Me Doei demais
Construa todas suas estradas no hoje, Porque o terreno do amanhã é incerto demais. Se você não sabe onde quer chegar hoje, Amanha qualquer caminho ira lhe servir.
Parecia me encontrar em outro tempo: ruas no fim do túnel, escadas...esquinas me pareciam por demais intimas. O vento soprou do meu lado, ouvi passos
correndo a minha frente, indo, voltando...tudo me parecia intimo demais. Flores dançavam, músicas me tocavam, estrelas piscavam para mim...olhei, arrepios dominaram meu corpo, adentraram a minha mente, soaram nos meus ouvidos... uma canção conhecida por demais parecia me tocar...sem pressa atravessei o rio que passava, sem medo cruzei praças na madrugada, senti um olhar caindo sobre o meu, me despindo, consumindo meus sentidos, incendiando minha pele, perturbando...Percebi um rosto conhecido, amado...me dei conta que o passado me trazia você de volta.
Olha, cara novinho em folha. Ultimamente eu ando preguiçosa demais. Na verdade, eu quase não ando mais. Daqui a pouco vou buscar as cartas engatinhando pelo chão do meu apartamento. Se você quiser entrar vai ter que aceitar o meu novo visual. Eu quase não penteio mais os meus cabelos e quase não me olho mais no espelho. Olha esse coturno aqui, eu uso ele todos os dias desde que comprei em janeiro. Não quero me levantar nem pra desligar o chuveiro. Então eu fico aqui. Mas se você quiser entrar, vai precisar aceitar o meu desespero de não ter interesse mais em nada. E na verdade, eu nem ligo. Deixei de me importar com o que os outros falam e com o que o meu vizinho vem fumando (coisas estragadas). As vezes até dou uma tragada na janela da minha casa, mas se for pra ir ali na esquina eu não vou. Eu sinto muito, mas na verdade eu não sinto é nada. Nem vontade de abrir a porta pra você entrar. Então, se quiser... invada e não se assuste se eu não estiver acordada. Não estou preparada pra nada. Ando desligada demais.
Percebo que a corda do meu demônio pessoal está grande ou curta demais, dependendo a ocasião. Se estou quieto, o ajuste depende só de mim, mas vejo uma elasticidade preocupante quando depende dos outros.
No inverno as pessoas acabam se tornando mesmo mais atraentes, por que necessita que os demais utilizem muito mais a sua imaginação para enxergar o que há por baixo.
A verdade machuca e a imensa maioria das pessoas considera a realidade pesada demais para suportar. Diante desse fato, é muito mais fácil culpar o delator da verdade como pessimista do que encarar o fato como verdadeiro.
Curitiba É Bonita Demais
Vem cá, vem dançar
Que eu vou te contar
Esta cidade, linda, linda
Mil versos vão dar
É Curitiba, é minha vida
Meu mundo, enfim
Na rua das Flores
No Largo da Ordem
Ou em qualquer outro lugar
Vamos passear
Bem juntos cantar
É Curitiba, linda, linda
Eu vou te mostrar
O verde dos parques
É um sonho à parte
As noites não são nunca iguais
O inverno é dolente
O verão tão ardente
Curitiba é querida demais
Para chegar até aqui, eu sofri demais,foi muito ruim,
mas hoje valorizo as perdas e os sofrimentos, pois foram esses momentos ruins,que me ensinaram a dar valor as pessoas e as pequenas coisas que eu conquistei.
Então entendi , que mesmo não tendo tudo o que eu amo e quero,
eu amo tudo que eu preciso e tenho.
Afinal de contas,foi para isso que eu nasci...
lutar,resistir,sonhar, amar e finalmente ser feliz!
Gilberto Braga
Há um caminho a trilhar, cuja curvas, nos impedem de ver os abismos e demais perigos que estarão à nossa frente, cabe a cada um decidir parar e olhar pra traz, avançar e correr os riscos, mas existe uma outra forma boa e segura de se pensar, diminuir a velocidade com que avançamos na vida pode ser uma saída, para evitar que se perca esperança de chegar a onde queremos.
