Papai
Parabéns papai eternamente, por tudo que nos fez dignos, justos e livres. Parabéns as todas paternidades da liberdade que sempre por amor acolhe e orienta as opções individuais e as escolhas diferentes de vida de cada filho.
Dentro do universo de palavras que existem, três têm o poder supremo de trazer paz: Mamãe, Papai e Deus!
Pedi para Papai do Céu que colocasse um anjo que iluminasse a minha vida e Ele me deu você. Bom dia, meu amor. Te amo!
Carta de um filho ilegítimo
Papai, quero começar te pedindo desculpas, minha mamãe fala o tempo todo que eu sou uma benção e mereço todo amor do mundo, mas mesmo assim desculpa por ter vindo dessa forma, eu sei que o senhor já tem seus filhos, a mamãe dos seus filhos e sua família , mas não me odeia desse jeito, eu não tenho culpa. Eu te escrevo essa carta para dizer que também preciso de você, sinto a tristeza da minha mamãe quando ela chora escondida nas noites escuras, eu tento dizer pra ela que vai ficar tudo bem, sei que o amor dela é gigante, mas sei o quanto ela sente falta da tua mão sobre a barriga, ainda pequenininha papai, mas eu estou aqui dentro, ela sente falta não por ela, mas por mim, ela tem medo de não conseguir sozinha, de não dar conta, se sente culpada por estar tão triste e mesmo sabendo que ela é forte, eu também tenho medo de sentir sua falta, quando eu entender os motivos que te fizeram não ligar pra saber se eu estava bem, em não ter se preocupado da mesma forma que se preocupa com seus filhos legítimos, em não sentir o mesmo amor que eu sinto por você, eu entendo que tenha a sua vida, suas obrigações e que o tempo é corrido e meus irmãos precisam de cuidado e atenção, mas não precisa mudar a sua rotina por mim papai, só peço que me ame também, que de vez em quando pergunte pra mamãe como eu estou, diz pra ela que quando eu nascer você vai aprender a me amar só pra ela não se sentir tão cabisbaixa.
Eu não faço por mal, mas de vez em quando eu deixo a mamãe parecendo dodói, ela enjoa, sente dores, tonturas e incômodos, se sente frágil, esses hormônios que eu trago junto com meu crescimento deixam ela bem sensível, e tudo isso sozinha, eu estou com ela mas não posso ajudar quando ela se sente mal, ela conversa muito comigo quando está se sentindo só, diz que vamos ficar bem só nos dois, que ela vai me amar por ela e por você, que seremos melhores amigos e que ela não precisa de você, sei que é da boca pra fora, ela precisa sim, nesse momento tão delicado em que as coisas são tão novas e estranhas, ela se sente insegura e com medo, e isso tudo ela passa pra mim, espero ser forte e saudável, mas ainda assim eu preciso de um papai.
Quero poder realizar o sonho da mamãe de me ver dormindo no seu peito, da minha primeira palavra ser "papai", de torcer pro seu time, de segurar tua mão nos meus primeiros passos, de vestir a camisa "sou do papai", de comer a primeira papinha, ir na escolinha e aprender a andar de bicicleta com você, a mamãe ainda nem sabe se eu vou gostar de pipa ou boneca, rosa ou azul, mas chora quando pensa no meu nome, será que eu vou ter o seu sobrenome papai? Eu espero que sim, espero poder conhecer os meus irmãos e que eles também não me odeiem.
Eu te amo papai, sei que não faz isso tudo pra magoar a mamãe, é só por que ainda não aprendeu a me amar, talvez ainda não tenha caído a ficha de que serei sangue do seu sangue, carne da sua carne, tão seu filho quanto meus irmãos, mas por favor papai, entende logo de uma vez por todas, o tempo passa tão rápido e você está perdendo a magia que é amar alguém sem nunca ter visto seu rosto, se faz presente que cedo ou tarde eu serei o seu maior presente, eu prometo. Posso ser a mistura sua e da mamãe, ou ser a cópia fiel de só um de vocês, mas quero ter o colo dos dois, sentir o cheiro dos dois e reconhecer as suas vozes, conversa comigo enquanto eu ainda estou aqui dentro, canta pra mim, não tenha vergonha de demonstrar quando aprender a me amar, se mantenha perto papai, eu preciso de você.
No céu, o mesmo sol, mas não tem café na mesa
A crise tá sinistra, né? papai não tem empresa
As contas procriaram, assim como essas baratas
O sistema é uma fraude, o menino tá sem fraldas
De onde vim, ninguém bota fé nas habilidades
A sogra vai questionar sua utilidade
Você se sentindo o lixo dessa sociedade
Até quando viver, sem viver de verdade?
Eu, você e tanta gente anos e anos em nossas vidas;
Esperávamos ansiosos, mas Papai Noel não vinha.
Eu fui obediente, fui bonzinho o ano inteiro!
Por que você não veio?
É, hoje sabemos perfeitamente por qual razão.
A vida é assim!
