Moldura
Janela vazia,agonia, predio, tedio,nicho, santa, zelando pelo que já é seu, aparece ela na moldura da janela, decimo quinto, juro não minto, sinto. saio para praia, meditar, e ela fica na casa a cuidar, bem que eu queria que ela estivesse aqui
Moça
De pele morena e olhos arredondados, seus cabelos negros se tornam uma moldura em seu pequeno rosto que é tão amável, sinto que meus lábios empalidece quando toco suas mãos, sei que essa boca nunca foi beijada, quanto mais ter perdido a pura inocência entre lençóis do pecado.
O sorriso é uma moldura feito espelho que reflete – não o que o coração sente – mas o que os homens querem ver.
Simples moldura
Por de traz da imagem tua,a Lua,
Simples adereço,simples moldura,
Tentando ofuscar tua beleza que me encanta,
E o sorriso de criança,
Ainda esta em ti.
Por de traz da imagem tua, chora a Lua,
Por saber que não adianta mais lutar,
Você ofuscou o brilho das estrelas,
Fez da vida um poema,
Prontinho pra se declamar.
Por de traz da imagem tua,
Pobre Lua.
FORMATAÇÃO
Minha doce criatura formata
em ti a minha figura.
Serás a moldura, eu o fundo.
Serei um pequeno ponto,
perdido em tua imagem.
Coloca meus olhos bem perto
do teu coração, a boca põe-na
sobre a tua, as mãos as colocas
soltas em teu corpo, que lindo
fica, eu em ti estar, formatado.
É uma maneira diferente, de se
ter junto da gente, o amor maior.
Guardado estaremos para sempre,
um ao outro colado, não haverá
nenhuma forma de a nós separar,
se nos rasgarem, alguém colará,
até depois de queimado na cinzas
do papel, a imagem se verá.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. RJ
Membro Honorári da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E.
EM NOITE DE LUA CHEIA - João Nunes
Ventura-08/2024
Tenho a lembrança do retrato na moldura
Para matar as saudades da minha solidão,
Eu tenho o brilho da sua meiga formosura
Que bem guardado mora no meu coração.
Quando é noitinha desdobro a minha rede
Para ela cheirosa se sonolenta descansar,
E tenho água doce para saciar a sua sede
É lá na fonte onde os pássaros irão cantar.
E que tenho a viola e meus versos de amor
Em noite de lua cheia para com ela sonhar.
Através da janela d'alma,
muito se pode
transparecer —
ao permitir-se assim,
torna-se moldura.
Que sejam molduras
a atravessar o tempo,
exprimindo força,
persistência,
e, em sua singularidade,
toda a beleza.
Moldura
E sem perceber, lá estava eu, presa a você por elos de prazer
Presa, indefesa sobre seus domínios
Minha rebeldia se foi
Não queria ser liberta, era agora a sua submissa, esperando por sua ordem
Tu me criaste,
Agora pertenço a ti. És meu senhor
Me dá seu colo, seu calor, deixa-me deslizar no seu corpo nu.
Sou sua menina, moldada por você, para o seu prazer.
Me prendeste com suas algemas, para que nunca esqueça que te pertenço.
A moldura da obra de arte era sempre a parede do quarto. Sempre não. Às vezes dividia espaço com o teto.
O quarto pequeno, com duas caminhas de solteiro e um guarda-roupas, dava espaço para o sol, todos os dias de manhã, quando ele entrava pelas frestas da janela sem cortinas e refletia na parede (e não muito raro, também no teto) o mundo lá fora.
Algumas vezes o colorido se fazia presente. Outras, só a sombra desenhava a pintura.
A planta encostada na parede de fora, a cachorra deitada no sol, e a mãe passando com o cesto de roupas sujas para pôr na máquina de lavar.
Raios de sol que entravam despretensiosamente pelos buraquinhos pequeninos da janela, faziam o dia daquela criança começar com mais imaginação.
O quarto pequeno ficava grande.
O sol era o pintor. A parede era a tela. A vida lá fora era a inspiração.
A criança que enrolava a sair do quarto para apreciar mais um pouquinho daquela pintura singular, feita sob medida na sua parede, se descobria, ainda pequena, amante da arte, mesmo sem imaginar que a arte poderia simplesmente, entrar pela sua janela enquanto ela dormia.
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.
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(Eu sempre amei observar os desenhos que o sol faz dentro de casa. Hoje, deitada na cama e mais uma vez, apreciando a luz natural entrar pela minha janela, resolvi resgatar - e registrar aqui - a memória de quando eu comecei a admirar essas pinturas)
Por trás de uma Moldura -
É longa a hora onde
começa a noite escura
e toda a gente se esquece
que o tempo nos adormece
num retrato que se esconde
por trás de uma moldura.
Passa o vento devagar
hora breve de ninguém
hora turva onde somos
lembrados, que já fomos,
quem o tempo nos quis dar
esperando por alguém.
Dança a Lua em dia claro
brilha o Sol em noite escura
num sopro que a Vida esconde,
nessa longa hora onde
fica o tempo que é tão raro
por trás de uma moldura.
Sua liberdade só depende de você mesmo. É preciso sair da moldura que cerca a sua arte. Seja feliz, independentemente do que és. O céu virá como consequência.
DESESPERO
Se no mundo consigo ver moldura
Sinto-me apenas como obra abstrata
Que adquira uma forma indefinida
Por algo sem representar nada.
Sinto-me prepotente e egoísta
Até mesmo com a mente cansada
Vivo com uma dor mal curada
De forma desconcentrada.
Sinto minha integridade afrontada
Por uma visão mal definida
De pessoa extremamente invejosa
Sem caráter e mal amada.
Gostaria de ter visão polarizada
Para não ter imagem disfarçada
Do mundo de forma aveludada
E muito menos ser amaldiçoada.
Pareceu ser... E fora quimera. Esvaiu-se num breve revés. Era de mentira a moldura. Amor retinto, sucinto, adverso. Não sentia, não queimava, nem doía!
Se os olhos
São: os espelhos d'alma
É louvável
Que esse espelho
Tenha como moldura
O coração
Que ilumina-lhes."
Moldura
o vestido não te faz
não tanto quanto teu corpo
o batom não te faz mais
não chega aos pés da sua boca
seu rosto não precisa de moldura
já és uma pintura
que eu desejo
nada enfeita mais suas bochechas como meu beijo
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