Objeto
A ênfase está na relação entre deficiências físicas e mentais e objetivos.
No entanto, no sentido técnico, em tempo de desenvolvimento, múltiplos registros podem ser definidos como objetos estabelecidos como sujeitos. Para ter uma conexão com um objeto narcísico, o eu com os outros deve ter uma conexão com o objeto narcísico. Ele sabe quais órgãos funcionam na relação narcísica entre ele e os outros, onde o eu é formado. Sua estrutura fictícia é processada em torno de outras imagens. Agora, a relação entre ver e ser visto inclui os órgãos, os olhos, só para citar. Coisas incríveis podem acontecer lá, coisas espantosas.
(LACAN, 2010, p. 134)
Haverá algo ansiando por um objeto insatisfeito como antídoto para a ansiedade. (Seminário Lacan 8 pp. 430-451
Mulher ganhar entrada gratuita em eventos não é privilégio, é apenas tratá-la como o prato principal da festa, é machismo, um dos mais nojentos e passivos, diga-se de passagem.
Todo objetivo está à beira de se concretizar como objeto, pronto para ser manifestado. Essa é a diferença entre realização e materialização.
A figura da 'mulher objeto' movimenta muita grana dentro do sistema capitalista, especialmente para a indústria da mídia, publicidade, entretenimento e pornografia, contribuindo para a perpetuação de normas de gênero prejudiciais.
Enquanto essa lógica permanecer, nada mudará de concreto na vida das mulheres.
AS TRÊS PRINCIPAIS VERTENTES METAFÍSICAS: Fisicalismo, Panpsiquismo e Idealismo
Qual delas faz mais sentido?
1. FISICALISMO:
Um Objeto existe primeiro e é base da formação do seu Sujeito.
Exemplo: Cérebro ou Corpo existe primeiro e é base da formação da sua Alma.
2. PANPSIQUISMO:
Qualquer Objeto contém o seu Sujeito.
Exemplo: Pedra contém Alma.
3. IDEALISMO:
Um Sujeito existe primeiro e é base da formação do seu Objeto.
Exemplo: Alma existe primeiro e é base da formação do seu Cérebro ou Corpo.
Todo objeto pode ser tanto uma objeção quanto um objetivo, transformando-se em barreira ou portal, conforme nossa percepção e abordagem.
A objetificação do corpo feminino é o alicerce de uma sociedade que ainda confunde desejo com domínio.
Relações Objetais Em 2025
Nos dias de hoje, muitas relações parecem ter perdido algo essencial: o reconhecimento do outro como alguém único, com história, sentimentos e valor intrínseco. Em vez disso, é comum vermos pessoas sendo tratadas como ferramentas — úteis enquanto servem a um propósito, mas descartáveis assim que deixam de ser convenientes.
Esse comportamento de "usar e descartar" não surge do nada. Vivemos em uma época em que tudo acontece rápido, e as conexões também parecem ter se adaptado a essa velocidade. É mais fácil passar para a próxima pessoa, para o próximo relacionamento, do que enfrentar o desconforto de lidar com as imperfeições ou as dificuldades de se conectar profundamente. Mas, no fundo, isso nos deixa mais isolados, mais vazios.
Talvez esse movimento também tenha a ver com medo. Conectar-se de verdade exige vulnerabilidade, exige abrir mão do controle e aceitar o outro como ele é — com falhas, com dúvidas, com fraquezas. Para muitos, é mais fácil manter uma relação superficial, onde o outro é apenas um reflexo do que se espera ou deseja, do que correr o risco de se ferir ou ser rejeitado.
Ainda assim, algo em nós anseia por mais. Desejamos relações que nos preencham, que nos desafiem, que sejam capazes de nos transformar. Não é fácil sair desse ciclo de descartar e seguir em frente, mas talvez o primeiro passo seja simples: olhar para o outro como uma pessoa completa, única, com uma história tão valiosa quanto a nossa. Esse gesto, por mais pequeno que pareça, já é profundamente humano e capaz de transformar a maneira como nos relacionamos.
No fim, ninguém quer ser descartado. Queremos ser vistos, reconhecidos e, acima de tudo, amados, não pelo que podemos oferecer, mas pelo que somos. E essa é uma mudança que começa em cada um de nós.
Pareidolia
Nas nuvens, um coelho,
feito de vento e migalha de céu.
A natureza inventa vida onde há silêncio,
e a mente, danada, faz enxergar.
Eu vejo contornos que nem existem,
ou talvez existam, porque os inventei.
Minha sina é dar nome às coisas que ainda não sei o que são
e bordar sentidos no que vi.
Um galho seco me acenou — ou talvez fosse um braço.
Ao lado, a bananeira, com dentes amarelos, sorriu.
As coisas criam sentidos quando alguém as olha sem pressa.
Dia desses, vi teu rosto numa poça d’água,
um rosto de luz, desses que não têm peso.
A poça ria de mim com suas bordas de lama,
igualzinho tu faria se me visse fantasiar.
E eu, feito criança, ri de volta.
Seria loucura, ou só o mundo brincando de ser?
Tudo acaba virando o que o olhar quer.
Os que caminham em busca do mesmo objetivo ou caminham lado a lado ou se cruzam no caminho, mas sempre se encontram no mesmo ponto
Maldito objeto vazio que conduz seres a uma vida de miséria.
Uma busca incessante por algo inexistente, irrisório.
Se tornando escravos de algo que nunca existiu, se esquecem de si mesmo...maldito dinheiro.