Não pedi nada ao Papai Noel, nem sei se ele iria me ouvir. Mas se ele soubesse da minha dor, do meu desejo e da minha solidão! Ele nem esperaria a data natalina para me socorrer...(Saul Belezza - Mario Vale
Unicórnios, salamandras, harpias, hamadríades, ogros, papai noel...
Contos e histórias imaginarias...
Agora sereias, ah as sereias, ta ai a prova de que elas existem...
MACAQUINHO CURIOSO
Papai, que bicho é esse?
Tão parecido comigo
Eu acho até estranho
Que ele não tenha amigo
Mata o seu semelhante
Só pensa no seu umbigo.
Papai, disseste que ele é primo
Quase da mesma raça
Eu até me assusto
Vive de arruaça
Pobre dos seus iguais
É só maldade e trapaça.
Papai, queria entender
Por que ele nos prende?
Num mundo tão grande
E o pior é que nos vende
Seria especismo puro
Do primo que não entende.
Papai, ele não aceita
A nossa parentagem
Diz que veio do pó
Veja quanta bobagem
Acredita em céu e inferno
Vive numa viagem.
Papai, eu acho curioso
Como o primo se sente
É como se fosse o melhor
O mais inteligente
No fundo eu não queria
Que ele fosse parente
Por ser um simples primata
Que se chama de "gente"
Mergulhado na ignorância
Que furta, mata e mente.
Thiago Rosa Cézar
RIVAL
O papai sempre gostava de dizer que “doido não tem juízo.” Eu, já digo que tem sim: apenas, em muitos momentos, “lhes faltam alguns parafusos.”
Há muitas histórias envolvendo esses personagens, com sofrimento mental; nas cidades grandes e pequenas, nesse mundão sem fim. Muitas delas, tristes; outras, engraçadas... Outras, nem tanto.
Em Campos Belos, conheci Rival; forte, de estatura mediana, usava cabelos longos, que nunca viam água. Ainda não totalmente brancos, afinal de contas ele só tinha cinqüenta anos; com uma pequena margem de erro, para mais ou para menos. E, uma imensa barba fechada.
Andava calmamente pelas ruas da cidade, sempre mastigando alguma coisa que a gente não sabia o que era. Andava e parava, ao longo de qualquer percurso que viesse a fazer.
Nessas paradas que fazia, geralmente eram para observar algo que lhes chamava à atenção; e sempre tinha uma coisa ou outra. Olhava os mínimos detalhes de tudo, com muito critério. - Como se tivesse mesmo fazendo uma vistoria minuciosa. E, em muitos casos, parecia discordar de algumas irregularidades que via: ao coçar, e balançar a cabeça negativamente, quando o objeto da observação não atendesse suas expectativas.
Morava num quartinho isolado na residência de um parente de primeiro grau, na Rua Sete de Setembro, próximo do açougue do Juá.
No final dos anos setenta e início dos anos oitenta, houve uma exploração de Aroeira muito intensa na região. Tempos depois, eu soube que a aroeira fora extinta no Nordeste goiano.
Paulo (in memoriam), o genro do Seu Farina (o italiano do Restaurante), trabalhava no transporte e comercialização dessa nobre madeira; e geralmente o fazia no Sul do Estado de Goiás; Minas Gerais e São Paulo. Em forma de mourões e laxas, muito usados em currais e cercas; pela sua potencial resistência em se decompor, na natureza.
Um belo dia...
Como de costume, Rival, subiu a Rua BH Foreman, atravessou a Av. Desembargador Rivadávia, e chegou ao calçadão em frente à Prefeitura Municipal.
Parou, e colocou a mão direita atrás da orelha, em forma de concha, para ouvir melhor o sino repicando a sua frente, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição.
Era o sacristão chamando os fiéis, para a “encomendação de um corpo.”
O curioso é que, naquele dia, ele não atendeu o apelo religioso, apesar de nunca ter perdido um enterro na cidade (tinha essa boa fama); mas, aproximou-se da Paróquia, e tomou a benção ao Seu Vigário, que estava posicionado à frente do Templo, recebendo o povo, para a cerimônia fúnebre.
Riscou o dedo polegar direito na testa, três vezes, e inclinou-se levemente para frente, em sinal de respeito ao Pároco, ao Santuário e ao falecido. Beijou um enorme crucifixo metálico, preso num cordão feito de argolas, de lacres de latinhas de alumínio; confeccionados artesanalmente, pelos presos da cadeia púbica local;
Olhava ao longe, o esquife num ataúde com a Bandeira do Brasil sobre ele, próximo ao altar; era um filho ilustre que havia “partido antes do combinado.”
Rogou a Deus por ele em silêncio, estendendo as mãos unidas,uma a outra, e levantadas verticalmente, rumo ao céus.
Deu as costas ao Reverendo, sem se despedir, e desceu a Rua do Comércio, enxugando com a manga da camisa, algumas lágrimas que insistiam em descer, lentamente dos seus olhos castanhos, se escondendo no emaranhado de sua barba; resultante do impacto da perda irreparável. – O Pároco lhe dissera o nome do falecido anteriormente.
Teve fome...
Já era meio dia e ele ainda não havia forrado o estomago.