In
Onde está o meu
Valoroso demais para
Só de pensar em
Sinto
História de certa forma
Mas não posso dizer que eu quero
Querer seria contra
De certo tempo para cá eu
E este
É a prova de que
As situações não são tão
As vezes é momento para, um pouco mais
O que o homem quer? Se alguém tenta se santificar, é "santarrão" demais. Se alguém comete pecado é pecador, e os "erros" são apontados. Se chove, o tempo está ruim. Se faz calor, está quente demais. Se neva, a neve é bonita mas faz muito frio por este espetáculo. Se o homem trabalha muito, só pensa em trabalhar e morrerá sem levar consigo "NADA". Se se liberta do sistema "escravocrata", então é vagabundo. Se anda no meio termo de tudo, é equilibrado demais e será invejado por isso. Se é bonito também é invejado. Se é feio, é zombado. Deus existe para muitos, apenas quando se atribuem a Ele coisas ruins. Já para outros, Deus é visto apenas como aquele que está por trás de coisas boas. Em suma: o homem NADA conhece, TUDO IGNORA, e toma como verdade as ilusões que inventaram para faze-lo achar que isso é a suprema realidade, finalidade primeira e última da existência. A maioria, na verdade, não sabe para quê nasceu, porque existe, para aonde está indo e finalmente onde irá parar! Um amontoado de cabeças ocas, confusas e obtusas que, para as questões elementares da vida, NÃO achou resposta absoluta! Como em certeiras palavras disse Schopenhauer, dando a entender sobre as artimanhas do homem inventadas pela necessidade, a fim de suavizar o peso de sua existência: <Portanto, trabalham, persistem, com toda seriedade, mesmo com um ar importante, tais como as crianças aplicadas no seu jogo>.
"Seriedade" esta que, se bem analisada por perto e a fundo, assemelha-se àquela sensação que sentimos quando estamos dentro de um circo, ao ver as peripécias de um palhaço!
A verdade? Ei-la aí: o homem é um monturo de DÚVIDAS. Uns, atendo-se á investigação dela [da verdade], caminham pelos espinhos, aprendendo a suportar a dor, para serem recompensados com a ROSA. Outros, param e dão à vida uma roupagem disfarçadamente "nova", sob a mesma medida e com cores variadas, a fim de ocultarem a sua própria monotonia!
Ou, nas sofisticadas e refinadas palavras do mesmo Schopenhauer, deveríamos dizer: <Sim, a nossa loucura chega até aí, fazer-nos tomar como alvo supremo de nossos esforços a opinião dos outros; e, contudo, o nada de tal resultado é bastante conhecido; quase todas as línguas o dizem: a sua palavra para dizer vaidade, vanitas, significa vazio, NADA.> (Mundo como Vontade E representação; Livro quarto)
E, continuando, mais á frente, ele mesmo diz no mesmo lugar citado, as brilhantes palavras de Heródoto: <Semelhante é o sentido destas palavras do Pai Da História (Heródoto, Historiae, 7,46), palavras que nunca foram desmentidas: "Não existe um homem a quem não tenha acontecido mais do que uma vez desejar não ter de viver o dia seguinte". De modo que esta brevidade da vida, de que nos lamentamos tanto, seria ainda o que a vida tem de melhor>.
Mas não nos iludamos... como eu disse acima, apenas quem se compromissa a disfarçar o peso da existência, tomando a mentira por verdade, ou fazendo passar aquela por esta, é a maioria! Esta mesma maioria confusa e que no fundo ainda não encontrou o verdadeiro propósito, o cerne universal que é a chave, para se poder abrir a porta da descoberta do propósito da existência do Cosmos! Aliás, Cosmos, significa <belo>; e certamente o que é belo, tem um <significado>. Até lá, falemos sério agora e de forma <específica>, suportemos a crítica do populacho que é bem definida pelo mesmo ínclito filosofo, que me servirá, até, como epílogo deste nosso pequeno monólogo filosófico: <Na verdade, custa a crer a que ponto é insignificante, vazia de sentido, aos olhos do espectador estranho, a que ponto é estúpida e irrefletida, para o próprio ator, a existência que a maior parte dos homens leva: uma espera tola, sofrimentos estúpidos, uma marcha titubeante através das quatro idades da vida, até esse termo, a morte, na companhia de uma procissão de ideias triviais. Eis os homens: relógios; uma vez montado, funciona sem saber por quê>
11:19 h 09.03.2018
Viver de utopias
Num mundo de distopias
É um pouco exagerado?
Perigoso demais ou apenas arriscado?
Talvez saber dosar seja o melhor ou mais sensato
Enxergar o real de hoje e uma possível realidade do amanhã sem mascarar o obscuro e a opressão em que se vive. A realidade do hoje pode não ser a mesma de amanhã, aliás as coisas mudam e entre acreditar que amanhã será pior eu prefiro confiar em um futuro bem melhor!
Viver é concreto! Morrer, abstração! E na sujeira das sobras acertos demais na quase atávica madrugada.
