saudade aperta, o desejo arde em meu peito,
E o vácuo da ausência me deixa desfeito.
Mas o amor é resiliente, não se deixa abalar,
Ele atravessa oceanos, sem nunca se cansar.
A distância pode ser um desafio a enfrentar,
Mas nosso amor é forte, nada pode nos separar.
A cada chamada, a cada mensagem trocada,
Sinto você perto, mesmo na distância declarada.
O amor que nos une é uma chama acesa,
Que nos envolve e nos guia, nos dá força e certeza.
No vácuo da distância, encontramos a conexão,
No amor que transcende qualquer limitação.
E mesmo que a saudade aperte o coração,
Sei que nosso amor é a nossa salvação.
A FALTA DE ATENÇÃO
Na falta de atenção, o amor se torna solidão,
Em vazio que consome o coração,
Explicações ditas ao vento, sem eco nem razão,
Um sentimento perdido na imensidão.
Quando os olhos não se encontram mais,
E o toque se perde em gestos fugazes,
A solidão se instala, o amor se desfaz,
E a tristeza invade os espaços mais vorazes.
O amor precisa de cuidado e dedicação,
De olhares que se encontram em sincronia,
De palavras que tocam a alma e trazem alegria,
De gestos que aquecem, que trazem harmonia.
Mas quando a atenção se perde pelo caminho,
O amor se esvai como água entre os dedos,
E a solidão se instala como um destino,
Deixando corações partidos e destruído.
É preciso cultivar a atenção a cada dia,
Nunca deixar que ela se perca na rotina,
Pois é ela que mantém viva a chama da paixão,
E impede que o amor se torne solidão.
Portanto, que cada gesto seja feito com carinho,
Que cada palavra seja dita com verdade,
Para que o amor não se perca em desalinho,
E a falta de atenção não se transforme em saudade.
Sonatina
É mau que eu viva areado, e sem prumo
Posto numa solidão daquele que não crê
Que já está acostumado, ao léu, à mercê
Prosando lembranças, poesia sem rumo
Mas, lá no fundo, a esperança, presumo
Tenha a compaixão deste pobre crupiê
Do amor, sem sorte, e cheio de porque
Pois, a boa sonatina a paixão é insumo
E, se insistir com a poética nesta saga
Deixando a poesia com a emoção vaga
Não serão somente versos de soledade
Será também a alma cheia de lamento
Porque no vazio há sempre sofrimento
E a dor o verso imerso numa saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 agosto, 2023, 15’56” – Araguari, MG
Sob chuva forte a solidão se esconde,
Gotas tristes ecoam, coração responde.
Na tempestade, lágrimas se misturam,
Almas molhadas, memórias perduram.
