Coleção pessoal de JaakBosmans

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Contrariando a lei da física, no amor, dois corpos ocupam sempre o mesmo espaço.

“Ser, é ser apenas o que sonhamos; o resto é só realidade.”

Nunca deixo dúvidas, apenas a sombra delas.

JAAK BOSMANS O PAI DA POEMAGEM
(ACRÓSTICO)

Já nasceu poeta, e um
Artista de diversas artes,
A musica te embalou no ventre materno, um
Kit de carinho, amor e afeto.

Bela história de vida,
O homem Jaak foi escrevendo
Separando o joio do trigo,
Mas sempre com o coração amando, e
Abrigando todos os amigos.
No por do sol ou no alvorecer,
Só não te ama... quem não sabe te compreender.

Ou mesmo o seu talento... quem não sabe reconhecer.

Pai da Poemagem,
A sua criação foi para a poesia um desafio,
Intermediado entre criticas e elogios.

Poeta de uma grande sensibilidade,
O seu verso faz a gente sonhar,
E nesse seu universo poético
Malandro é quem chega... E aprende a amar.
A semente foi plantada,
Germinadas para mais gerações
E a poemagem chegou para ser amada
Musicada, e para sempre perpetuada.

(amaropereira)
16/11/

Lá embaixo,no céu

Ah! Se Deus, na sua bondade,
desligasse esta força que nos
mantém o tempo todo agarrados,
aqui em cima, na terra.
Assim, cairíamos suavemente lá
embaixo, no céu, onde Ele
ternamente nos apararia em seus
braços, um a um, nos devolvendo
ao paraíso.

REVERSOS

Re-verso I

Contemplei-te bela em meus sonhos
Descobri-te suave o corpo
Com toda ternura desnudei-te
E num só beijo calei-me em ti.

Re-verso II

Quero-te sempre na lembrança
Separada de todas as minhas dores
E no correr do tempo recordar
Todas as nossas loucas aventuras.

Re-verso III

Volta-te para o meu existir
Num abraço de tanta espera
Neste tempo que ainda aguarda
Os meus e os teus desejos de nós.

Jaak Bosmans 11-10-09

Conquista circense

Entre rugidos e lonas suspensas, lá estava o circo montado.
Arrastado pelos ventos contrários aos teus fugazes desejos
Persegui-te em saltos mortais nas alturas dos trapézios
Contorci-me a caber-me inteiro em teu irrevelável interior

Pouca luz, rufar dos tambores, avisam silêncio e suspense
Lâmina afiada separou-te em metades que se refizeram em meu inteiro

Equilibrei-me com vendas e guarda sol em cordas bambas e monociclos
Palhacei-me para os sorrisos ingênuos e puros na criança de todos nós.
Expelido entre fumaça saí em tua direção como homem bala sem sabor
Caindo sempre em redes tecidas por pescadores de sereias e sonhos

Corri ainda no picadeiro de tantas agonias e pesadelos.
Onde me equilibrei em cavalgadas aladas entre estrelas e satélites.

Em veloz e ruidoso show, repeti sempre o mesmo trajeto
Onde a vida só existe como espetáculo, no mesmo globo da morte.
Conquistei-te pela mágica do desfilar dos finos lenços multicores
Que lançados aos céus, se transformaram em suave e alva paz.

Na apertada malha de tantos brilhos esperou-me o cume da pirâmide
Onde pousei sob o olhar da tua bela e misteriosa esfinge.

Fiz bailar com doçura os elefantes do teu amargo passado
E como último e anunciado impossível de todo o espetáculo
Enfrentei a fera indomável da tua beleza selvagem
Com o requinte que me fez domar-te com carícias e sussurros.

Jaak Bosmans

“Me fizeram crescer, para não caber na minha infância.
Mas minha infância também cresceu comigo.”

Na procura de nada

Permita que eu seja louco nos meus dizeres
Incógnito nas minhas decisões
Permita que eu possa ter a coragem que sempre te falta,
Caminhar estradas que eu mesmo construí.
Aceite ou não o convite de vir comigo.
Mas jamais exija qualquer espera.
Na próxima curva podes não me ver mais.
Vou correr novas paisagens,
Novos encontros e desencontros com ninguém.
Fazer de mim o louco perdido na procura de nada.
Acreditando que a vida pode ser assim.
Apenas sonhada.

