Poema sobre Longas Conversas em um Sofá
Vai começar o jornal", diz o homem franzino, sentado no sofá como um ilustre inseto que vagueia pela bosta recém-defecada de um felino. Com o controle de TV na mão, muda freneticamente de canal em busca das melhores notícias sensacionalistas. Mortes, assaltos, estupros... Isso é notícia! Isso é n-o-t-í-c-i-a!
Tão feliz sentado no sofá, olhei as horas no celular, já eram duas e seis da manhã, dia especial, um vinte e três de janeiro, acompanhado com as duas mulheres da minha vida, uma em meus braços com aquele olhar que lembra o meu, claro ela é minha cara. Como não sorrir encantado com essa obra que Deus me deu. A outra do meu lado, cansada, dormindo o sonho dos justos. Eu sozinho acordado com mil pensamentos, outros mil planos, algumas mil dívidas, mas com uma única certeza. Fazer as duas felizes.
Aquele dia se tornou interminável para mim, lembro que me sentei naquele sofá dentro daquele apartamento vazio e fiquei uns 5 minutos olhando para o chão tentando processar tudo o que tinha acabado de acontecer. Não sentia nada, só que do nada começou a me dar uma vontade de chorar e logo veio uma sensação de culpa, como se tudo o que tivesse acontecido, como se a sua partida tivesse sido culpa minha. Naquele momento eu não sabia o que fazer. Era notável e inconvertível que naquele dia eu iria te perder. E perdi. Eu estou vendo, desde aquele dia, a minha vida se desmoronar diante dos meus olhos e eu não consigo fazer nada para impedir que isso aconteça. O relógio está passando de pressa e impiedoso, e eu só consigo ver todo mundo a minha volta dando certo exceto eu! Sobre a sua ausência? Dessa eu já me curei, mais depois daquele dia eu nunca mais fui a mesma, nunca me recuperei e tão pouco me livrei daquela sensação terrível chamada culpa.
Nunca pensei que fosse entrar, mas virou visita , sentou no sofá , aceitou jantar , dormiu no chão , acordei com ela a beira da cama até que ela me disse meu nome é tristeza.
Eu sentada no sofá, cruzo minha perna esquerda sobre a minha perna direita, como se fosse "uma rede"; e fico balançando as pernas, de um lado pra outro, para meu gatinho se divertir, se aquietar, e por incrível que pareça dormir sobre elas ... O tempo passa, e eu fico pensando que "o amor é muito espontâneo", sempre encontra uma brecha, um jeito, até uma maneira inusitada, de demonstrar sua maior intensidade, afeto.
(...) Eu observo seus pés se moverem largados no braço do sofá e me pergunto pela milésima vez, desde que te ouvi no interfone, o que é que te faz rodar a cidade por horas e parar na minha porta sempre. Você diz que minha sala é o melhor sebo da cidade, então vem. Embora saiba que a real motivação não é essa, aceito a resposta para te fazer ficar. É sempre assim, a gente usa desculpa para tudo (...).
Eu pedi o feriado pra quê? Pra nada. Aliás, pra ficar jogado no sofá, vendo uns filmes nesse quarto frio e escuro. O feriado tá acabando — já vão dar dez da noite — amanhã volta tudo de novo. Eu me sinto na maioria das vezes tão cansado com isso tudo. Queria abraçar alguém com força, talvez pra dividir um pouco da dor. Alguém que não me fizesse achar que estou perdido, tão só e abandonado. Eu levo a vida me dizendo que as coisas vão melhorar, invento uma vida que eu não tenho o tempo todo, só pra me confortar, me dar força. Mas a impressão de estar sozinho não vai embora nunca.
Estava como sempre, esparramada no sofá, vendo televisão e comendo um doce quando um pensamento me veio a mente. "Tanta futilidade no mundo, tanta besteira...que realmente não sei onde vamos parar." As pessoas têm respostas prontas na cabeça para qualquer pergunta, têm soluções monótonas para cada empecilho que lhe aparecem. Acho que falta diversidade, criatividade. Falta algo concreto e real. Estou cansada dessas banalidades, parece que estou presa numa novela mal feita de um canal aberto qualquer. Realmente falta V.I.D.A nas pessoas, me entende?
Muitas vezes sento no sofá para ver televisão,mais o que mais queria era estar com você em meus braços...
Aí eu penso nele, na casa dele, no sofá da casa dele... aí eu penso nos meus amigos na minha cerveja que me liberta , aí volta tudo ao normal no meu mundo, sem família dele, sem casa dele, sem sofá da casa dele.
Preto e branco pra cá, preto e branco pra lá, pega a bola, arranha o sofá. Com os olhos pede colo, eu digo vem cá, mas você corre. É preto e branco pra cá, é preto em branco pra lá.
Se você tem alguém sentado no sofá, ao seu lado, assistindo TV e reclamando da vida, então você certamente é feliz.
É lindo ver um pai de família adormecer enquanto está no sofá de sua casa, depois de uma longa jornada de trabalho.
A arte não é o bonito que combina com o sofá. A arte é a linguagem de impacto, do falar das emoções e devaneios existenciais presentes na vida que nem toda oralidade e toda sonoridade ainda foi capaz de intuir e submergir.
A aurora é uma menina com longas tranças douradas, correndo pelos campos floridos do dia, beijando o sorriso das horas.
Contando alguns anos de longas estradas e variáveis experiências, aprendi algumas coisas. Aprendi que não devo dizer aquilo que as pessoas querem ouvir, mas sim aquilo em que realmente acredito. Aprendi que honestidade não tem preço. Aprendi que toda causa tem o seu efeito correspondente. Aprendi que apesar das minhas falhas, não posso me sentir menos que as outras pessoas. Aprendi que o maior valor que um homem pode carregar, é a sua palavra. aprendi que minha maior meta, é superar os meus próprios limites, independente das limitações. Aprendi a respeitar o meu semelhante, da mesma forma que desejo ser respeitado. aprendi que abaixo de Deus, meus pais são autoridades supremas.
Sonhos são delicadas borboletas de longas asas azuis. Silenciosas e sonhadoras dormem em seus delicados casulos, esperando o momento da grande transformação, para conquistarem a imensidão do céu, um infinito sem fronteiras.
As pedras que dificultam tal caminho fortalecem as pernas para caminhadas mais longas e difíceis, transformando-as em caminhos mais fáceis apesar das poças profundas e ladeiras íngremes que testam nosso vigor e fé.
