Poema Lembrança e Memória

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Essa lembrança que nos vem às vezes...
folha súbita
que tomba
abrindo na memória a flor silenciosa
de mil e uma pétalas concêntricas...
Essa lembrança... mas de onde? de quem?
Essa lembrança talvez nem seja nossa,
mas de alguém que, pensando em nós, só possa
mandar um eco do seu pensamento
nessa mensagem pelos céus perdida...
Ai! Tão perdida
que nem se possa saber mais de quem!

Você está quase sempre perto de mim, quase sempre presente em memórias, lembranças, estórias que conto às vezes, saudade.

Lembrar é fácil para quem tem memória. Esquecer é difícil para quem tem coração.

Desconhecido

Nota: O pensamento é atribuído a William Shakespeare e Gabriel García Márquez.

A amizade é indispensável ao homem para o bom funcionamento da sua memória. Lembrar-se do passado, carregá-lo sempre consigo, é talvez a condição necessária para conservar, como se diz, a integridade do seu eu.

Milan Kundera
A identidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

Façamos das antigas memórias
As grandes armas da esperança
E tiremos das doces lembranças
A matéria-prima para novas histórias!

Minha Doce Criança

Ela tem um sorriso que parece e
Me faz lembrar de memórias da infância
De quando tudo era fresco
como o brilhante céu azul
Agora então, quando vejo seu rosto
Ela me leva para aquele lugar especial
E se eu olhasse muito
Provavelmente perderia o controle e choraria
Minha doce criança
Minha doce amada
Ela tem olhos do azul mais celestial
Como se eles pensassem na chuva
Eu odeio olhar naqueles olhos
E ver um traço de dor
Seus cabelos me lembram um lugar quente e seguro
Onde quando eu era criança eu me escondia
E rezava para o trovão e para a chuva
Calmamente passarem por mim
Minha doce criança
Meu doce amor
Para onde vamos?
Para onde vamos agora?
Para onde vamos?
Minha doce criança

Saudades,
Uma memória nostálgica
De quem longe está...
Lembranças,na mente e no olhar
No coração, entre erros e acertos,
O horizonte,
Num apaixonado observar...

Thereza
Em memória de minha irmã, Thereza Motta Morgan

Em um número uma vida acaba,
e substitui um nome que fica
apenas na lembrança de alguns,
de quem foi, que fez, o que amou,
e o quanto a amamos.

São sombras, apenas cinzas,
de quem antes foi paixão,
esperanças, sofrimentos, alegrias.
De sua energia florecerão vidas
como novas flores, e será eterna.

Memória da Casa (Fernando de Oliveira e Walmir Palma)

Não está no portão
a memória da casa,
nem está no porão,
onde tudo se guarda.

Se talvez no jardim
mora alguma lembrança,
erram doces ausências:
borboletas, crianças.

A memória da casa
jaz além da estrutura,
das paredes caiadas,
assoalho, nervuras.

Vejo outrora na alcova
afogada em cortinas
o rubor de uma rosa
e uma linda menina.

Onde foi essa alcova,
em que tempo se deu,
como entrou nessa história,
em que vão se perdeu?

Essa casa são muitas,
uma só todas elas;
o morar é a casa
com varandas, janelas.

As memórias são tantas,
tantos são os lugares
onde pousam lembranças
nesse lar, nesses lares...

Se você quer testar sua memória, tente se lembrar hoje sobre o que você estava preocupado há um ano atrás.

"Nós somos uma galáxia"
onde memórias são estrelas,
onde lembranças são cometas,
onde pessoas que amamos são planetas.
Somos difíceis de entender, assim como fáceis de compreender {...}

Poema do olhar vazio
Autor: Tadeu G. Memória

Ainda terei longas noites
Para lembrar-te o olhar
E nos momentos de saudades
Escreverei poemas...
Provavelmente mencionando
Ansiedade de horas intermináveis e vazias
Por desalentos e descontentamento...

Escreverei poemas...
Impróprios, secretos e insanos
Relatando com minúcias
Essa intimidade lasciva e indecente

Escreverei poemas...
Insípidos, amargos, amargurados
Pela solidão e o abandono

Escreverei poemas...
Como um álibi a essa cumplicidade
Insensata e viciosa
Que me aprisiona como refém
De prazeres mórbidos...

Escreverei poemas...
Como uma compulsão
Como se isso detivesse a hemorragia
De desanimo e desencanto
De longas noites de insônia
Que me trazem o teu olhar vazio...