Jaak Bosmans 6-06-09

Na distância de estar tão perto

Hoje amanheceu tão bonito.
Estavas abraçada em mim.
E do teu coração escorriam lágrimas coloridas.

Cada uma pertencia a um verso guardado de tanto tempo.
Teus olhos nos meus
Teu coração o mesmo meu.

Colorimos nossos corpos de liberdade púrpura
Permitindo ser suave e leve o silêncio de cada palavra
De um amor tão igual, na distância de estar tão perto.

Despedimos alegres dos nossos pesos
Desamarramos nossos sonhos
Partimos em doces beijos para o mistério do que somos.

Nada era mágico, nada imperdoável ou proibido
Apenas singelo estar, entre nossos impossíveis.
Que o simples amor de tudo cuidou.

Jaak Bosmans 22-06-09

Desvendar – te a mulher.

Percorro em deslizantes carícias
Teu perfil -silhueta, em noite da grande lua
Deitados em lençóis de perfeitas ondulações
Bordados com brilhos abissais, em cenário de prata.

Momento -silêncio de música etérea
Escuto o perfeito encanto do teu desejo.
É pequeno, suave e tímido, o toque de teus pés
Num acolher que me faz sentir que me queres teu.

Percorres ainda em pequenos delírios
Em desejo ardente de ser mulher
Buscando meus segredos desvendar
Sem abrir a guarda, de teus contidos recatos.

Se refazem sabores dos perdidos inícios
Nos lençóis já em dobras menores
Onde os corpos já desnudos se bordam entre si
Na busca do que se torna apenas outro ensaio.

Desejos contidos pelas velhas lembranças,
Se revelam num súbito desfazer de algumas carícias
E no inquieto e incontido sentir-se mulher
Ainda escondes o desvendar – te inteira.


Sufocas em beijos teus sussurros de esperado prazer,
Que no mais perfeito entrelaçar de nossos corpos,
Te retesas e te entregas no mais doce e perfeito delírio,
Quando enfim te fazes mulher naquele que é teu homem.

Jaak Bosmans 04-06-09

Pálidos azuis.

Não me retornes mais ao amargo passado,
Quando me desprezastes em amor, na mais perversa traição da confiança,
Numa repetição circular como em globos de morte,
Que me fez permanecer pelo equilíbrio da velocidade.
Em ruídos silenciosos do acelerar de um coração doído.

Permaneço ainda no adeus, de todas as doçuras e belos azuis,
Que se derreteram por tuas indelicadas e cruéis indiferenças.

Nada há que perdoar de tudo que foi apenas um engano.
Ainda me restam os pálidos azuis e as doces lembranças,
Em lágrimas congeladas, a espera de uma nova descoberta.
Recolho os versos dos poemas que ainda te tinham,
Como defesa e medo de novas entregas e desafios.

Quero apenas a conquista de ser agora o conquistado,
Em delicadezas e carinhos, com doces beijos num sempre azul.

Simples assim.

Jaak Bosmans-30-03-09

Encontro sonhado

As costuras de nossos encontros não suportam mais tantas agulhas e linhas fracas,
Segurei o tempo com o cerzir de ternuras e só recebi remendos de dissabores.

Alinhavado por poesias e imagens, canções e recordações já rasgadas.
Volto sozinho e me fecho agora, com todos os botões e zippers, e me guardo.

Ainda tenho novos retroses que me tecerão no mais belo bordado.
Assim estarei vestindo suavidade e carícias no perfeito encontro sonhado.


Jaak Bosmans 14-05-09

Atelier dos inacabados

Perfeita foste, no aroma de perfumes e aquarelas
Onde cada beijo nos pertencia em odores e desejos
Para em invisíveis telas te refazer dos momentos
Vividos num passado triste de apenas rascunho.

Pincelei em traços inquietantes e imaginários,
Sempre o alvorecer de mais ternuras e sabores.
Renovando a cada aurora o real de nossos sonhos,
Sempre sublimes ,num exalar de mais perfumes.

Mas na tua inconstante beleza inacabada e fugidia,
Deste preferência ao rascunho do teu passado.
Teu perfume e cores vivas me abandonaram
Diante da tela invisível de mais um puro engano.

Tarde percebi tua outra face, e não contive lágrimas,
Que caiam suave sobre o retrato pintado.
E mesmo em constantes e delicados retoques,
Não alcancei mais o nosso primeiro alvorecer.

