Poema de Outono
Outono
As folhas caem, proporcionando a renovação das árvores.
Os doces sabores da terra, se multiplicam. E a gente faz o mesmo. Aprendendo com a natureza que a melhor forma de se estar neste planeta é praticando o ciclo das estações na nossa vida.
Ano a ano, devemos qualificar a aplicação deste método, provadamente eficiente, que resulta no aperfeiçoamento do nosso comportamento, das nossas relações, no nosso ponto de vista, e do nosso bem estar no mundo.
Chuva do Outono
As luzes da Cidade de Rodeio
acesas sob a primeira
chuva do Outono que se achega
enquanto repousam
os Canários-da-telha,
a roseira se refresca,
o coração dança
na cadência da Terra
aspirando ser a sua
vida inteira e entrega
para o Universo o primeiro poema.
O outono é uma estação que encanta os olhos de quem aprecia a paisagem demoradamente...
É o momento em que as folhas lentamente vão alterando suas nuances em seus belos coloridos, amarelo, alaranjado e vermelho, para depois aos poucos, desprenderem-se dos galhos das árvores e formarem um lindo tapete para serem admirados pelos olhos de quem expressa sensibilidade.
MURMÚRIOS DE AMOR
O versar ao cair das folhas pelo outono
suspiroso por tu, cheio de aflitivo canto
lastimando o afeto, de outrora encanto
como um cântico tortuoso sem entono
Ó rudeza de solidão seca no abandono
o ocaso entristece o verso com pranto
sentido, regado em lágrima, enquanto
tombam as folhas maçadas e sem tono
São suspiros que nascem de um jeito
e largam o coração apertado e estreito
nos versos tão choramingados na dor
Ó sensação! Este destino tão amolado
e o sentimento com o recordar fadado.
Faz murmurar saudades, de um amor!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 junho 2024, 16’02” – Araguari, MG
Lá se vai mais um outono....꧁
ღ❀☆❀♡
Leve embora as folhas secas e todas as lembranças do por do sol.
Leve.
Que o inverno traga o frio gelado do esquecimento.
Para que em noites frias eu seja acalento.
E tire todos os sonhos do relento.
Ventos e maresias.
Se unem em melodia.
Hip! HOP e jazz.
Tocarão para nós dois.
E o amanhecer será suave.
Com o café quentinho.
E assim por diante.
Até a volta do outono.
E outrem.
Que vai e vem.
༺❀✩༻
Todos os dias são de primavera com flores
Todos os dias são outono e as folhas cai
Todos os dias são inverno com vento e chuva
Todos os dias são de verão com sol a brilhar
Dos os dias são de todas as estações
Com flores coloridas e folhas caindo
De sol com chuva
Todos os dias as estações são para te amar...
Estações do amor
Assim como as árvores lançam suas folhas no outono, preparando-se para renascer na primavera, os fracassos semeiam a renovação da alma. Eles nos concedem a oportunidade de abandonar antigas crenças, florescendo com perspectivas renovadas, enquanto fortalecemos nossa essência como uma raiz que penetra ainda mais profundamente para aquilo que chamamos de vida.
(@marcellodesouza_oficial)
Deves ser belo como a brisa das manhãs de outono,
um sussurro suave que acaricia as folhas,
pintando o ar com a paleta dourada do fim,
mas sob essa doçura, esconde-se o veneno.
Como a cobra Naja, elegante em seu deslizar,
ou o Viúvo negro, com seu manto de sombras,
a beleza que seduz, um abismo a despertar,
onde o toque é um convite e o aviso, um silêncio.
AMORES OUTONAIS
Marcial Salaverry
No outono da vida,
de uma vida bem vivida,
podem surgir
os verdadeiros amores...
Já sentimos todas as dores...
Não pensamos no porvir...
Podemos vivenciar
uma nova forma de amar...
Mais completa,
mais direta...
Um amor sem preconceitos,
Podemos vivê-lo,
podemos senti-lo...
Pelos instintos nos guiando,
vamos assim amando...
Totalmente...
Apaixonadamente...
Amores outonais...
Gostosos... Sensuais...
Primavera que cura, verão que embriaga
outono que chega e inverno que não passa.
Mulher que hidrata, e que não se disfarça.
resolvida de si, sorriso me abala.
Gelo que não derrete, congela minha alma.
Você é a quinta estação, a unica que nao passa.
Cicatriz que não cura, amor que não Sarah.
TERRA-MÃE
Vinha o outono, de mansinho, a caminho.
Caíam chuviscos, ariscos, na terra-mãe.
