Memória e História
No meio da minha memória,
Encontra-se um arquivo.
Nele, contem arquivos preciosos,
Mais valiosos que ouro,
Mais impressionantes que joias.
No meio da minha memória,
No chamado "aquele arquivo"
Encontram-se recordações,
Encontram-se tudo o que preciso.
Nele esta nossa história,
Momentos jamais esquecidos.
Como aquele beijo fora de hora,
Ou o roubo sem prévio aviso.
Que tal aquele do lado de fora,
Em que todos nos deixaram,
Parecendo até ser escondido.
Há muita coisa nessa história
E muito mais será construido.
Este arquivo de minha memória,
Jamais será apagado,
Nunca será excluído.
Você hoje é minha história,
E agradeço a Deus por isso.
Assim foi o fim...
(Nilo Ribeiro)
Tenho uma história,
não é ficcional,
guardo na memória,
mas conto o final
"então ela disse adeus,
nada eu pude fazer,
acabaram os sonhos meus,
de por ela eu viver"...
Memória e fala!
A memória é a história da alma!
A voz é o seu desabafo pela fala!
Ismael Santana Bastos
Um povo que não se preocupa em preservar sua memória perde-se na história e se aniquila a curto prazo, na sua cultura.
Quando um sentimento se baseia numa memória que é maior que a história, é preciso muito cuidado para que a lembrança permanente não se transforme numa dor crônica ou num pedido sem objeto e objetivo.
Muitas vezes acontecem fatos em
nossas vidas que além de ficarem
para sempre em nossa memória,
podem mudar completamente o
rumo da nossa história.
E o que temos a fazer é renascer
e nos adaptarmos com o novo
e o diferente.
Lamentar não mudará a situação.
Quem tem que mudar e aceitar
somos nós.
Com a certeza de reencontrarmos o
caminho para sermos felizes novamente.
Rodoanel do coração
Translucida memória,
fotografia do tempo...
Apagada na história,
Do meu pensamento...
O passado é uma lanterna...
Que ilumina o meu caminho,
O presente me da pernas...
E eu não caminho sozinho.
Passa tempo, passa vento...
E o mundo a girar.
Na esquina do futuro...
Ainda hei de te encontrar.
-História-
Se há história
A memória
A lembrança
A relevância
A um motivo
um sorriso
Inevitável é o fim
Na morte
ou
no
motivo
Na lagrima
ou
no
riso
lastimável
é o silêncio
Mas talvez a chave para
o paraíso
O segredo na conquista
a beretta ou a mira
o tiro ou o alvo
o olho ou o cisco
''indicio''
E meu desejo
é ser rabisco e manchete
na sua memória
mesmo não sendo
seu único amor,
seria o melhor da sua história
Memória
Na contramão da História eu me desencontro.
Depois de tantos passos… colisões, trombadas e encontros…
A essência do que sou vem à tona.
Ainda falta muito para o fim da maratona.
Corrida maluca contra o tempo.
Tempo que passa depressa.
A vida se faz de momento em momento.
Não aguento…
Não sei do amanhã absolutamente nada
O que me aguarda?
O que vem depois da próxima curva?
O que me acontecerá na próxima batida?
O que me trará o amanhã?
Mantenho a guarda.
Gerencio minha emoção…
Na mão e na contramão…
Que mistério será a vida?
Quando uma história é contada, não é esquecida. Ela se torna outra coisa, a memória de quem éramos; a esperança de quem podemos nos tornar.
Comunidades são feitas de gente, e gente é feita de memória, mas é possível argumentar em favor de o humano ser animal mnemônico por excelência. Só existe pertencimento e laço social porque o animal feito de memórias é capaz de se lembrar, de imaginar, de divagar e de estabelecer horizontes para a permanência insistida no mundo.
SEAWRIGHT, Leandro. Vidas Machucadas: História Oral Aplicada. São Paulo: Editora Contexto, 2023, pg. 17.