Ficou assim, no velho atelier dos inacabados
Apenas o aroma se evaporando sem cores
Em pincéis e tintas endurecidos pelo tempo,
Dos sonhos em rabiscos incolores.


E a entrada suave da luz do último alvorecer
Anunciou solene em toque de recolher
Todos os sonhos, desejos e prazeres
Expostos agora na galeria dos inacabados.

Jaak Bosmans 31-05-09

Um

Em curtos e suaves acordes
Despenquei em cenas lentas para te abraçar
Amar, amor de carícias, ternuras e sonhos.

Foste apenas passagem em vendaval,
Quando me protegi de seus golpes cruéis.
Implacáveis e assustadores.

Hoje recebo a brisa suave de mãos que me querem
Me recolhendo nos seus braços em ternos abraços
Me fazendo em versos e numa nova e suave canção.

Em breves e etenos sussurros
Trocamos prazeres no toque dos corpos,
Sentidos no encontro de uma só alma.

Nos nossos aconteceres reais e fieis
Tecemos luares, brincamos fantasias
Nos permitindo loucuras de todo um viver só nosso.

Não nos afasta nenhuma distância.
Porque delas nos fazemos mais perto.
Sempre na direção do sermos sempre juntos.


Nos encontramos quebrados e abandonados em dores,
Dos amores que acreditamos ser.
E no calor de tantos abraços, derretemos os nossos pedaços,

E nos fizemos de tudo, um!

Jaak Bosmans 24 -05 -09

A liberdade não pode estar presa ao desejo de tê-la.

Jaak Bosmans 16-04-09

ELA

Ela?
Nunca deu pra ninguém!
Apenas se dava...
E nunca se perfumou.
Só se entregava de alma lavada.
Jaak Bosmans – 14-04-09

Flores da ribalta

Cenário sempre quase pronto
Figurino ainda em retoques
Texto passado por trás das rotundas
Luzes ensaiam o anoitecer da cena
Num paradoxo de já ser noite
Platéia sempre cheia
Com lugares reservados nunca usados.
Roldanas levantam paredes
Como se tudo fosse mentira.
No espaço de um palco
Cabe o mundo, o universo.
Objetos ainda faltam!
Que falta poderiam fazer?
Completo pode ser qualquer vazio.
E no abrir da cortina os atores!
Sempre fingem representar,
O que na vida sempre fazem.
Apenas aguardam os aplausos finais,
Que na vida é apenas silêncio,
Com algum choro, flores e cortejo.

Jaak Bosmans 19-04-09

Desembarque!

Bagagem sempre leve,
Carrego só no coração.

Estação abandonada de chegadas
Recorda ainda apenas as partidas

No velho banco já gasto de lágrimas
Sentado nele, ainda te sonhava ali

Cabeça entre as mãos, em negações,
Recordava teus abraços, adeuses e cartas.

Num perder constante da hora do embarque
Tornou-se mais fraco meu coração

E num ímpeto de loucura e vertigem
Me desfiz logo daquela leve bagagem.

Apito distante eram ecos do passado
Que se aproximou num real acontecer

Parando entre ruídos e fumaças
Quando em novo bater me fez o coração.

Era o último desembarque possível
Em te trazer de volta para nós!

E assim meus olhos te viram,
Afinada com meu sorriso.

Triunfou todas as velhas vontades
Como fogo que nos fez um louco-mover

No trilho brilhante, um vagão em por do sol,
Desliza agora em nova viagem de recomeço.

Jaak Bosmans- 13-04-09

Letras em jogo

Pegam-se todas elas sem distinção
Nem de cores nem valores
Algumas sempre vêm repetidas
E há curingas misturados.

No tabuleiro branco do papel
Distribui-se uma a uma sem apostas.
No jogo participa apenas nós dois
Minha razão e a minha emoção.

Às vezes na melhor jogada ganha a razão
E sorrindo a emoção mostra o curinga.

Confusão final na contagem dos pontos
Se a cedilha vale mais que dois esses,
Se abajur pode ser em francês
E se homem ainda é com H.

Na poesia as letras nunca se embaralham,
Apenas o poeta se perde no meio delas.
E ao final deste jogo tão disputado
Poeta vencido... a poesia ganha!!!


Jaak Bosmans 5 -04 -09