Mostrava ela o interior do útero em ferida,
Naquela terra mártir em sôfrego revolvida,
Depois de lhe apararem os frutos do pão.
Daquele pão que ela nos dá airosa,
Famintos que somos do seu sabor
Que mata a fome da boca e do amor,
Mesmo quando a pedra nos sabe a rosa.
Era aquela terra, seio esventrado
Pela charrua crua e pelo arado,
Que depois serena acolhia a semente
Nas entranhas do húmus complacente.
Parecia-me uma mãe dolorosa
Que tinha acabado de dar à luz
Tantos filhos de uma vez só,
Que até o Criador celeste facundo
Em tom suave e místico, profundo,
Num clarão celeste que cega e seduz
Lhe começou a chamar de forma ardilosa,
Terra-mãe e avó-terra e eterna do mundo.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 16-09-2023)
"Na lagoa tranquila o sapo pula,
Outono cai, as folhas se desprendem,
Em cada pétala de íris existe uma centelha divina,
As montanhas ecoam meu suspiro e o vento responde.
Sob o céu estrelado os versos fluem como rios,
Nas águas dos rios transcendo o eu,
Palavras escritas, pensamentos tecidos,
Na poesia breve encontro a essência da alma.
Nas palavras simples, aprofundo-me,
No toque suave da tinta encontro a liberdade,
Cada pincelada é uma meditação silenciosa ,
Caminho estreito, mente vasta.
Cavalgo pelas estradas do mundo procurando respostas,
Busca incessante do autoconhecimento,
A transcendência pessoal está na aceitação do efêmero,
Na busca do eterno, na poesia das páginas em branco."
OUTONO SEM CASA
Toda a vida eu sonhei
Construir uma casinha
Como só eu sei,
Numa bela arvorezinha
E fazer dela o meu trono
No agora vindo outono.
Que ilusão esta a minha,
Ó sonho louco e fugaz!
Nem árvore nem arvorezinha
Ou casa ou minha casinha,
Utopias que a vida traz.
Na montanha, tudo ardeu,
Tudo queimou e até eu
Como pássaro que fica sem asa,
Como cão que fica sem dono,
Ficarei sem aquela casa
Que quis construir neste outono.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 24-09-2023)
OUTONO INFIEL
Falso este Outono
Ou um rapaz rapace,
Tomate feito de alface,
Ou ridícula manha do dono?
No fresco do seu calor,
Naquele falso ardor
Ele mente,
E a gente nem sente
A infidelidade premente.
Quem és tu outono
O, dos poetas?
E ele (respondeu-me em seu mono):
Eu já não sou quem tu pensas,
Poeta de tantas parecenças,
E agora sem mais ofensas,
Digo: Não sou mais o teu outono.
OUTONO SEM COR
Dantes, eram cores e terra em sono.
Eram paletas de inebriar no outono.
Agora, não sei porquê,
Ele já não pinta nem dorme
Nem come com fome.
Será que ele vê
O mundo mais estarrecido,
Que já nem folhas deixa no chão,
Quase todas tombadas no verão?
Que outono este, tão distraído…
E eu que queria tanto pintar
Talvez mais até borrar
Uma tela,
Simples, singela,
Com cores mágicas de encantar.
A minha musa inspiradora
Do outono multicor,
Sumiu-se farta da pose,
Nervosa pela neurose
Do mau pintor
Plebeu,
Que sou eu.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 26-09-2023)
A MAÇÃ
Era outono.
Havia uma maçã no chão,
Caída da árvore cinquentenária.
O homem, esfomeado, vergou-se
No ranger dos ossos castigados
Por longos jejuns lazarentos,
De uma vida de naufragados
Num barco de pobres assinalados,
Pelas misérias dos tempos.
Tinha já a podre maçã
O bicho que a carcomia,
Fruto de macieira arraçada
Também velha e corcovada,
Triste por não ser sã,
Nos ramos em agonia.
Prestes a pegá-la do chão
Pousa um passarito aflito
E o homem com prontidão
Diz ao pássaro com emoção:
Come, come tudo sem parar,
Pois assim me capacito
Que minha fome pode esperar.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 11-10-2023)
Era época de verão, onde o outono partilhava as rosas de março,
O outono e o inverno?
São comumente associados a uma época de melancolia
Era época de verão, com o fim do verão,
Hoje é o dia de dar oi ao outono,
Essa é uma ótima estação para a primavera,
Aproveitar o dia sem sentir o corpo cansado. Apreciando as rosas
Colhidas por outono no verão de março."
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