O Poeta e a poesia
" O corpo do Poeta"
O corpo do poeta sangra versos
Quando ferido por palavras...
Chega a dar um aperto no peito
Quando a tinta da caneta acaba...
Escreve em folhas
Que se tornam árvores
E respira o universo
Valei me ave Maria
Minha vida que vira verso
Nas revoltas que viram
A volta do regresso
Tô perplexo
Com o rumo que tomaram
Aqueles que remam pro destino "certo"
Os que vão contra a maré
Transcenderam seu universo
Mas ...o corpo do poeta chora versos
Quando lágrimas de crocodilo
Escorrem manchando o papel
Borrando a vida desenhada
Milimetricamente pelo pincel
E o corpo do poeta é só um corpo que abriga o verdadeiro criador
desse seu mundo torto.
O Poeta...
Aquele que nos dias de solidão
Se envolve em solitude
Que incendeia em argumentos
Mas não discute
Quando abre sua mente
Sua boca fala bem alto
Shhhhh silêncio ...
...Escute..
Saboreia a leveza das letras
Mas não se assuste
Quando transformadas em palavras pesam uma tonelada
Então... que seus olhos e ouvidos desfrutem
Thibor
Entre becos e vagões,
avenidas e vielas,
o vazio mesmo em multidões
faz, molda o poeta.
Afirmaram-se minhas intenções,
amoleceram-se minhas pernas,
não preciso de soluções,
só de emoções sinceras.
Antigamente serei assim
Sou um poeta
destes antigões
que bebem muito
e escrevem pouco
destes que, sem querer,
romantizam tudo
e fazem do amor um sufoco.
Alma poética
Quem seria o poeta se não falasse da vida?
De que serviria seus lamentos e suas alegrias?
O poeta é a caneta de sentimentos,
Sua tinta são seus pensamentos.
Por ventura poderia
O poeta parar de amar, pensar e agir?
Por ventura poderia o poeta não ter implementos?
Quem sabe a poesia exista
na alma cheia de avarias.
Quem dera o poeta soubesse o valor.
O valor de cada palavra escrita sobre sua alma.
O valor de seus sentimentos sobre a folha,
sobre suas escolhas que vão além da dor.
Espaçamento
Outrora sou, fui, serei.
Poeta, filósofo e rei.
Não soube, não sei, nem saberei
o que o amanhã me reserva.
Querendo ou não,
Vivi, vivo e viverei.
Ser poeta
E mesmo se o mundo estivesse por um lapso,
Tenho certeza de que lá eu estaria,
Desejos e medos indo para o espaço,
Em mim, restaria a arte de fazer poesia
A poesia é como um refúgio,
Um vislumbre dos meus pensamentos,
Uma maneira de fugir desse mundo,
Uma libertação para os meus sentimentos
Ainda que a alegria eu não tivesse,
E mesmo se nada me pertencesse,
Um lápis e um papel seria o suficiente,
Para que a minha alma transparecesse
Ainda que a escuridão tomasse conta,
Toda angústia invadisse a minha mente,
A arte de escrever me consolaria,
Talvez seja isso que torne o poeta diferente.
A Poetisa
se apaixonar por uma poeta
tão gentil, pacata, seleta
num fio de dúvida se perguntar
o que será o entardecer
tornar tarde cada pedaço, traço cor
pele rosto, fogo, ardor
deixa eu arder em você
me deixa arder com você
e em tão pouco mirando universos
pois cada pouco se torna muito
cada palavra encontrada nesses versos
cada vez mais me perdendo do mundo
pegando em tua aspera mão
em cada traço me vejo
nos olhos tamanho é o brilho
as íris castanhas que revelam todo meu desejo
acendo o teu maço de cigarros
te contando sobre lindos textos
pela cintura te agarro
te beijo, te mordo, te pego, te perco
e do universo te trago
Hoje serei poeta...
Serei poeta nos meus olhos,
porque, no olhar, vejo minha inspiração
e reflito meu coração.
Não sou poeta
Escrevo
só o que sinto
e devaneio.
Se é o suficiente?
Não sei.
Não sei
Sei apenas
que a poesia
nada me
cobra.
Não, não sou poeta.
Eliete Carvalho
Felicidade, profeta!
Sempre esteve em mim
Mas sempre fui poeta
Atrás d’outro Enfim!
Que coisa mais tardia
Chegar querendo cálculo
Da minha alegria
Se vivo ali no palco.
Choro, rio, jogo-me e sou
Nem plena e nem desatenta
Nem mesmo o que restou
Nem oito ou oitenta.
