Menino e Menina
A canção aconchegante,
Da noite,
Lhe parecia delirante
Mas perante as dores
Soava num instante
E os clamores tão bravos por natureza,
Não passavam de louvores
Calmos, em uma era, e era ela
Que não estava ao seu lado
Parado, inconstante
Reflexivo e guiado
O garoto não sonhava mais.
Era acordado
Mas não era capaz
Talvez fosse o medo
Mas o medo jamais,
Superaria seu amor,
Por ela, que atrela
Seus desejos ao compor,
Suas lembranças e insignificâncias
Diárias, de uma rotina de passado
E em sua mente ele voava,
Não inspirado, mas acariciado
Pela brisa, feito sopro que plainava
Seus desejos e cansado
Ainda era ela que o chamava
"N'onde estás amor?"
Ouvia ao longe, aquela fala
O tom mais belo e sincero.
Que voz seria esta,
Se não dela e discreto
Ele chorava ao som, certo
De que o passado, estava ali
Seu coração tamborilava
Devia aceitar, tinha algo para cumprir.
Dormiu, foi em sonho.
Ela lhe sorriu a face rosada
E ele bisonho, tentou se aproximar
Cabelos ruivos bailaram em velada
No sorriso inocente, estava a clara
Sob a clareira, no clarão do luar.
Quando tempo faz?
Viveste para respirar,
Mas já não importa mais
Pois agora chegou,
Plangente e com dor
Porém tem consigo vigor
Ela te espera
Não se esqueça da calma
Ela te ora
Lhe beija a alma
Venha, estenda os braços
Respira os melhores ares
Foi Zéfiros quem os preparou
Pode ver ao longe os traços?
Eles nascem em pares
Como foi você, quando a encontrou
Ela te espera
Não se esqueça da calma
Ela te ora
Lhe beija a alma
Já pensaste enquanto vive?
Ela não pode te comandar
Suas decisões que o inclinem
Para com ela poder professar
A união indispensável
É tua quando podê-la alcançar
Ela te espera
Não se esqueça da calma
Ela te ora
Lhe beija a alma
Portanto se vá
Ore e vigie, espalhe tua erudição
Seja digno feito ela
Que estendeu o coração
Talvez esteja à hora
Pois apesar de tudo
Estás aqui
Ela te espera
Não se esqueça da calma
Ela te ora
Lhe beija a alma
A noite e os ventos suspiravam,
As estrelas e os pássaros lhe admiravam
Mas era o tempo que caminhava observando
Lento feito nuvem ao céu nublado
E era ele que iria
Acreditava e desta vez
Com maior fé prosseguiria
Para vê-la em placidez
Oh, pobre jovem
Consegues, podes mais
Se és como nuvem
Sabeis que é capaz
Pois sendo ela, se carrega
Até onde ela estás
E era ele que iria
Acreditava e desta vez
Com maior fé prosseguiria
Para vê-la em placidez
Vê aquelas aves?
Voarão até os montes
Cruzarão longos mares
E planarão sobre horizontes
Como não poderia então,
Espera-la até que apronte
E era ele que iria
Acreditava e desta vez
Com maior fé prosseguiria
Para vê-la em placidez
Chegaste até o ponto
Em que o tempo e teu dom
Compreendem qualquer conto
Sobre ela e o seu tom
Porém agora tu já sabes
Podes vê-la em inspiração
E era ele que iria
Acreditava e desta vez
Com maior fé prosseguiria
Para vê-la em placidez
Qual era a cor do céu?
Seus pensamentos angustiados,
Se perderam e sem anel,
O compromisso era forjado.
Sem pesar, e como fuga
Lutava contra a culpa.
Queria ser dela, mas a disputa
Era cega e absoluta.
Dizia para si, sê fiel,
Porém, seu coração agora cansado
Pedia por razão e era cruel,
Sua paixão parecia um fardo.
Sem pesar, e como fuga
Lutava contra a culpa
Queria ser dela, mas a disputa
Era cega e absoluta
Adiante, homem, viva seu fado,
Sereno, e distante;
Será como aqui, porém amado.
Talvez perante;
Seja sozinho, e será passado,
O tempo, puro, presente
Vivo, e venturo.
Consequente, homem, viceje e a vida,
Mostrar-lhe-á a dor,
Nas noites e em suas brisas,
Seguirá taciturno de amor,
Antes mesmo da despedida,
O alento, duro, ardente
Esquivo e Inseguro.
Só então, viverá a chance
Que nem os Deuses
Mais distantes,
Poderiam lhe privar.
Só então, viverá um romance
Que embeleze,
A sua espera;
Porém ainda assim seguirá, a procurar.
Sua vida afinal, já não é mais sua.
E os dias que se seguirão, não são mais seus.
Suas escolhas, que se farão, são pela única,
E suas conquistas, que ocorrerão, o farão pelos teus:
Cabelos avermelhados,
Alma, e o adeus, para ninguém dado.
