Pássaros em Voo
Dali
voar, e no fim ser devorado por um passáro
depois do banho de formigas
o voo de abandono a gangue
a pena negra nunca esquecida
e o canto que restou por todos os danos
não é para efeito de tempo
os relógios derretendo
e as caravanas longilíneas nos desertos
não querem devorar um religioso
está apenas fragmentando os prisioneiros
os tornando livres em seus sopros
em teu nascimento a face oculta celebrou
e um pouco de cada pedaço teu guardou em gavetas
codificou em estigmas as respostas dos segredos
e no sofrimento fez a chave
no amor nada
no prazer o caminho
na dor o intento
na solidão a compreensão
no desejo a vontade
da indústria do circo
a plebe tem saudade
do veneno do vício
do vício de lealdade
da causa que dá sentido
por não ter escolha
ignorantes da unidade
onde tudo se fragmentou
quem dele se decidiu ser cada parte
de uma mão que toca o violino
seu corpo está longe
na beira de praia
esse corpo em descarte
de tua torre enviou um navio até a minha
para encontrar algo sem sentido que te retorna
te inflama e me traz de volta tuas cinzas
no regresso queima a minha
leva as cinzas e no mar naufraga
para sempre no fundo
onde tudo ressoa.
Seja como um passaro,de voo sereno e somente seu...leve em suas asas o amor...o amor que vem de Deus.
Destribua entre as pessoas o dom que tens em si...para que o mundo saiba,que o amor prevalece...amor eterno sem fim.
E o tempo corre e a vida lança voo como se fosse um pássaro ferido tentando acompanhar esse ritmo ofegante e acelerado desse tempo perdido...
Quando o pássaro tem asas
A gaiola impede o voo
Estando lanosa a ovelha
O homem vem e lhe tosa
Às vezes
devorado, desarvorado
e arrependido
Não me perdoo
Por ter estado aqui
Cantando para quem
Jamais me quis ouvir
Doando minha carne, meu sangue
o que me restava de paciência
Além de toda uma vida
Vida ingrata
Deus me colocou aqui
Sob a reles condição de primata
No país das maravilhas
Covarde como o leão
Sem coração qual o Homem de lata
Agora não me resta nada
Na noite fria
Qual ovelha tosada
Minhas asas agora cansadas
Me relegam à mercê de predadores
E eles não são tantos
Enormes são suas maldades
Porém, nem precisavam sê-las
Quase nada mais me resta
Uma janela,
luz de estrelas no Céu,
Luz de velas cá na Terra,
vontade de fazer o certo
Um coração ausente, que erra
e o diabo sempre perto
tentando que eu desista
Cuspindo em meus poemas
aumentando meus problemas
Rindo da minha alma de artista
Um dia tudo se acaba
Exceto essas verdades
Que me invadem e orientam
Cada um carrega sua cruz
A minha me orienta a direção
da Fonte Universal de Toda Luz
Que haverá de confortar-me
e dar-me um coração
E um anjo de verdade
Pra fazer companhia
Se ainda persisto
E porque eu acredito
Na existência desse dia.
O voo é visto como símbolo de liberdade, demonstrado como ação primordial pelos Pássaros engaiolados.
A menor coisa do mundo é ser livre como um pássaro, que levanta voo a onde quer e na hora que bem entende.
Ser Livre para
pensar
falar
decidir
circular
viajar
amar
sonhar
cantar
dançar
comer
beber
realizar
contra
a favor
justo
honesto
digno
honrado
verdadeiro
voluntario
solidário
legitimo
soberano
isento
alegre
triste
inteligência
ser simplesmente livre, e mais nada...
Representação da liberdade no vôo de um lindo pássaro, passeando livremente pelo céu grandioso, pintado pelo pôr do sol, resultando em uma paisagem de tons calorosos, traços complexos, caprichosos, um genuíno quadro celeste de muito bom gosto, equilíbrio envolvente que produz um certo fascínio aos olhos.
Ultimamente, sinto que meu combustível criativo está baixo, como um pássaro que pausa o voo para descansar. Mas sei que essa pausa é apenas um respiro, um momento necessário para renovar as forças. A inspiração talvez esteja se recolhendo, preparando-se para voltar com mais intensidade, e minha voz, mesmo silenciada por ora, ainda guarda em si o poder de ecoar novas histórias.
Entre a queda e o voo, habito o intervalo das coisas esquecidas, sou pássaro de asas frágeis, que escuta o chamado do céu, mas repousa entre galhos secos, esperando que o vento, um dia, lhe ensine a direção.
Nenhum pássaro do mundo,
Onde quer que nasça
Ergue voo sem antes
Laborar sua carcaça
Inda que não seja hoje
Amanhã é o dia da graça.
Versos do meu irmão
Samuel Dantas @soulsirius
Soltem-se todos os pássaros presos,
que existem dentro de nós!
Para que enfim desfrutemos,
a solidão do voo a sós!
Que possamos planar sobre um mundo
todo azul, verde, branco.
Onde o silêncio lá no fundo
Tem em si um doce encanto.
O encanto de conhecer,
Independente do ser
e até do mais saber,
a delícia do Viver!
