Pálida
Sombra...
Pálida que caminha entre as serras
Montes e vales,chorado de dor..
Que acabou de perder a pessoa amada
Pálida com uma folha caída no chão
Com a neve que cai entres as serras
Deste nosso amado Portugal
Pálida do inverno frio e gelado
Do sangue que não corre nas veias
Dos braços cansados e tristes
Pálida que anda perdida,sozinha
Por montes,serras e vales
Não sabia que caminho tomar.!!!
Feito uma flor lançada ao mar que a onde levou, tão pálida estava quando uma linda sereia a encontrou e a pôs em seus cabelos.
Feito uma garrafa lançada ao mar que a onda levou, levou para o infinito meus versinhos de amor.
Assim e muito mais me sinto
quando distante de você.
Com o passar da manhã, preocupei-me com a punição que aplicavam a ela. Estava tão pálida... E eu, que sou ateu, me vi de joelhos junto à cama, rezando a Deus como uma criança, para que Keira não tivesse sido trancada em nenhuma solitária.
Moura escondida à espera do seu cavaleiro andante
por desertos, por noites escuras.
Pálida de amor,
de um palácio encantado,
encantado de aventura e de ilusão.
Desmaia, exausta e vacilante,
à espera o seu cavaleiro montado num cavalo.
Galopa com o vento,
vê ao longe a sua amada com os cabelos ao vento,
feito do tempo.
O vento entra nos versos ditos e lidos,
da sua amada dos invernos longos cinzentos
Minha amada,
não tenho o tempo que queria para ti,
minha doce e fiel amiga.
Dona do meu coração,
parto sem tempo... com tempo ou talvez....
Sem tempo para repousar o meu corpo e a minha alma!
Madrugada
o quarto a meia luz, la fora só a lua tinha a glória.
a luz te deixava pálida, e transmutava a cor de seus cabelos.
pedaço de neve, porcelana rara, ímpar.
a janela entreaberta, noites notáveis.
ah! menina, seus cabelos vermelhos,
vermelhos, escarlate, ruivos naturais!
eu e você, rindo um do outro de madrugada,
nossas coisas intrínsecas, peculiares, intensas.
madrugadas escutando Bob Dylan, lendo poesia francesa,
cigarros, uma garrafa de vinho sob a cama,
nem a velhice esquecerá destas noites notáveis,
na memória existe um palácio para tais!
Noite é longa onde a luz do sol é pálida
O medo é forte quando você cavalga na madrugada
Nas trilhas das matas da escuridão eterna
Nos salões do triste e do vazio, junto com a alma pálida da solidão, a bailarina dança sozinha, nas pontas de pés descalços, os seus dedos frios traçam no chão a história da sua vida que desta mesma maneira, em pontas de dedos, se tornou o que é agora. Um amor vazio, numa tarde chuvosa e cinza como esta, ela pensa em desistir e se cansar, mudar; mas é muito tarde para deixar pra lá, é muito tarde pra deixar de ser quem se é, e mesmo o orgulho ferido da bailarina é pouco, ela está atada a essa realidade assim como as fitas de cetim nos seus tornozelos.
Visão Errante -
Meu Amor, quando chegas como um sonho na noite pálida,
caído sobre os braços da madrugada,
debruçado sobre o mundo,
trazes o silêncio das horas
num bater descompassado do coração,
a fecundar de poesia as nossas vidas
ignoradas ...
Horas e horas a fio esperando
amargamente por ti
e quando finalmente vens, que pena,
não passas, meu amor, de uma visão
errante ...