Inserida por tadeumemoria

ATÉ QUE AMANHEÇA

Embrulho a vida,
Momentos doces e amargos,
Lembranças pesadas ou leves passagens,
A suavidade de um beijo
Ou agruras quaisquer na viela do esquecimento
Empacoto o presente...
Ou os mais íntimos toques
Que eu não consigo reprimir
E vigio...
Vigio a melancolia didática,
Toda aspereza da mais simplória estrofe
Que eu escondo no fundo do arquivo
Contudo arranha-me a sensibilidade...
Vigio fantasmas que me empurram da escada
Ou penduram cordas nos caibros
Como um sinistro convite
Vigio a porta, que um forte vento teima em abrir
A campainha que nunca toca...
O telefone que nunca chama
Para confidencias durante a madrugada
Vigio a Remington num esquisito toque-toque
Como um estranho soneto de um enredo obsoleto...
O gotejar incessante de alguma torneira

No mais profundo silencio
Ou passos pelas dependências da minha ânsia
Vigio pilhas de livros sobre a minha ignorância
Vultos atrás da cortina
Sussurros no hall superior
E uma gargalhada estridente, efeito de aguardente
Que vem do corredor...
Vigio a madrugada com seus enigmas
Que conduz o seu perfil ao meu subconsciente
E me transporta a este estado de tensão e medo...
Até que amanheça e me autopsiem...

Inserida por tadeumemoria

Quantos choros,
Quantas dores,
Quantas lembranças.
São tantos os momentos,
Que minha memória não queria desfazer de nenhum,
Sozinho,
O silêncio me faz lembrar de todos os momentos que passamos juntos,
E são momentos que não querem ser esquecidos...
Por isso choro.
Não digo adeus,
Mais quem sabe um até breve.

Se na juventude fiz loucuras,
E por alguma razão esqueci,
Vou na memória à procura,
Quero lembrar do que fiz,
Pois não lembro de nada,
Que não tenha me feito feliz.

Das lembranças mais gostosas
Eu quero sempre ter
Seu sorriso na memoria
E o jeito moleque de ser
Brincadeiras a parte
Com você eu encontrei
A menina escondida
Em meu jeito de ser
Passe dias,passem as horas
No peito tenho guardado
Não dá para esquecer
Em meus dias tenho presente
Momentos para se manter
Sorrisos,alegrias, travessuras de um ser
E na responsabilidade da vida
Fez questão de se fazer
Homem feito
Menino no peito.

Minha memória me sacaneia o dia inteiro com pedaços soltos de você.
Sua imagem passa num borrão, mas meus olhos não conseguem fixar.
O gosto do seu beijo brota na minha língua e eu fico sem saber o que fazer.
Não sei dizer de onde vem, mas sinto o rastro do seu cheiro no meu ar.

TBT

⁠Dizem que na quinta-feira
é dia de TBT:
hora de lembrança ter,
saudade pra ser certeira!
Mas eu acho isso besteira,
sempre penso no passado,
um lugar já visitado,
um alguém além do tempo,
um dia, um bom momento
no meu peito registrado.

VOCÊ AINDA SE LEMBRA DE MIM?

Essa é uma pergunta que eu praticamente me faço todos os dias,
É estranho uma pessoa que um dia te chamo de amor e que jurava de pés juntinhos que nunca iria te abandona,
Mas parece que nem todas as promessas foram sinceras ou compridas ao ponto da pessoa desaparecer da sua vida,
Não que eu sinta falta ou saudades mas sim pelo fato do que você ouviu nas àquelas promessas que você humildemente agreditou e hoje custa acreditar novamente nem que seja de outras pessoas,
Talvez tudo não foi em vão pois ficou uma lição,
Aliás várias lições que conseguentimente me levaram ao longo dos anos a mudar um pouco a minha forma de enchergar o amor,
Por pior que seja esse sentimento realmente é difícil amar como antes pois você vive com aquelas lições na cabeça temendo que voltem acontecer,
As vezes o problema não é o que você já viveu e sim o que você está sentindo voltar acontecer,
Não sei como será no seu ou no meu futuro as coisas,
Mas posso dizer com as palavras mais doces e sinceras eu não há esqueci,
O amor não se esquece e muito menos se abondona,
Apenas viramos as páginas e vivemos novas histórias mais não fingimos que nunca aconteceu nada,
Apenas escolho amar quem me ama.

Autor: Jonathas Nogueira da Silva
©2018

Quando encaramos todos os nossos medos
Aprendemos nossas lições através das lágrimas
Fizemos lembranças que sabíamos que nunca se apagariam