Rita Schultz

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Eu quero esse amor perfeito que me ofereceste hoje de manhã:
ele cheira a rosas.

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Meu coração quer a distância dos teus olhos e
destas tuas brancas mentiras pétreas de aflição.

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Eu sei ser chuva e sol e montanha e calor e música e flor e bruma!

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Também eu sei ser pedra entre as flores sob essa chuva que cai e cai.

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Nosso amor foi louco como uma tatuagem;
um grafite em cores quentes escorrendo pelos muros da cidade.

A minha vida é imaginar-te esculpido em mármore
__ pálido e assombroso__ nesta tua condição!

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No ocaso desta hora morta nossas almas recuam
__ figuras sinistras na neblina __
desdenhando-se nas sombras destes movimentos vãos.

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Somos duas figuras arrependidas, lastimosas, que deslizam sem ruídos, e que nunca se encontraram, nem mesmo nos cacos de um vitral!

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Eu quero a imensidão dos campos, a vastidão dos mares,
quero esquecer-me num quadro de Van Gogh
para encontrar-me
na ausência de tua rutilância.

Minhas asas desaprenderam a vastidão do céu e perderam-se na rota do teu insensível coração.

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Teu rosto sem crueldade me move de toda tristeza: eu canto!

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Meu coração é um silêncio partido, um retrato sem ruído,
uma desumanidade sem fim.

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No sertão das minhas palavras, planto orgulhosas entrelinhas
que o poema escorre abrindo caminho.

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A rosa vermelha também fica pálida no arrastar do dia.

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O salmo da manhã escuto e guardo-me na eterna calmaria,
que de todo terror me podem aliviar.

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Sonhei a memória do homem: o meu rosto acordou impassível.
Qual foi o teu?

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Meu canto, ferida aberta, em verdade asas no tempo.
Qual foi o teu?

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Eu quis sorriso, palavra. Nem fome, nem sede.
Qual foi o teu?

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Ao se despencar a alegria, a terna saudade eterna.
Amor perfeito: qual foi o teu?

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Que língua é a tua, amor meu, se até a dor das distâncias é bem-vinda?

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Qual a linguagem do teu silêncio terno?

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No telhado ventos memorizam o instante. Nunca esqueço os pingos do silêncio.

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Escorre na sombra do vento o córrego.
Amanhece água outra vez.

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De corpo inteiro, dormi serena no vento.
Acordei teu cheiro.

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Mistério é palavra bruta vincada na face. Talvez um moinho de vento sentado num banco à beira-mar.

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