Pessoas que Jamais Serao Esquecidas
Palavras podem ser ditas e esquecidas ao vento ... Escrituras podem ser perdidas ... Mas o sentimento verdadeiro durará para sempre
Por mais que a gente queira, certas coisas não foram feitas para serem esquecidas. Elas irão permanecer ali: ocupando aquele cantinho, no fundo do coração. Bem lá atrás mesmo.
Hora ou outra, daremo-nos conta de que, ainda que o espaço ocupado seja mínimo, é o espaço delas. Nada as tirará dali.
Nem nós mesmos. Ainda que insistamos.
Lágrimas esquecidas, isso é mais do que posso fazer
porque elas não lavaram, todas as coisas por qual passei!
Todas as palavras que eu te disse foram esquecidas e levadas pelo vento. Eu acreditei em você. Até achei que tudo estava perfeito demais pra ser verdade. Eu choro, eu sangro. Meu coração esta inteiro, mas separado por particular pequenas, não despedaçado mas sim quebrado. Eu não choro, eu amo e sangro. Meu destino é um caminho que se forma com o pó de seus erros. Eu não choro, eu sangro. E minha vida está incompleta, eu desejo saber como deixar de amar. Meus segredos estão ao vento, nada pode fazer o sangue parar de jorrar. Eu sangro, sangro, sangro e aos poucos meu coração morre perdendo o sentido de minha existência.
Entardece em minha vida
De repente um pensamento
Momento pra focar o nada
Quedas esquecidas
De outros dias
Quando amanhecia, ainda
No vale das pedras pisadas
Meu Deus, foram manhãs tão lindas!
Entardece em nossas vidas
De repente a tarde cresce
Diferente às tardes de outros dias
Noutros tempos de outras vidas
Quando dor que era suave ainda
Mesclada ao odor das damas da noite
Respiradas, eram dores que lembravam sorte
Que nos remetia um pensamento
Por falar em noite, em norte, em dia
Em sóis que nos sorriam todas as manhãs
Ao Criador, que tudo olhava lá de cima
Que mandava orquídeas
Junto às folhas vivas, junto às folhas mortas
Nosso nome em branco no livro da vida
Estradas, escolhas
Tudo isso era futuro
Hoje, entardece em nossa estrada escura e só
Num mundo de sonhos, de sono profundo
Onde todo mundo é igual
De todas as moradas da casa de Deus
Nossos sonhos, medos misturados
Às roseiras que beiravam rios da infância
A melodia das águas
Tudo isso era normal
O mundo escondido e ainda em segredo
Terá sido um dia o mais natural
De todos amores profundos
Pois o amor é Pai da natureza
Do rio que vai, que nos leva
Que revela todas as belezas sonhadas
Belas, como as vidas desejadas
Aquelas, que jamais pudemos
Eu não tive assim, tanto talento
Pra deixá-la desenhada
em minha folha do livro da vida.
Embora ainda a queira, igual a todo mundo
Entardece em minha vida
Quanto a isso
Não existe escolha e nem tristeza
É o pó da estrada, é o nada, é o norte
é o leste, são as mortes das quatro estações
A dança envolvente, a existência prova
Que do pó vieste e vais
Só a alma da gente não é mais a mesma
e nem será nunca mais.
Edson Ricardo Paiva.
Que o sol deste novo dia ilumine as conquistas de ontem, aquelas já esquecidas, e estas nos inspire a lutar com força redobrada
Entre a queda e o voo, habito o intervalo das coisas esquecidas, sou pássaro de asas frágeis, que escuta o chamado do céu, mas repousa entre galhos secos, esperando que o vento, um dia, lhe ensine a direção.
Esses meus sentimentos confusos, nascidos de batalhas esquecidas e águas escuras, não clama por atenção, apenas permanecem. Vai de geração em geração, cruzando limites, sustentados pela força discreta daquilo que é verdadeiro demais para morrer.
Depois do Jô, quando as paixões diárias já foram esquecidas, e as batalhas do cotidiano já foram decididas, sei que já não sou mais o mesmo; sou menos tolerante, menos arrogante, menos aquele ser de antes, menos eu mesmo; morri mais um dia... vejo-me tentando entender esta criança sob um temporal de chuva raios e trovões, que não consegue abrir a porta da casa, este é um retrato de uma adolescencia cheia de temores e impossibilidades; hoje abalos císmicos me sacodem e a terra se abre sob os meus pés, uma figura negra armada de tridente nem chega a ser uma ameaça; os meus cabelos de prata, faz de mim um ser surreal imune a fobias, e, nem sei se isso é bom, ou talvez seja bom, mas não emocionante; jamais me sentirei novamente um sobrevivente... corro sob uma chuva de meteoros ou desabo sob avalanche mas estou sempre de pé de espada empunho, sempre atento para um inimigo inatingível e invencível, o tempo...
Cabe ao bom marchand resgatar boas obras perdidas e esquecidas no passado, e trazer para mercado de arte, re significando com dignidade e construindo novos paralelos com a cultura e seu tempo. Distante disto, só ávidos vendedores de panos pintados como poderiam também vender laranjas.
