Mas me Deixe Escovar os Dentes antes
Você Universo
Seus olhos são luas;
Seus dentes estrelas;
Envoltos na densa noite dos seus cabelos;
Que se entrelaçam ao espaço;
Fazendo com que o tempo seja esquecido;
Talvez por isso perto de você o tempo pare;
Você é uma singularidade;
Única, inexplicável e por mais que haja teorias;
Nada, nem ninguém pode te entender como você de fato é;
Há em você mais mistérios;
Do que em todas as partes escuras do Universo;
Nem energia e nem matéria existiriam sem sua presença;
Presença essa que eu desejo;
Como um cometa deseja se aproximar do seu sol;
Quase que por obrigação;
Mas mesmo forçado por algo maior;
Não deixa de lado tamanho brilho;
Não abre mão de tal espetáculo;
Que por mais belos que sejam;
Nem ao menos se comparam;
Ao momento que se aproximam;
Nossos lábios que por fim;
Beijam-se.
Burlescamente caricato
Grotescamente sorri exibindo o amarelo escuro dos dentes. Diz eu te amo e novamente sorri, multiplicando a falta de sentimento, desrespeitando os poderes mágicos da palavra, estrangulando a pureza, a beleza do sentimento, mastigando a poesia sem pressa, engolindo-a lentamente com uma dose de gim barata.
É A SOLIDÃO
A solidão é ouvir o ranger dos dentes
No próprio sangue entre a carne crua
É ouvir o som quente a correr nas veias
A solidão é sentir o vento no rosto
O seu perfume no ar acariciar a pele
Como se o ópio penetra-se no corpo
A solidão é sentir a carne já devoluta
Num deserto sem pudor, rasgar a pele
Sem, sem nome, sem carne, sem sangue
É a solidão que toma emprestado o corpo.
Quando alguém disser que sua boca está fedendo, não leve a mal. Escove melhor os dentes ou procure um gastroendocrinologista. E o mais importante é: preserve essa amizade verdadeira.
" E eu me agarrei ao amor com unhas e dentes mas não sabia o quanto ele era um mar revolto de sofrimento e incerteza "
Haverão no inferno muitas companhias para outros rangerem os dentes ao mesmo tempo, porque não consultaram o Dentista de Almas, Jesus, o Salvador das Cáries.
Almas de vapores quentes, soltem e mandem embora correndo as dores abrigadas entre seus dentes. Mordam-as com força, nunca pacientemente. Vomitem-as e as deixe morrer como indigentes.
Armado até os dentes sem objetos letais,
Pois minha missão
É trazer uma mensagem de paz,
Você pode mudar o mundo
Sem armas mortais,
Usando o poder das palavras
Conteúdo e essências intelectuais,
Pois somos superiores
Animais racionais,
Ira ferir seu inimigo com danos morais.
Ladeira
Nascia, enumerado pelos seus dentes,
Os primeiros raios de sol.
Às vezes corro pelos campos,
procurando regularmente a visita intolerável de bailarinas.
O atraso do trem causa-me distorções no abdômen.
Minhas conquistas nunca se limitam no mais vulgar
e a parte final é sempre tomada de grandes sóis.
Giro sobre o tornozelo, muitas vezes quebrado pelo amanhecer
e percorro com o olhar a janela branca, o ponteiro.
Nosso sorriso não é permitido.
Um pôr-do-sol nos confunde com a ladeira.
A subida é cansativa “sozinho”.
Um automóvel, nossos encontros.
Minha alegria foi te imaginar como silhueta.
Entrei neste instante no oceano profundo de meu vazio.
Agora é preciso descansar,
virar para o outro lado e esperar.
Jaak Bosmans
Seu andar inclinado para a frente, o modo como ficava numa perna só enquanto escovava os dentes, o modo como ele batia o pé ao escutar 'Brown Sugar', o modo como segurava meu rosto com as duas mãos e me beijava. Eu queria construí-lo dentro de mim para jamais esquece-lo.
Feminina ou Serpente
Ofereceste um belo fruto,
Pedindo marcas de seus dentes,
Abristes a porta do pecado,
Com fantasias envolventes,
Tu não és do bem,por que mente?
És víbora, tão serpente,
Aproveita a feminina!
Inocente...??
Agora quem paga, é a gente,
O que fizeste a este ser,
Até hoje, a gente sente,
Rastejastes para sempre,
Sofrestes, com a saída do teu ventre,
Culpadas, como mente...
Pecadoras insolentes.
A BOCA DA LOBA (09)
O que a boca fala
Com a cumplicidade dos dentes
Porteiras de saídas e de entradas,
O coração se atemoriza.
E rebate na palavra, esgrima.
A boca não tem a contensão
Do coração.
De ficar calada,
Quando sente o gosto bom
E ácido que leva o fermento dentro.
Bocas que eu beijei,
E as que só sonhei beijando,
Pintaram-me dentro e fora,
Na alma e na gola.
Com marcas de ferros,
Quando dobraram a minha vida.
Sonho com cada uma
E sofro por todas elas,
Sinto os sabores dessas bocas
Em minha língua provadora.
Ah, tua boca, a minha boca agora.
Puxo pela memória,
Mas eu nunca senti nenhuma
Doce como a tua,
Dos formatos da lua,
Quando está cheia,
Quando declina minguando,
E quando vai se levantando
Pros meus olhos escurecerem.
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NAENO*comreservas
A VIDA RI
Ontem eu vi a vida sorrir,
Vi seus dentes da cor do dia,
E vi seus lábios na cor do entardecer,
Boca molhada como um grito novo.
Ontem vi que a vida existe,
Que a morte não pode com um sorriso,
Por isso é séria e sem graça,
Eu nunca vi a morte sorri.
Hoje a vida continua a rir,
Como se estivesse de bem com ela,
Como se a contivesse um cadim
Refletida num espelho se vendo nítida.
Ainda hoje a vida rir,
Como se a felicidade não acabasse,
Como se uma conquista tivesse galgado,
A de ser vida, em tudo metida.
Ainda agora escutei gargalhadas da vida,
E não se cansa em mostrar-se feliz,
E agora eu sei, está esclarecido,
A vida não tem planos para partida.
naeno
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