Peguei
PESCANDO PARA ELA
Numa tarde de sol
peguei meu boné
sem rede ou anzol
dei uma esticadela
fiz o percurso a pé
fui pescar para ela
tilápia
jau
tambicu
pacu
lá no Carrefour.
Benê
ILUSÃO
Peguei passagem naquele bondinho suburbano.
Somente o último acento me cabia.
franzinos se fez meus sonhos.
Serenado o dia
A noite se fazia
Pouc ao sofá jaziam
Não sei se sentia pena
Ou se é pena o que sentia.
Pobres ali vigia o limbo
Da emoção...
Envoltos na fantasia.
Outros tantos sem razão
Se vão.
Peguei no sono, adormeci.
Em sonho, acordei em uma cidade pouco evoluída, dei-me conta de minhas vestes, eram muitas camadas que me cobria.
Um creme levemente alaranjado, como um envelope de papel pardo desbotado, era a camisa de botões, que cobria a brancura do algodão da primeira camisa que me vestia.
Havia um pano grosso de linho marrom, como bombom de chocolate ao leite, cobrindo meus membros inferiores, preso a cintura pelo cinto de couro que um belo brasão reluzente possuía.
Nos pés, um couro talhado, de crocodilo ou cobra brilhando, quase meu rosto reluzia.
Um lenço circulava o pescoço e as pontas do laço protuberânte, balançava ao vento.
Um lindo chapéu elegante, não anacrônico a idade medieval, redondo e cinza, minha cabeça protegia.
Parei de reparar em mim, quando avistei uma linda donzela, com quilos de roupas, armadas e longas, que não tirava os olhos de mim.
Seus cabelos, eram altos, claros, escuros, enrolados e lisos, pois subiam uma armação de tubos e ao mesmo tempo se derramavam pelos ombros, ultrapassando-os com folga.
O generoso decote, não condizia com tanto de roupa que vestia, mas parecia normal, só eu abismado olhando sorria.
Tentei me aproximar, mas a donzela assustada pelo trote acelerado da carruagem que pela rua descia, subiu a elevada calçada e entrou em uma loja disputada por tantos fregueses que a enchia.
Decidi conhecer o local, apesar dos olhares que me seguiam, tudo parecia normal, e fui reconhecendo o terreno devagarinho.
Quatro horas da tarde, soube disso pelas vezes que o sino dal igreja tocou, me dirigi para o bar, que tinha por nome Saloom, lá, fiz amizades, e uma delas é o João.
Nem alto, nem baixo, nem magro nem gordo, nem bonito nem feio, nem rico, nem pobre, era uma pessoa comum.
João gostava de dançar, e isso lhe rendeu grandes nomes, os homens desta época, não dançam.
Pietra, era uma jovem de cabelos ruivos de pele bem branca pintada por sardas , e quando envergonhada, sua pele, bem vermelha ficava;
Ela gostava de jogar, mas nem sempre era aceita na mesa, pois esse é um tempo que damas não jogam, quando fazem, são em locais clandestinos.
Grande, digo, avantajado entre os normais era o Adail, que sobressaia na multidão, não só pela altura, mas também pelo porte físico que o deixará semelhante a um "guarda roupas" de tão alto e forte que era.
Lucas, era bem magro, ágil e muito esperto, até demais, o que para ele era bom, muita gente incomodava.
Por último, o Amarildo, sua pele escura contrastava com seus olhos claros, sua arcaria dentária impecável, branca e alinhada, provocava inveja a muitos.
Sempre que nos reuníamos, a falante Pietra tentava nos convencer a sair da cidade, mas sem dinheiro, os planos só ficavam no ar e em nosso imaginário
Certo dia, o xerife precisou se ausentar, mas antes de fazê-lo me nomeou xerife interino em seu lugar.
A cidade sempre foi calma, talvez por conta da reputação do xerife, que além alto e forte era rápido e bom de gatilho.
Na noite de uma sexta-feira, a calmaria deu lugar a confusão, a rotina de sossego foi quebrada pelo bando chefiado por Maldoque, que invadiu a cidade, querendo o banco assaltar.
Maldoque, tinha cinco capangas em seu bando, era não era o mais forte, nem o mais sábio, mas todos, suas ordens seguiam.
Eu era xerife na ocasião, mas nem sabia atirar, e havia apenas um guarda comigo, acoado, decidi um plano bolar.
Chamei meus amigos fiéis, expliquei tudo sobre o plano que tive, e para cima do bando de Maldoque, decidimos fazer a investida.
Vencemos sem disparar um único tiro, e a prisão ficou pequena para o bando que para cadeia foram dormindo.
No dia seguinte ao ocorrido a bela e para mim desconhecida donzela, me encontrou no caminho.
Educado, tirei o chapéu, inclei-me um pouco e simultaneamente dei-lhe um bom dia.