Sim, é dela a cor do céu,
Que se altera ao seu agrado
Como é dela o garoto incréu,
Para o eterno, suspiro, realizado.
Talvez fizesse bem,
Aquela espera.
Talvez fosse além,
Por ser tão bela.
Mas talvez seja de quem,
Só a venera.
Talvez as histórias,
Fossem histórias.
Talvez os sonhos,
Fossem sonhos.
Mas talvez soassem suasórias,
E o gosto pelo mistério,
Sempre impera.
Quem sabe seja impulso,
E esperança,
Quem sabe seja discurso,
Pela temperança,
Mas quem sabe seja percurso,
E a insegurança,
Só seja austera.
Há quem diz que é verdade.
E há quem diz que não se sabe.
Há quem diz que é importante.
E há quem diz que está distante.
Quando determinarem, pelo menos,
A resposta será sincera.
Eu não sei quem está certo,
Também não sei quem está mais perto.
Mas se eu descobrir em algum verso,
Sei que será tudo, mesmo que discreto,
Para ela, que vive bela e terna.
Em sua vida que é poeta.
Saberia ela como ele se sente?
Incerto de tudo e por vezes contente
Saberia ela que ele não mente?
Com ela é sincero sem saber se é vero
Talvez os dois não soubessem
Talvez não deveriam
Talvez os dois se esquecem
Mas se lembram com carinho
Saberia ele quem é ela?
Diferente e do seu jeito, tão bela
Saberia ele como a espera?
Quietamente inquieto
Em sua inconstância que vem por certo
Talvez os dois não soubessem
Talvez não deveriam
Talvez os dois se esquecem
Mas se lembram com carinho
Saberiam os poetas, que assim é o amor?
Ou diriam os profetas que o nosso é temor?
Não nos vemos, ou dizemos que é sonho e distante.
O que será isso que não entendemos?
O que nos fará se persevera com afinco?
Dirá para nós que estamos sozinhos?
Ou roubará a voz em que nós nos escondemos?
Já não sei se procuro,
Ou se a procura é minha,
Mas sempre te esqueço,
Para te ver em toda a vida.
Havia um riacho,
E por ele um caminho.
Cruzando-lhe, o garoto,
Encontrou-se sozinho.
Porém, distante sonhou,
Em encontrar seu destino.
Havia uma estrada,
E nela, um poeta.
Que dizia ser sábio,
E tocava clarineta.
Mas a música lembrava,
O garoto de casa,
E inquieto seguiu,
Com sua historieta.
Havia uma cidade,
E nela pessoas,
Convivendo, o garoto,
Encontrou-se sorrindo.
Mas a estrada o chamou,
E após uma briga,
Estava ele animado,
Em perseguição do destino.
Havia um magnata,
Que ofereceu um sorriso.
Era Trazido em moedas,
Mas sua memória era um aviso.
Fugiu então, o garoto,
Da ganância e do perigo.
Havia a saudade,
Do que é fácil e distante.
E do passado a memória,
Atormentava enquanto diante.
Mas a estrada que seguia,
Prostrou-se perante,
A jovem alma que riu,
E continuou ele errante.
Os Reis Magos
Os magos viram no oriente a estrela que lhes anunciou o nascimento de Jesus, mostrando-lhes a direção da então Judéia.
Os magos se dirigiram a Jerusalém e quando chegaram, diziam:
_ Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo.
O rei Herodes, ouvindo isto, perturbou-se, convocou todos os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo e eles lhe disseram:
_ Em Belém de Judéia, porque assim está escrito pelo profeta.
Então Herodes, chamando secretamente os magos, inquiriu exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera e, enviando-os a Belém, disse:
_ Ide, e perguntai diligentemente pelo menino e, quando o achardes, participai-mo, para que também eu vá e o adore.
Os magos foram em direção a Belém e viram, novamente, a estrela que lhes anunciou o nascimento de Jesus, no oriente, e se regozijaram muito, com grande alegria.
A estrela ia adiante dos magos, mostrando-lhes o caminho, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino Jesus.
Entrando na casa, acharam o menino Jesus com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram, abriram os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.
Antes de deixarem o local, por divina revelação em sonhos, foram avisados para que não voltassem para junto de Herodes, então, partiram para sua terra por outro caminho.
Quando os magos se retiraram, o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos e disse:
_ Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e demora-te lá até que eu te diga, porque Herodes há de procurar o menino para o matar.
José, Maria e Jesus, na mesma noite, foram para o Egito.
Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos, porém, Jesus já havia partido.
Assim que o rei Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu num sonho a José no Egito e disse:
_ Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel, porque já estão mortos os que procuravam a morte do menino.
José, então se levantou, tomou o menino e sua mãe e foi para a terra de Israel.
José, ouvindo que Arquelau reinava na Judéia em lugar de Herodes, seu pai, receou ir para lá e, avisado em sonhos, por divina revelação, foi para a Galiléia, passando a habitar na cidade de Nazaré, para que também se cumprisse o que fora dito pelos profetas:
_ Ele será chamado Nazareno.