Entre as análises das dores
E das lições também dos risos…
Nunca deserto, nem flores.
Entre batimentos e juízos.
Nem tristeza e nem euforia,
Ainda que muito as seja,
Sou mesmo é a carniçaria
Aberta na bandeja.
E quando eu alcançar tudo
O que me dói nos rins,
Diga a eles que inda acudo
Meus saberes, nãos e sins.
Quando tudo fizer sentido,
Quando toda resposta houver,
Diga a eles que meu eu perdido
Inda lerá o que nem se é.
Fico mesmo é nesse papel
Branco, decalcado,
Nessa arte tão cruel
De tentar
Significado.
Fico mesmo é na importância
De fugir da infelicidade
Porque mais do que ser feliz
Ser poeta
É ser verdade.
" ESCRITA "
Um poeta, somos todos, do destino
que vamos nós rimando na emoção
de cada escolha feita, em decisão
dos versos sobre o tempo peregrino!
Assim, quer seja um poema, uma canção,
soneto curto aceito em desatino
nas frases da poesia de um menino,
um ode no saber de um ancião,
o fato é que se faz por obra-prima
em tudo que nas linhas ela exprima
por resultado de um viver humano…
Escrita eu dei à minha, com ternura,
por vezes na razão de uma alma pura
batendo um coração sujo e profano!
O RIO DE MINHA TERRA
Passa um rio pela terra
De quase todo poeta...
Minha terra também tem um rio
Que passa e deixa lembranças,
Que passa e deixa saudades,
Que me inunda de amor
Pela minha terra
Toda vez que em seu manso passar
Molha-me o corpo e a alma.
Se o simples passar de um rio
Pela terra de um poeta
É poesia,
Que nome devo dar
A um rio passando
Pela minha terra
E pela minha vida?
Sou psicólogo porque sou poeta.
Sou poeta porque sou psicólogo.
Quem não consegue ler ou tentar entender um poema, não conhece a alma humana
No caderno de um poeta, se encontram linhas e páginas, com versos e orações.
As guais expressam sentimentos e emoções.
Dias de alegrias, vontades e fantasias.
Tristezas, ou talvez profundas nostalgias.
Ser poeta é
traduzir em palavras
o que se sente,
se ouve,
se vê
ou se imagina,
na busca de um mundo
real ou fictício
que comova,
toque
ou envolva o leitor,
ou não.
Quem mandou o poeta se apaixonar? E agora começa a fazer poemas para te dedicar
Nessa imensidão que são Teus olhos castanhos eu quero afundar, em cada cachinho do teu cabelo, eu quero me enrolar
E o teu cheiro que cada vez mais faz minhas narinas te buscar, o teu jeito calmo de falar, me conquista todos os dias, mesmo sem você se esforçar
Quem mandou o poeta se apaixonar por uma pessoa que tem medo de amar? E eu posso te dizer que o amor é tudo que eu tenho para te oferecer
O bom poeta não é o que faz rimas
Mas o que sabe rimar
Do que vale ir às vindimas
Se não se sabe podar
O bom poeta não é o que pensa
Mas o que tem as ideias
Do que vale uma dispensa
Sem as gavetas cheias
O bom poeta existe
Ou ainda está para aparecer
Só a dúvida persiste
Só a resposta nos fará saber.
"Não sou poeta. / Não quero ser poeta. / Se ainda tivesse meus vinte anos, / Escolheria o pugilismo."
[E se todos fôssemos Muhammad Ali?]
A Lua é a musa do poeta
Mas, a sua fiel companheira se chama Solidão.
A Lua é a dama do sonho deste cavalheiro.
Ela vem à noite de mansinho,
Feitiça ele com carinho,
E quando ela não aparece;
Ele dorme com saudade da sua bela.
A Solidão nunca lhe abandona.
Permanece quando todos vão embora,
Está na sua mão agora e toda hora,
Ela é persistente, não desaparece;
Ele só encontra a paz quando foge dela.
A Lua é complicada,
De tempo em tempo muda o seu semblante.
A Solidão sempre estável;
Tão sem graça, que nem sabe ser amante.
É a Lua, divina e perigosa,
A musa deste pobre poeta,
Cheio de ilusão.
Porém sua companheira,
Aquela amargosa;
Sempre será a Solidão.
Poética transmoderna
Por onde o poeta pisa,
abre-se
um verso em agonia,
e, aberto, avisa
que num caminho
amor
só dura um dia.
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