Achei uma flor certo dia na estrada
Que parecia murcha e sem folhas
Quase pálida, se afogou em um suspiro
Eu a levei para o meu jardim para cuidar
Aquela flor de pétalas adormecidas
A qual cuido hoje com toda a alma
Recuperou a cor que havia perdido
Porque encontrou um cuidador para regá-la
Coloquei um pouquinho de amor nela
Abriguei-a em minha alma
E no inverno lhe dava calor
Para que não se machucasse
Sou pássaro
Sou água
Sou rio e mar
Sou vento
Sou força pálida e constante
Sou luz
Sou escuro
Sou e não sou
Sou rato
Sou cão
Sou víbora
Sou o que quero
O que sonho ser
Sou um mundo
Um lado e o outro
Vice e versa
Sou Buscar e achar
Sou enquanto puder ser
Pois esse poder não tenho
Se quer o de ser algo
Mas algo eu tenho
É meu, minha palavra
Meu laço
Minha armadilha
Nela caio e me amarro
Sempre volto a ela
Refúgio a céu aberto
Esconderijo na esquina
Fechando os olhos eu sumo
Desde que um menino pequeno
Sempre aqui e lá
Vaidade
(Paulo Sales)
A Vaidade mundana,
É Cálice de fel,
Afetação de virtude,
Pálida, mas reciclável.
Excelsa Confissão de amarguras,
Frias, silentes e necessárias,
Vencer é inescusável,
Na peleja da adversidade.
Há um abismo entre o presente,
E o passado nefasto,
Com força e vontade hercúlea,
Um raio de amor,
Infunde a esperança.
Na solidão do seu próprio cárcere,
Despontam manifestos de infelicidade,
Por inexperiência e seduções maléficas.
A rota por onde peregrinamos,
É rodeada de espinhos e decepções,
Uma centelha de fé,
Suaviza o caminhar.
Ao sol poente,
Como nasce uma flor,
O homem é capaz de renascer,
Ablegar a futilidade,
Descobrir com paciência,
E tanta coisa saber,
Da real felicidade.
Dicas de Outono
A goiabeira já está pálida, sem frutos e sem folhas.
Assim dizia minha mãe “sinal que o outono está iniciando”.
# Nestas horas mortas que a noite cria, entre um e outro verso do pavoroso poema, que sob a pálida luz de uma vela eu lia, me chegavam antigas lembranças de um dilema.
Quanto amargo e dissabor o silêncio produz! Entre as sombras vacilantes da noite, chegam em formas indefinidas, que sobre minha cabeça pairam, aves e outras criaturas aladas que de infernal recônditos alçam vôo até minha mente, a perturbar minh’alma.
Essas formas indefinidas das sombras criadas pelo medo, ocupando o vazio do meu ser, preenchendo o que antes era de sentimentos sublimes e, agora, somente o sentimento de dor. O que antes era alegria, agora é tão somente o dissabor.
Que pena paga um condenado pelos sentimentos! Oh, agonia incessante. Que martírios mais terei que suportar? Como um medo tão latente do desconhecido, pode tanto me apavorar? Será do vazio de minha alma que sinto medo? Ou do esquecimento do meu ser, por outro já amado?
Não é do fim da vida que treme minha alma, mas do fim do sentir-se bem eterno. Não mais existir não é tão doloroso quanto o existir sem ser notado, ou amar sem ser amado, ou perder o que jamais será recuperado.#
Pálida imagem sombreada de luzes...
Assim são minhas emoções e lembranças, que tingem minha mente oscilando entre tantas cores que vivi.
Oblíquos
Cruel enleio que delinea minha face pálida,
Atira-me às sombras mórbidas da insensatez,
Tira-me fantasias que nutrem a alma cálida,
Esvai num redemoinho silêncioso descolorindo minha tez...
Suga-me sentimentos puros transformando-os em dores,
Meu corpo abandonado em sulcos da imaginação,
Afloram espinhos e hastes ríspidas onde haviam flores,
Enrijece como rocha meu suave coração...
Meus braços já não alcançam os teus,
Minha voz soa como a de um pássaro perecendo,
Meu vôo alto como se enterrando num breu,
Minha essência cintilante desaparecendo...
Já não sinto teus olhares,
Nem teus lábios sobre os meus,
Não há volta, nem noites espetaculares,
Nem o toque e o brilho dos olhos teus...
A bruma gélida que se apossa vertiginosa
Derrama prantos desesperados e aflitos,
Mas a vida continua, impiedosa
E seguimos... como dois pontos oblíquos.