Ela, com brilho nos olhos e escancarado sorriso, além do bom dia, disse-me: Posso te perguntar? Endireiti-me, de postura bem ereta, peito estufado e ombros jogados levemente para trás, comecei a narrar o ocorrido, o dia que tronei-me herói para cidade.
- Querida donzela, não sei o seu nome, careço dessa informação para continuar nossa prossa.
- Ah meu querido xerife, como isso pode acontecer, perdoe-me por tamanho despreparo, me chamo Danica, sou filha do escrivão.
- Então vamos começar de novo. Beijei a mão da jovem donzela, do jeito mais tradicional no tempo antigo, inclinado-me, e mão direta pensando a dela, é na esquerda meu chapéu engraçado encostado em meu peito.
Disse: Prazer, sou o xerife Júnior, seu humilde servo, donzela Danica.
Danica, levando a mão a boca, simulava esconder o sorriso, enquanto ria. Terminada a encenação da cerimônia, comecei a contar o causo.
Naquela manhã fui pego de surpresa com a notícia que o bando de Maldoque estava na cidade , imediatamente mandei chamar meus amigos, e enquanto isso, elaborei o seguinte plano.
Lucas, que é muito veloz e ágil, foi na casa do veterinário pegar alguns frascos de tranquilizante que o doutor usava em seus pet pacientes.
Enquanto isso, João e Amarildo, buscaram mantimentos na venda , para fazermos uma deliciosa ceia.
Convidei Pietra para ir ao encontro do bando para e oferecer o jantar, como alguém com medo, que quer agradar.
Jantar aceito, levamos muita comida regada com vinho batizado, e Adail era nosso trunfo, se era bom de briga não sei, mas intimidava é servia para nós como escudo.
A Bela Pietra, dançou com João para enquanto os destruídos bandidos comiam e bebeiam, e pouco tempo depois do espetáculo, com cabeça na mesa ou caidos no chão dormiram.
Antes que o efeito do tranquilizante acabasse, todo o bando encarcerados a cadeia lotaram.
Acordaram irritados, mas sem armas, e atrás das grades só o que podiam fazer era reclamar.
Foi assim, sem nenhum tiro, recuperamos o dinheiro do banco e prendemos os bandidos.
A moça, talvez sapiossexual, com olhar que me devorva, sem palavras alguma dizia que conhecer mais de mim, queria.
A conversa tomou rumo diversos e minutos, transformaram-se em horas, até que um singelo convite da dama Danica, me surpreendeu alegre positivamente.
- xerife, vem jantar hoje em nossa casa, mamãe te acha um bom homem, e papai do Senhor de falar não para.
Aceitei o convite, e as seis horas marquei de chegar. Para não ir de mãos vazias, corri para falar com a pietra para saber o que eu poderia levar.
Pietra, antes de tudo, sacudiu a poeira de minha roupa, na altura dos ombros e peito, e disse primeiro vamos melhorar esse vestuário.
Escolheu roupas, que a seus olhos parecia melhores, um bouquer de flores me fez encomendar, e na venda, doce de leite e outros me fez comprar para alegrar a mesa da casa que iria jantar.
Amarildo, era poeta, metido a galã, me dava dicas para jovem impressionar, não dei muito atenção, pois eram palavras difíceis, poderia me atrapalhar, resolvi ser eu mesmo.
Danica estava linda naquela noite, sua mãe falava demais, e nosso flertar impedia. O pai dela tabelião respeitado, dizia sobre o plano de ser prefeito e as melhorias que queria fazer na cidade.
Comemos uma ave grande, bonita, assada, macarrão, e vinho era bebida.
Só na despedida após o jantar pude ficar momentos sozinho com Danica.
Seu cheiro, me atraia, e a bela boca desenhada, coberta pela camada do rubro batom, me seduzia.
O decote era desprocional as vestes, mas com o tempo acostumei com o costume da época.
Filosofei minhas ideias, e compartilhei o conhecimento que tinha, para impressionar a donzela sapioafetiva.
Não querendo ir, mas já era tarde, chegou a hora da despedida, arraquei um beijo, não roubado, porque ambos queriam, e foi demorado por ser correspondido, tanto que ativou todos os primitivo dos instintos masculino.
Parei, sem querer me afastar, os olhos em chamas, congelados, se encaravam.
O silêncio foi interrompido quando falamos simultaneamente, e cedendo a vez um para o outro, frase alguma era proferida, voltamos a nos beijar, era mais caliente esse beijo, com minha mão direita segurando sua nuca e com a esquerda seu quadril puxava para mim.
Ficamos sem ar, e meio ofegante, Danica disse: é malhor eu entrar....
Afastei-me um pouco, enquanto a encarava, a vi se recolher sem me dar as costas, fechava a porta enquanto me olhava.
Dei um salto de alegria, como um adolescente empolgado, a muito tempo isso queria, e hoje havia conquistado.
Montei no cavalo, ainda sonhando acordado fui encontrar meus amigos para contar tudo que havia vivido.
Ao chegar, avistei Adail na porta, e ouvia o choro de pietra, juntamente com a voz de Lucas que calma lhe pedia.
