Mulher Bruta
“Vida difícil que me remete a intensas situações que não me favorecem, mas de uma vida toda bruta só me resta ser mais leve”
SÓ ELA É ASSIM
Ela é
Luta
Astuta
Robusta.
Que bruta!
Ela espera
Por si
Sorrir
Partir
Ir e
Vir.
Ela segue
Em frente
Contente
Carente
Envolvente.
Ela vive
A vida
Perdida
Sentida
E vivida.
Nara Minervino
Alquimia humana
Lapideis em si uma pedra bruta
Recolhe de dentro seu tesouro
Redescobre - te no verde louro
Na alquimia humana da labuta!
Carregue - se d'alguma ousadia;
Aquela de querer balançar a lua
Numa corda de cipó, por garantia
Pra fazer algazarra durante o dia!
A vida não é nada mais que isso:
Uma mistura homogênea de tudo
Uma felicidade incoerente do riso,
Neste tempo humano do absurdo!
Pois, viver é ser não mais que leve
No contínuo fazer do próprio mundo!
“HOJE É O DIA DO MARCENEIRO. Aquele que labuta a madeira bruta. O que transforma em arte até o que seria descarte. Com a rusticidade de seus instrumentos e a destreza do conhecimento, criam objetos que só existiam no pensamento. Todos dependem do seu ofício e de sua aptidão, desde o berço até o caixão.”
Toda profissão é uma lenha bruta que precisa ser lapidada. Somente assim nós alcançaremos a experiência com excelência.
Não importa a Pedra bruta que fui um, nem o animal feroz que um dia rosnou pra se proteger do destino, porque até as pedras viram pó, e o animal feroz se cala diante do seu cruel destino, escrito por Armando Nascimento
Vamos conservar
Mata bruta,
Astuta...
Verde mata,
Seus arbustos,
Entregue ao tempo,
Folhas verdes,
Seus cipós,
Muitos nós,
Mata fechada,
Intensa floresta,
Sua cor verde,
Entregue ao tempo,
Tudo ao relento,
Vai crescendo,
Entregue a sorte,
Suas plantas,
Mera medicina,
Folhas secas,
Caem cobrindo o solo,
Trampando raizez,
Suas meretrizes,
Raízes,
Vai rastejando,
Nessa selva,
Se alastrando,
Suas copas,
Sobem alto,
Fazendo prova,
Suas plantas nativas
É do sul,
Oeste,
Norte,
Segue ao leste,
O seu verdejar,
A humanidade,
Deve poupar,
Árvores,
Suas cascas,
Se soltam,
Fazendo lascas,
Sua obra tem planos,,
Na vida do povo
Na esperança dos humanos,
Espero que não caiam do cano,
A brotar da terra
Renasce,
Primavera,
Te faz bela,
Sua fonte,
Vai longe,
Alimentando animais,
Sua excelência,
Trás a essência,
Sua quimica,
Industrias te domina,
Criando,
A perfumaria,
Seu caule,
Traz o leite,
Disso temos,
O látex,
Formosa borracha
Escorre,
Enchendo frascos,
Salpicos soltos
Por todo o lado,
Um galho
Flores lindas,
Criando atalhos,
Sua madeira,
Mole e dura,
Grandes aroeiras,
Alfazemas,
Lírios dos vales,
Nesse talhe,
Tudo se cale,
Rosas....
Belas rosas,
Florescem no rasteiro,
Sobem alto,
Até o copeiro,
No colorido,
Tem seus filhos,
Suas tribos,
Indios atrevidos,
Raça boa,
Sangue quente,
Fazendo deles,
Inocentes,
Selvagem tu és,
No seu traço.
Vai rompendo,
Céu a dentro,
Segurando tempestades,
Em sua idade,
Espero que a maldade,
Não te cale,
Colocando você no châo,
Pra um dia,
Esse mundo,
Não se abale.......
Autor: José Ricardo
Vivemos em círculos sequenciais da bruta e primária reapresentação dos erros e acertos, cujos estão condicionados à adentrar pelo passado ao futuro em nosso presente DNA.
Curioso!
Tu és bruta, arisca, um ser quase indomável, mas eu tenho muito afeto concentrado e muita curiosidade de saber como será o nosso amanhã.
verme alado
as galáxias
é sempre
as galáxias
da infinita luz bruta
que todo eu em bruto
porventura em vão
espero um dia alcançar
apesar da fome
e da solidão
e da força
dos meus braços
tão livres
dos meus lábios
tão mudos
dos meus olhos
tão cerrados
um verme
rastejando nu
de asas
contemplando
para além da terra
e da memória sideral
a dormência do sono
a vibração do sonho.
(Pedro Rodrigues de Menezes, “verme alado”)
Podemos comparar o ser humano a uma "pedra bruta", e eu o comparo a um "diamante" que a vida lapida. A vida é a eterna escola da alma que quando nos permitimos evoluímos neste árduo processo de "lapidação", e de autoconhecimento.
A PEDRA BRUTA PARA SER PRECIOSA PRECISA SER POLIDA.
Rocha mãe, matriz milenar e inconsciente, bruta na nascente, solida e permanente, busca na escuridão das trevas, da subserviência, extirpar-se da rudeza de suas arestas, flechas incandescentes, pontiagudas e inconsequentes. Essa pedra bruta precisa, solenemente, receber de presente, o afeto, o ensinamento, o aparo, o amparo e o burilar, tornando-a pura e bela.
Desejosa em embelezar uma dama contente, na preciosidade do colar e do brinco envolvente, rola ribanceira abaixo ao encontro do seu Eu renovado.
Haverão pedras cúbicas, retangulares, angulares, quadradas, triangulares e redondas, irregulares e desniveladas, perfeitas e imperfeitas, simples ou em camadas, em pisos, muros, pontes e alicerces, que, ainda na aspereza original tem o seu jeito, a sua razão e o seu valor.
- O destino depende de sua escolha, da família rocha matriz, e do seu veio.
A aspereza pode ser a autodefesa, a insegurança e a falta de vontade em mudar-se, que, depois de burilada, perderá a sua essência e originalidade. Nada quer perder, nem que seja para encontrar o seu lugar, um novo, um belo, uma arte, um designer, um modelo, um desejo.
Perder pode ser ganhar um pouco, ou tudo.
O bruto pode ser suave, o áspero burilado pode ser uma joia rara.
Perder as asperezas tornar-se-á pequeno, mas notável.
A antes pedra bruta, através do pequeno cinzel, tornou-se polida, e, ainda mais diminuída, um diamante, uma esmeralda, ouro.
Quem conhece apenas o belo, não consegue imaginar quão duro e áspero foi a sua origem e a sua caminhada até o seu destino.
A PEDRA cúbica, outrora pedra bruta, enfeita e é cobiçada. Não é possível conhecê-la e entendê-la se não tiver a percepção do quanto foi maltratada, sofrendo todas as humilhações e as dores da transformação. O talentoso maestro não nasceu maestro, o grande médico não nasceu médico. Mudar para melhor é penoso, dolorido e demorado, e é preciso de uma persistência inabalável.
Elcio José Martins
Palavras! Quem as entende?
Ora doce, suave, meiga e terna.
Ora triste, agressiva, áspera e bruta.
Provocam saudades e tormentos.
Machucam e amarguram.
Afligem e alegram.
Torturam.
Palavras! Quem as entende?
Ora doce e suave, ora ardil e bruta.
Queria possuir palavras-alvitres inclinando prudência e resistência.
Que a tênue linha da vida, haja extremos de lisa arquitetura e de bel-prazer