Entrou na padaria de Zé Padeiro. Pediu um lanche, sem dinheiro. – “Não preciso de dinheiro: tudo o que vocês vêem, são meus...” deixava isso bem claro nas poucas conversas que tinha com as pessoas,digamos,normais.
A atendente lhe deu um pão dormido, sem manteiga mesmo - como sempre o fazia, e um café num copo descartável.
- “Capricha senhora!... É para dois tomar.” A moça colocou mais um pouquinho.
E ficou sem entender: pois não o viu acompanhado de mais ninguém!...
Ao retornar a sua casa, pelas mesmas pisadas, parou diante do caminhão em que Paulo trabalhava; que estava encostado junto ao meio fio, logo à frente; e conversava seriamente com ele. Sim! Com o caminhão.
Que estava cheio de laxas de Aroeira. Com uma ponta de eixo quebrado. Na porta do Armazém de Seu Natã.
O proprietário do caminhão, já havia pedido ao papai que desse uma olhada no mesmo; pois, teria que se deslocar até a Capital Federal, para comprar a referida peça. Pois não a encontrava na região, para repô-la.
Ainda que as faculdades mentais de Rival não funcionasse cem por cento; ele tinha um coração piedoso. Com certeza, aquilo era um Reflexo da criação que recebera de seus pais. Que por sua vez, eram pessoas muito religiosas e bondosas.
O sol estava a pino e não havia uma nuvem sequer, nos céus, para atenuar a sua intensidade.
Rival, por sua vez, continuava parado em frente ao caminhão, dando andamento na prosa...
Depois de ter observado por muito tempo aquela situação; de todos os ângulos possíveis. Continuava olhando, olhando,olhando... E, balançava a cabeça de um lado para o outro. Como quem não concordando com aquela situação.
E conversava baixinho, de maneira que só o caminhão ouvia:
- “Isso que estão fazendo com você é um absurdo, é uma desumanidade muito grande! Como é que pode tanto descaso, com um ser tão indefeso!”...
Falava com sigo mesmo:
- “Coitadinho!... quanta judiação!... Quanto tempo sem comer e sem beber; já cheirando mal, e cheio de poeira, com esse calor tremendo que está fazendo, não pôde até agora, tomar um banho para refrescar; como tem sofrido!”...
“Não tenho mais tempo a perder: tenho mesmo de fazer alguma coisa.” Pensava ele.
E, lhe sobreveio uma iluminura, procedente do seu coração grandioso: então, deu o seu lanche para o caminhão comer.
Antes de despedir-se, balbuciou quase imperceptivelmente, algumas palavras:
- “Tenha um bom apetite! Voltarei amanhã para ti ver.” E, foi-se embora balançando a cabeça, desaprovando aquele estado de coisas.
Repetiu o gesto de alimentá-lo, durante mais de quinze dias.
Todos os dias, sempre nos mesmos horários, ele deixava próximo à placa, um pão e um cafezinho, para o aquele pobre e faminto caminhão, alimentar-se; porque a “fome é negra”.
- 13.04.16
Papai sorridente é um papai gentil, bondoso e corajoso. Às vezes enfrenta desafios difíceis. Ele gosta de correr bastante, assistir televisão e estudar.
Obrigada Papai do Céu, por mais uma noite tranquila, por me acordar mais um dia, e por me dar a certeza do teu amor e de tua proteção. Recebo de braços abertos este novo dia, pois com ele sei que tenho uma nova chance de recomeçar e fazer melhor que ontem...Um Bom Dia à todos, e que seja de bênçãos, conquistas e vitórias!
MINHA FILHA THALITA
Tem o cheirinho que o papai mais gosta
Tem os beijinhos que eu quero sentir
Tão pequeninA que cabe em meus braços
Por mais que cresça sempre caberá
Tha, Thatazinha
Minha pequenina
És bênção pra mim
Minha Thalita
Você é o presente que Deus me deu
Você é a filha que trouxe alegria
Só Deus sabe o bem que você faz pra mim
Tão pequenina que cabe em meus braços
Por mais que cresça sempre caberá
Minha Thalita és a felicidade
Que coloriu os meus dias
Papai
Ivone Boechat
A maior homenagem
que se faz ao pai
é tomar posse da herança
de amor que ele deixou
nas marcas da luta
que teve de enfrentar
pra você sobreviver ;
erros, excessos, exigências,
qualquer lembrança da história
que o passado nem alcança?
Guarde só o que foi bom
na memória;
o pai
é um gigante de pé;
depois que pisou
nas brasas
da ansiedade,
fingiu que foi
embora,
mas vive presente
na saudade,
na lição de fé.
Querido Papai do Céu, lhe agradeço por mais um dia vencido, por sempre estar ao meu lado, por renovar minha fé, e minha força todos os dias. Por conservar minha esperança. Por não me deixar desistir, mostrando-me que essa seria minha maior fraqueza. Obrigada "Senhor", por me amar e me abençoar tanto...Amém!
O domingo está terminando. Espero em Deus mais uma semana de paz... Papai do Céu, obrigada por mais esse dia lindo em minha vida... Eu te amo com meu coração e com minha alma... Amém!
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