- O que houve ? Perguntei três vezes para ouvir a primeira resposta.
- O gato da Pietra, o gato da Pietra.
- morreu?
- caiu no posso, não sabemos nadar, senão morreu, morrerá.
Com roupa e tudo pulei no poço escuro, não era um poço normal, dito tradicional, este tinha um diâmetro de duas rodas de carrogem real, sua profundidade era de três homens altos em pé.
O poço, metade cheio, metade vazio, não afogará o gatinho mingau, ele tava vivo assustado , gato nadando cachorrinho, no poço meio vazio.
Com Mingau nos braços, gritei para que buscassem na venda duas cordas, e orientei que fizessem assim:
Dois de vocês permaneçam do lado direito do poço e atirem a corda, e outros dois do lado esquerdo façam a mesma coisa.
Peguei a primeira corda enrolei bem em meus braços e segurei em sua ponta, fiz o mesmo com outra e pedi que puxasse ao mesmo tempo, e fui assim que subi.
Quase na borda, entreguei o gatinho mingau a Pietra e os desajeitados que me puxavam largaram a corda ao verem a emocionante cena do reencontro dos dois.
Cai de costas na água, mas dessa vez me afoguei, mesmo sabendo nadar a água batia em meu rosto incomodava, acordei.
Era a chuva com vento que molhava minha cama e meu rosto, pois a janela antes de dormi não fechei.
Que sonho meio doido, todos sonhos o São, então foi só mais um, fechei a janela e voltei a dormir, talvez com o infantil e inocente desejo de continuar a sonhar o mesmo sonho, o que não aconteceu.
Vida normal que se segue, é madrugada o dia já é sábado.
sabe eu tô sentindo sua falta,
Eu perdi as contas de quantas vezes peguei meu celular pra te mandar mensagem,
Mas eu lembrei que você também não me procurou
E que não demonstrou sentir um pingo de afeto ou saudade de mim,
Eu não posso te querer
Você não quer saber de mim
E oque mais dói é ter que aceitar tudo isso.
E mais uma vez me peguei pensando no passado, tentando curar minha antiga ferida, mas como posso curar o que nem sei se realmente quero.
Como posso curar algo em que não quero entrar... Essa porta é muito alta e frágil, talvez possa desabar se eu tentar entrar!
Talvez
O sol começou a nascer e me peguei pensando: 'Há quanto tempo não vejo esse espetáculo?' tantas madrugadas de trabalho me fizeram esquecer."
As horas se perdiam entre os papéis, e o espetáculo do nascer do sol tornou-se uma lembrança distante em meio às madrugadas de trabalho.
AMOR:
O que é o amor?
Me peguei perguntando isso
Pode ser algo longínquo
Ou pode ser algo nocivo
Mas ainda sim
Acredito que o amor pode ser lindo
Mas aí vem a questão
Coisa boa vem junto da dor
Então pergunto-lhe
O que é o AMOR?
AGUENTAR FIRME:
Me peguei divagando,
Pensando no eu,
Problemas,
Tudo consome,
Mas não me importo,
A porta continua aberta
Me divirto vendo a paisagem
"Você é louco" me dizem,
Eu nem ligo, o vento é mais fresco,
A casa queima,
Mas o calor não me incomoda.
Quis tanto fazer morada em ti.. mas encontrei portas fechadas.. então peguei minhas malas e parti... virei viajante, andarilha , virei cigana , nomade, virei hippie.. depois disso não mais enraizei, pois não encontrei por aí solos férteis.. aprendi a ser livre, feito passarinho voei e cá pra nós. Foi o melhor que fiz !!!
Sinto saudade de acordar na madrugada e te ver me olhando.
Quantas vezes, assistindo TV, peguei você me observando com atenção.
Muitas vezes, enquanto escrevia meus pensamentos e poemas, você sempre estava curioso para saber o que eu estava escrevendo (risos).
Sinto falta do seu olhar, das nossas conversas profundas, dos momentos em que você queria mudar alguma parte da minha composição só para me vê irritada. Sinto saudade das suas risadas contagiantes e de ver você tocando violão com paixão, até mesmo de ouvir sua voz cantando como um pato rouco. Hahahaha.
Me peguei uma hora, olhando você, andar, tão feinho, seu ombro encolheu um pouco, cada dia que passa mais e mais é uma concha o que você se torna. Dessas que é mentira a pérola e o som do mar, mas eu os vejo, o tempo todo. Você andando desse seu jeito meio de louco, que chacoalha a cabeça. E se veste mal quando pouco se importa, eu sei, eu entendi. E a manga suja de café. A roupa bege da cor de tudo que é você. Você é tão errado e cheio de estragos. E me peguei olhando pra tudo isso e amando tanto, tanto, tanto. Como se nada mais no mundo fosse tão bonito ou correto ou mesmo perfeito porque perfeito é o que não tem mesmo cabimento. O resto nem existe porque vemos ou explicamos.
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