Moral
Dou a definição de espírito, aplicável à noção de espírito ético ou moral. "Por espírito entendo um ente nominal puro, com essência inteligente, que também chamo de principio espiritual ou mesmo princípio da vida. É um ente da linguagem, que somente existe nela, e de modo próprio e exclusivo na linguagem ritual. Porém, mesmo nesse plano linguistico puro, pode ser dotado de aparência, de corpo ou coisa, ainda que somente simbólica. Quando se diz que é ente nominal puro é porque sua existência material se baseia no seu nome (que é material por ser um som), não sendo necessária uma comprovação fora do nome. Para dar um exemplo, o espírito de um morto existe na medida em que o morto tem nome e a invocação do seu nome o torna existente dentro do rito. O fato de chamarmos tal existência de “existência simbólica” não apaga a sua realidade. "
Do ensaio "Cartilha da fé ética", no livro A espiritualidade ética.
Nossa Constituição foi feita para um povo moral e religioso. Ela é totalmente inadequada ao governo de qualquer outro.
Num mundo de avanço tecnológico, que busca a perfeição técnica. Buscar o avanço moral é o ético, é quase uma utopia.
A obediência é um fruto da vida cristã. A obediência como simples código moral é de pouco valor para Deus, mas como fruto espiritual é um aroma agradável para glória do Seu nome. Isso é amar a Deus.
O nível de corrupção sistêmica e moral em que vivemos geralmente é revelado pelo ativismo político e pelo ativismo político-judiciário a que estamos submetidos, como uma força que, em tese, emana do povo e, proporcionalmente, é usada em desfavor do povo.
"O relativismo moral é a típica característica de homens covardes, de uma sociedade em declínio, de um mundo que está deixando de ser civilizado."
Temos todo o direto de errar, porém cabe somente a nós o dever moral de corrigir e reparar todo sofrimento causado por essa falta.
Ficar em cima do muro é um ponto que não define nosso comportamento moral. Não praticar o mal sem fazer o bem, e vice-versa, é impossível, pois a inexistência de um, revela a existência do outro, e para isso não existe meio termo.
Mas e o peso na consciência, toda atividade moral é dolorosa e naturalmente que não é fácil,Sócrates dizia que a moral tem muito haver com o parto e ele uma certa vez pensou :" não se interessou pela filosofia da natureza, ou da physis, mas seu ponto de partida foi o próprio ser humano. Para Sócrates todas as pessoas traziam dentro de si o conhecimento, assim como para o seu pai, a obra de arte já estava dentro do bloco de pedra, apenas lapidava para tirar de dentro o objeto e , como sua mãe, que não fazia o parto, apenas auxiliava as mulheres a darem a luz, o conhecimento era colocado para fora através das perguntas e questionamentos, portanto, não podia ser ensinado" ,afinal de contas escolher a própria vida não é fácil e pressupõe identificar uma vida de carne e osso a ser vivida em detrimento de tantas outras preteridas , a moral é exatamente isso, a moral não é só escolher a vida que você vai viver, a moral também é definir as vidas que você não viverá e, isso as vezes é chato ,afinal de contas quem nos garante que a vida é eleita, quem nos garante que aquela escolha que fizemos é de fato a melhor? As vezes olhamos para as vidas não vividas, as vezes olhamos para as vidas que jogamos no lixo das reuniões de pautas de nossa existência, as vezes olhamos para vidas não apenas cogitadas por nós, mas que não mereceram em nós o estatuto de vida de carne e osso e muito nos lamentamos e aprece o ,arrependimento. Arrependimento, é atribuição de um valor tardio a uma vida não vivida como superior a uma vida escolhida para viver. Fazer moral não é nada fácil, a dor acompanha todo trabalho da moralidade e a angustia é inseparável de toda escolha, sobretudo, porque deixar de viver é necessariamente perder de uma certa forma.
Quando a pobreza moral é cultuada, a falência intelectual e cultural é inevitável, levando esse indivíduo à desconstrução moral.