De acordo com outros relatos da Bíblia e textos apócrifos da época, os nomes e significados dos Reis Magos eram: Gaspar - “aquele que vai inspecionar”, Melchior - “Meu Rei é Luz”, e Baltasar - “Deus manifesta o Rei”.
No tratado “Excerpta et Colletanea”, São Beda, o Venerável (673-735), Doutor da Igreja e monge beneditino, assim relatou a respeito dos Reis Magos:
“Melquior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus. Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltasar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz”.
(Texto, até "Nazareno", foi adaptado do relato de São Mateus, cap. 2
Vejo o medo e a tristeza em seus olhos, quero poder abriga-lo no meu colo, cuida-lo e protege-lo de seus próprios pensamentos.
Oh! Quão sofrido é ...
... É refletir o passado,
Analisar os passos errados,
Esperar o futuro ...
Viver abandonado,
Neste vasto chão ...
Onde os desumanos corações se alimentam,
Da força do meu trabalho,
Da minha inacreditável resignação.
Fui abandonado !
Esquecido ,largado na amplidão...
Andei despido pelas ruas,
Maltratado,pisado - sendo o dono da razão,
Conheci da vida -o fracasso,
Do mundo - os piores tratos.
Lutei ,sofri ... Venci
Vivi até com os ratos,
Desejando aparecer alguém,
Que me desse um velho sapato
Para proteger os meus pés,
Dos bichos e dos Cactus.
Vegetei no mundo - fantasia
Meu Deus liberta-me dessa agonia !
Contemplo o Céu ... Não vejo a Lua,
Como é sofrido durante o dia ,
Recordar o passado ...
E ver: Que sou um Menino de Rua.
-
Eu me apaixonei naão soó por voc, mais por cada detalhe que você tem, por cada gosto teu, e por cada beijo que me deu.
VINDE NÃO TARDEIS
A terra Clama
O Povo Clama
Eis chegada a hora...
Tempo de renovar as esperanças,
Tempo de pedir com mais firmeza
Vem Senhor Jesus...
Os Homens Clamam por sua volta,
A terra clama por vossa presença,
Clama pelo teu reino de paz e de Amor...
Vem Menino Jesus, Não Tardes Mais...
AMORES.
Oh meu Deus, existe gênero no amor?
Me questiono, me aflijo quanta dor!
Será possível dar-lhe gênero Senhor?
Nunca ouvi falar de mulher amor...
Nem tão pouco de amor homem...
Mas amor menino já vivi...
E por pouco não morri!
A certeza só aparentemente paradoxal de que o que atrapalha ao escrever é ter de usar palavras. É incômodo. Se eu pudesse escrever por intermédio de desenhar na madeira ou de alisar uma cabeça de menino ou de passear pelo campo, jamais teria entrado pelo caminho da palavra.
De que vale ter voz
se só quando não falo é que me entendem?
De que vale acordar
se o que vivo é menos do que o que sonhei?
(VERSOS DO MENINO QUE FAZIA VERSOS)
(trecho extraído do livro “O fio das missangas”, Cia. das Letras, 2004, pág. 131.)
Tava indo pra escola
e encontrei um mendingo,
ele me agrediu
e lhe dei um golpe de jiu-jitsu
Ele se levantou
e eu nem tive tempo de escapar,
então chegou um policial
e disse ``Mãos pro ar´
Vinte e nove
Fui encontrar-me a mim
em um encontro atemporal,
numa estação sem plataformas,
em meu terreno sem local.
O eu que era e agora jaz
e o eu que aqui se faz.
Passado e presente diante de si,
sem quaisquer dizeres, apenas um encontro de olhares.
Quanto daquele me pertence ainda ser
e quanto de mim se perdeu comigo?
Vi descer uma criança em corpo de homem feito.
Trazia fogo nos olhos e sonhos no andar.
Não hei de afirmar que hesitou ao me ver amarrotado,
de sonhos torcidos como as roupas de lavadeiras de rio.
Apenas um reencontro de olhares,
uma parada prévia para um café sem prosa
e o abraço íntimo entre um homem e um menino
que ‘sendo’ me sonham seguir.
Rasgo delicado.
Um peito rasgado pelo amor delicado, princesa, amor, pureza, gentileza e surpresa, senhora do meu destino um amor assim clandestino.
Envolvente mulher me faz de menino, senhora e agora me dar amor e me devora? A poesia me entrega ati.
De frente com teu rosto vejo a face da poesia concreta que me desperta amor.
Guimarães Sylvio.
Moro em uma nuvem.
Passo o dia olhando o céu que nunca fica fechado para mim.
Como moro na nuvem as estrelas brilham mais forte para mim
Como moro na nuvem viajo de graça com o vento
é por morar na nuvem perco minha casa com o passar do tempo.
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