Neve
Vira uma bola de neve a vida daqueles que tentam fazer das lembranças uma forma de fugir da realidade que os aprisiona, quando o ideal seria encarar e superar a falta de algo que não existe mais...
Nós somos um conjunto das quatro estações: às vezes, estamos frios, tristes, seja chuva ou seja neve sobre nós, a esperança está tão no fundo que parece não existir. Mas o inverno passa. Chega a primavera, nossos corações se aquecem, a esperança começa a vir à tona, e a alegria também. O verão aparece para esquentar, para fazer algumas coisas ferverem, outras pegarem fogo ou, quem sabe, nada disso, mas, sim, nos libertar totalmente do inverno, algo que a primavera tentou, embora não tenha conseguido em sua totalidade. O outono é, principalmente, a época em que nos permitimos aprender, errar, evoluir; as folhas que caem são as nossas falhas, bem com os momentos bons e maus: elas caem, passam, para que novos momentos e novas falhas possam surgir, dando origem a outro recomeço. Assim é a vida. Altos e baixos. Mas ela não é exatamente um ciclo. Essas estações, enquanto dentro de nós seres humanos, não ocorre nessa ordem. Algumas duram mais, outros duram menos; algumas tomam conta de grande parte de nossas vidas, outras nem perto disso. Então, independentemente do que pode vir a acontecer, é preciso fazer escolhas, pensando nos outros, mas, especialmente, em nós mesmos. Sua vida, como já dito, é sua, e ninguém mais deve, ou deveria, ter controle sobre ela.
Traz da neve o seu nevado,
Tão delicado beijo de falares,
A moda do coração pelos olhos representado;
É o que enriquece os olhares!
É o que enriquece a prosa
Não é a externa beleza que vale,
Mas da genuína paixão que prova;
Deste campo, ofereço a ti tal rosa,
Por trazer o céu a mim;
Envolvo-te com falas formosa!
Para um sentimento sem fim,
De um mundo com partes trevosa,
Essa é a prova que podes vir;
O que entrego a ti além de rosas...
Princesa
Pele alva como a neve, narizinho
afilado.
Cabelos escuros ajeitados, queixo
pequeno e redondo.
Rostinho cheio e delicado, retrato
de uma princesa.
Adoraria tê-la ao meu lado.
Te vejo em pensamento, te sinto junto
a mim.
Quem dera fosse real o que penso a toda
hora, e o que vivo a todo momento.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U B E
Aconchego
Quero que venhas
numa noite fria
quando a neve
se amontoa no telhado
e um cobertor
não aquece
o coração
Queria saltar de para-quedas, escalar montanhas, mergulhar numa água cristalina, tocar na neve... A vida é boa, mas é melhor com você!
ANDO
Ando enquanto durmo
Nos recantos escondidos de mim
Onde a neve nunca esteve
Para não derreter entre os dedos
No silêncio agreste da minha alma
Esquecendo o sal que dá a vida
Numa poesia levada pelo vento
Num tempo que o sangue não se sentia
Entre o beijo de fogo num sonho
Nas palavras que se soltavam
Como uma flor que nascia dentro de mim
Onde tu regavas com tanta ternura em silêncio.
Eu às vezes quero falar, mas acabado deixando passar.
É isso vai virando uma bola de neve na garganta, e só eu sei o quanto dói
Intimidade é uma liberdade de culpas, e, isso também é uma necessidade, pra evitar os bolos de neve em estelar, espero em minha pele o renovar.
Virou um bolo de neve pela observação da falsa serventia, criada pela ilusão imposta pelos falsos costumes, agregados somente pela necessidade de rebanhar os menores.
Era dezembro, lá vinha ele, mas uma vez sua data preferida, velho, com barbas brancas como a neve, sobre os ombros um saco, era sim um bom velhinho, mas devido ao frio o velho Xico morreu em uma calçada de uma rua qualquer, era apenas um velho em situação de rua.
Lá no alto da montanha
onde as nuvens se cruzam com a neve
A breve esperança se banha
na espera de alguém que a leve.
E sim, há recompença
aos poucos que entram na dança
Apenas alguém de coragem
pra salvar a esperança.
Tem Gente
que parece aqueles floquinhos de neve
refrigerando de Paz
a nossa alma!
São Anjos de Luz que Deus nos presenteia.
Retornarei à condição de perfume tão logo a primavera chegue e, sobre esse chão coberto de neve, desabroche o colorido das flores.
Manso olhar
No manso céu do teu olhar vejo uma
vastidão de nuvens alvas como neve,
calmas indo de um canto a outro,
nelas, viajo descanso e sonho.
Procuro, o que de mim pelo caminho
foi deixado.
Revejo momentos vividos, querê-los
de volta impossível, mas poder deles
extrair exemplos, sim, para melhor seguir.
Nos cachos dos teus cabelos, balanço-me
bem devagar, sentido o gosto de te amar.
Na brancura do teu rosto, a paz e a verdade
estão presentes.
Da mansidão dos teus olhos,aos cachos dos
teus cabelos, vivo para sempre, buscando ouvir
a tua boca, tão doce, dizer coisas que só eu
quero ouvir.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
A um oceano que aguarda
Por uma tempestade o sol e a neve
Rios e chuva sol e a lua
Nunca esqueceremos que a vida continua
"Devia ser proibido por lei ver neve quando está tão quente, pensou Bene. Parece que vivo em dois mundos: o dos olhos e o da pele."
Terra Firme
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