Poema Maos de Semeadora Cora Coralina
NADA SEI
Mais um dia, e de novo aqui estou eu
Tudo esta sem sentido, nada parece fazer diferença...
Sinto falta do que ainda não tive, sinto falta de ter seus braços em mim...
Mais um dia, e de novo nada está certo
Tudo parece nada e nada continua sendo nada
Sinto falta de você, sinto falta do seu respirar...
Onde esta tudo?... Onde esta o ar que me ajuda a respirar?...
Onde estão meus sonhos?... Nada sei.
Como cheguei até aqui?... Como deixei você fugir?...
Como deixei você escapar das minhas mãos que hoje nada seguram?...
Onde você esta?... Onde esta tudo?...
Nada sei... Somente sei que perdida estou...
Um grande mar de nada se forma ao meu redor que não me leva de volta até você...
Só me sinto afundar cada vez mais em suas areias...
Mais um dia, e de novo aqui estou eu...
Tudo parece sem fim, e nada parece acontecer...
Sinto falta de algo que não sei... Sinto falta de mim...
Onde esta?... Onde esta tudo?... Onde estão meus sonhos?...
Nada sei... Somente sei que não sei onde estou...
Há muito tempo perdi o pássaro da minha vida; Fiz das minhas mãos gaiola para prendê-lo; Mas parecia não mais possuir dedos pra contê-lo; E no desespero fatal, esmaguei-o de afetos, de / carinho... Matei o pássaro dos meus sonhos! Matei o pássaro do meu ninho!
OBLAÇÃO DO PENSAMENTO
Em uma longa vibração positiva
Que vem de um lugar distante
Toca meu coração a cada instante
Como uma energia cheia de vida
Que vem ao vento, traz sentimentos
Provocado pelo anseio de te querer
E livra-me da solidão só em saber
Que estás comigo em pensamentos.
Eu fecho os olhos, esqueço de tudo,
Vou ao seu encontro e nossa metade
Une-se como nunca antes aconteceu
E a restrição do mundo fica mudo,
Perde o tempo e o espaço à vontade
Porque agora só existe Você e Eu.
Não importam os nossos momentos,
esses estão esquecidos.
Defino a paz comigo,
sem bagunçar meu coração.
Não quero reviver essa história,
aquilo que foi, é poeira.
Desfez-me por inteira,
não há o que lamentar.
Nem sei como agradecer.
Podemos nos desconhecer?
Seria um prazer tentar!
Manina
Benina
Memina
Mem nina
Mi le na
Mim lê na
Na escola?
Na biblioteca mesmo
Do seu coração?
Em poemas de amor
Eu compro uma flor
Um buquê de sentimentos
Sem choro e nem lamentos
Mas sinta as emoções
O pulsar das sensações
Sem mesmo hesitar
Eu corro até cansar
Chego ao meu único destino
O destino do teu olhar
no qual sou um mero clandestino
Pindorama
Solo santo invadido
Transformado em nação
Fruto podre, corrompido
Sem raíz, sem coração
Hoje o chão é devolvido
a um índio bem vestido
em camisas de botão
Rodeio Iluminada
No Médio Vale Itajaí
o coração me escolheu,
Eu moro em Rodeio
onde este coração é teu.
No Pico do Montanhão
que o Sol derrama
o mais lindo beijo,
Eu moro em Rodeio
e te levo grudado no peito.
No Médio Vale do Itajaí
este coração é teu,
Eu moro em Rodeio
onde o teu coração é meu.
Na nossa Santa Catarina
agraciada por tantas belezas,
Sou o teu amor encontrado
vivo e forte no teu coração
aqui entregue e apaixonado.
Na Rodeio iluminada
pelo teu sentimento tenho
o enleio, a ternura e o candor;
Eu moro em Rodeio e vivo
no peito esta história de amor.
A minha herança pampeira
é como a Janeira
que cavalgando no ar
escreve poemas
para o seu coração me dar.
