Não quero Alguém que Tenha outro Alguém
UM OUTRO DIA
Que hei de fazer, ó fado, sem ser amado
quando a solidão chegar com o seu vão?
Já não terei as mãos, a achada inspiração
de um amor, dum sentimento imaculado
Porém, desta poética do afeto banhado
nas trovas duma prosa cheia de sensação
restará saudade, e entre linhas, a paixão
pouca, dum querer no tempo silenciado
E quando lembrares, do que isto era...
E que na recordação não mais sentir
o perfume, a emoção, aquela poesia
Eu lhe lembrarei que fui a primavera
os suspiros do abraço, olhar, o sorrir
e que hoje, na emoção, um outro dia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/maio/2021, 09’27” – Araguari, MG
A arte de se colocar no lugar do outro. Que bendita arte! Experimenta amigo. Verás que tornar-se-á um ser humano melhor, mais sociável, agradável e bem mais querido por todos. Fora que vai se eximir de julgar pessoas de maneira ferrenha e injusta.
É fácil ver o absurdo na vida dos outros. Na nossa, tudo sempre parece normal e justificável.
A questão do ativismo é você considerar o outro tão importante quanto você.
“Já percebeu como o indivíduo vem perdendo sua identidade?
Um querendo ser igual ao outro ao invés de criar sua personalidade, e outro optando por ser só mais um com medo de arriscar.
Não espere chegar no fim para se arrepender de não ter sido você.”
As pessoas sempre olharão para o outro do seu jeito, interpretando-o, e poucos, compreendo. Não espere muito acerto e louvor!
Outro
Diferente mas semelhante.
Como entender o diferente?
E se esse diferente for semelhante?
A diferença está no olhar.
Olhar.
Realmente olhamos?
Olhos vedados, olhos rachados.
Através de rachaduras o mundo se constrói.
Você acredita que existe outro mundo além deste aqui? Um mundo como este, mas diferente. Maior que este mundo.
Não tem como medir a dor do outro, tem pessoas com força bruta que levantaria um carro, mas, não suportaria uma crise de pânico.
Haverá momentos em que a decisão do outro nos afetará
Embora tristes, precisamos aceitar
Cada um escolhe a estrada que mais convém
Só nos resta não parar de caminhar
Eu não entendo minha mente, estou a pregar peças a mim mesmo ? ou é real ? o que estou sentindo é real ou falso ? por que meus Deus eu existo ? é isso que estou destinado a ser ? por que ? eu crio sentimentos que não deveria existir, por que eu tenho que ser assim ? por que sou tão neutro ? por que eu não escolho um lado ? por que não posso simplesmente deperecer da existência eu não suporto mais tudo isso, tudo está me sufocando de uma forma irreal.
"Há mais mistérios entre o céu e a terra, do que toda a nossa vã filosofia"... é não, my dear Shakes?
Somos todos formas misteriosas guiadas pelo tempo pelo suave, forte, incontrolável vento!? Estamos mesmo à mercê do que o vento faz?
Hoje o vento está de bom humor... um leve rumor entre as árvores a denunciar sua presença. Quase imperceptível... invisível... brincando com tudo o que é bem visível. Não fosse o pra lá... pra cá levemente das folhas... mostrando o vento a brincar... eu nem saberia que ele está lá... a me observar... constantemente indiscretamente.
Mas... e amanhã!? Quem garante que ele não se comporte como um gigante? E ele vai assim se comportar - já há milhares de exemplos pra confirmar. Destruindo tudo, tudo mudando de lugar.... Cansou de brincar, quer, agora, tudo esculhambar... jogar... uma luta com você, comigo lutar.
O vento no tempo soberano a reinar!
Acho que não... acho que o vento se engana quando pensa que está no controle da situação.
Agora... uma coisa sei que há: limitação... total. Há uma limitação em todos nós... só vamos até um ponto... que a nós é permitido... um pouquinho mais!? Acesso Proibido!!
Preocupo-me com isso? Não, claro que não.... Estou mais preocupada em procurar em mim o que está fora de lugar.... na calada da noite... tento-me em mim mesma da melhor maneira minha alma arrumar...
Delicadamente junto meus pedacinhos e com cola bem resistente me ponho a colar...
Outro dia amanhã vai chegar... E eu!?
Bem, eu... eu estarei bem pronta pra por mais um dia caminhar!!!
E de novo, e de novo, e de novo....
... e fim
