Nao Chega aos meus Pes
Quando um dia encontrar você ,descalso andarei, porque de tanta procura inchados meus pés estão. Abraçarei-te e não mais largarei porq o vazio andou em mim por longos anos.
BEIJA MEUS PÉS
beija meus pés...
beija-me por inteira
me toma em teus braços
me deseje loucamente
me faz mulher saciada
me faz arrepiar
da cabeça aos pés
beija meus pés...
Uma nebulosa me persuade, fico com receio de satisfazer meu arroubo, mas meus pés nesse solo quente que arde, não conseguem permanecer sem meu voo.
Com os meus propios pés chego a fama, com a minha mente chego a ciência, mas com o espiríto santo chego a vida eterna.
~ Lembro nós dóis ao luar, quando sob aquela pedra, o vento tocava ao meu rosto, o mar aos meus pés, e você dizia me amar.
O SOL SE LEVANTOU SOB MEUS PÉS.
SEUS RAIOS SE MISTURARAM À VERMELHIDÃO DA TERRA
E AO PERFUME AMARELADO DOS IPÊS.
AMANHECEU O PIANCÓ COMIGO NO MEIO DA VACARIA.
Na rede.
Entre o coqueiro e o pé de mangaba:
a cidade aos meus pés.
O vento sopra como um sussurro de amor.
Sonoro,
cálido.
Com meus pés descalços.
Eu sigo em vão.
As varias pegadas.
Cravadas no chão.
Com olhos vendados.
Correntes nas mãos.
E a mente no espaço.
Contemplando a solidão.
O céu que ilumina.
Reflete a dor.
De estar em um deserto.
Sem nenhuma flor.
Com asas quebradas.
E em meio a um furacão.
Rodando pros lados.
E sem direção.
Eu insisto em voar.
Ao teu lado e encontrar.
O caminho que irá me salvar.
Alguem ai me ajude a nadar.
Por esse rio que afoggou minha alma.
Alguem ai salve mais uma vida.
Que se afunda em suas próprias lágrimas.
Alguem ai me ajude a aceitar.
Esse martirio que meus olhos podem ver.
Alguem ai me dê forças pra buscar.
Curar um pobre coração P.N.E.
As ondas levam os sonhos.
Vivendo um naufrágio.
Buscando uma ilha.
E ser livre dos pecados.
O vento rasga o rosto.
No alto de um penhasco.
O corpo quer impedir.
E a vida dá um passo.
E eu insisto em cair.
Sem saber se no fim.
Você vai virar as costas.
Pra mim?.
Alguem ai me ajude a nadar.
Por esse rio que afundou minha alma.
Alguem ai salve mais uma vida.
Que se afunda em suas próprias lágrimas.
Alguem ai me ajude a aceitar.
Esse martirio que meus olhos podem ver.
Alguem ai me dê forças pra buscar.
Curar meu fragil coração P.N.E.
"Coração P.N.E." (Portador de necessidades especiais)"
Minha Raiz vem de cima, os meus pés são o meu transporte e os hipócritas júris da vida alheia são o chão da selva de pedra.''
E hoje me sustento com meus próprios pés, vejo que depender do sentimento de alguém é tolice, primeiramente vejo o que me deixa por fora de ficar mal, me tornei independente de sentimentos que antes só me faziam sofrer, sou desapegável, socialmente feliz com a minha própria presença, apreciando a mim mesma, não ligando para opinião alheia a não ser a minha própria. Só o que me importa agora é me fazer feliz, a princípio se eu não me fazer feliz quem fará? Ficar fora do mundo em que todo mundo vive, ser eu mesma comigo, me tornando segura de minhas decisões e me tornando forte a cada experiência que eu tenha passado. Me tornei mais eu, sem medo de mostrar quem eu sou.
Vejo o nada entre o vão dos meus dedos dos pés... "Vejo-o!" Imaginando-o estar em algum lugar; o simples fato de não existir, já existe... Teimando. O ego me atormenta a alma, tentando convencer de que o tudo é o que preciso, quando a miséria da aceitação em si, já me regojiza por completo.
O sertão e o meu corpo
Caminho, sem pressa,
Por uma, longa e tortuosa, estrada.
Meus pés já não suportam a dor,
Os cortes, os calos,
Pois a terra é firme
E meus pés, fracos,
Não resistem a tamanho impacto.
Terra seca, empoeirada,
Vegetação arbustiva,
Árvores espinhentas, sem vida,
Sem água, sem nada,
Mas que apesar da triste arquitetura,
Conserva rústica beleza,
Traz sentimento de compaixão,
Cansaço e ao mesmo tempo, ternura.
De repente as nuvens amontoam- se,
Despejando sobre a terra seca,
Gotas frias, figura grotesca,
Gélida, sombria.
Cada gota açoita minha pele,
São chicotes impiedosos
Que marcas tão profundas,
Hematomas causam à minha pele,
Já que de um ambiente tão seco,
Água tão aguda,
Relva, grama, vida, nada cresce.
Portanto, aos poucos, as escassas flores
Que a fina chuva cresceu,
Vão morrendo, desgastando, fenecendo...
Que meus pés sintam apenas a maciez das flores mesmo quando em meu caminho encontrar espinhos e que minhas lágrimas se confundam com as águas, pra que ninguém descubra em mim a dor !
Que meus pés sintam apenas a maciez das flores e que minhas lágrimas se misturem com as águas pra que ninguém descubra em mim a dor !
Até o último grão de areia
Até a última brisa no rosto
Até a última onda a beijar meus pés
Até o último raio de sol
Até a última lágrima de saudade
Eu vou te amar.
Eu beijei a lua um milhão de vezes e nunca deixei a terra sob meus pés. Seu sorriso sempre foi o motivo da minha perdição e nossos jogos sedutores me fazem sonhar, eu admito. Afastei-me da distância exata me perdendo em números irreais.Criei fórmulas sem nexo só para poder divagar nas minhas segundas, terceiras e quartas intenções. Senti o labirinto da sua boca roçando meu rosto e nos cantos de um beijo busquei o centro do seu sabor. Sentei aos pés de uma árvore e provei o mel que se rendia diante da surpresa da sua companhia! E a voz me dizia sempre pra pular, fechar os olhos e voar!
Que eu tropece na próxima curva, que abra um buraco frente aos meus pés, que apareçam dores, lágrimas e sofrimentos a quantos vier. Que se faça chuva, no lugar do sol; que se faça escuro no lugar da luz; que eu perca a direção, que eu perca o ar, se por algum momento eu tenha que deixar de amar.