Um Chimarrão da Flor
mais doce e campeira
que é capaz de te cobrir
com todo o amor,
O teu coração não pensa
em outra coisa a não ser
em me seguir para onde eu for,
Porque só o meu calor
é capaz de te trazer serenidade,
você precisa de mim como
um pássaro que nasceu feito
para viver em total liberdade.
Magnífica floração surgida,
Do teu doce encanto ungida,
Maravilhosa imensidade,
Do teu coração oceano
E da tua amorosa bondade.
Esta divina e serena presença,
Sempiterna claridade,
Repleta de amor e majestade,
Dedico a minha ternura
E a minha fidelidade.
A flor do hibisco que saúda,
O vento do litoral que brinda,
A paixão eterna e purpúrea,
A Natureza sempre é elixir,
É a vida que salta e sinaliza
À despertar, amar e sentir.
A flor do hibisco brilha,
E aos olhos encanta
Com corporificada ousadia,
E coragem acalentadora
No outono que não se encerra,
É a própria primavera!
A flor do hibisco é sinal
De que também pode como a rosa
Ser tão bela e tão poética;
E assim sendo sinestésica
- magnética
No jardim do amor, perpétua.
Ressurgida deusa misteriosa,
Atraída pelo entardecer,
E colocando-me a postos,
Sempre a tua espera,
Querendo nos teus braços
Estremecer e te pertencer...
Não é preciso dizer uma
só palavra porque eu sei
que ocupo há muito tempo
a sua mente e o coração.
E eu te amo sem te ver
profundamente e quando
falo sobre você soa
sempre doce como canção.
Acreditamos firmes na força
da grande Pátria Austral
sob o Hemisfério Celestial Sul
com os olhos fechados.
Sem estar nos meus braços
sei que nos combinamos
desde de sempre e estamos
interiormente conectados.
Todos os seus mais pequenos
sinais mesmo aqueles que
os mantenho silenciados
ao coração ainda falam cadenciados.
Sou presa.
Esse seu olhar de predadora;
Faz assim:
Avança em mim?
Não pensa...
dispensa todo seu pudor,
me avança,
seja lá como for,
mas que venha por inteira,
fique ao meu dispor...
te espero,
quero...
e nem precisa ter amor.
Quero só que se lambuze,
que me use,
com ardor.
Ame-me
Guie-me entre teus intrigantes relevos
Faça-me sentir teus pontos de impacto
Escravize-me; faça meu corpo teu desejo
Espete-me, cheire e chame de cravo
Leve-me aos maus caminhos
Deite-me e seja má
Castigue-me! Mas com carinhos
Ame-me e só farei te amar.
Ele citou Quintana, ela citou Drumond.
Ele citou Veríssimo, ela citou Clarice.
Ele citou Vinícius, ela citou Cora.
Ele citou ela, ela citou ele.
Ele excitou ela, ela excitou ele.
Eles exercitaram poesia,
e só então fizeram amor.
Folhando
Na Canção do amor imprevisto
Um Poeminha do contra a encantar
A poesia descobri com Quintana
E outros gênios passei a admirar.
Letras de poetas expoentes
Motivo de Cecília em instantes
Traduzindo-se Ferreira Gullar
E o Quixote Miguel de Cervantes.
Vinícius compondo sonetos
Olavo ouvindo uma estrela
Carlos e seus anjos tortos
Em Pasárgada, eternizado, Bandeira.
A Violeta de Alves a brotar
O Prefácio de Barros sorridente
Cora admirando a Lua-Luar
O Inverno de Lima presente.
Dias escutando o sabiá
Drummond consolando José
Nos versos íntimos Augusto
Em Linha reta Pessoa é o que é.
A maioria das mulheres quase não têm princípios: conduzem-se pelo coração e, quanto aos seus costumes, dependem daqueles a quem amam.
O rosto de uma mulher, seja qual for a sua discrição ou a importância daquilo em que se ocupa, é sempre um obstáculo ou uma razão na história da sua vida.
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