Logo ali na Proxima Esquina
Eu paro numa esquina
Olhando pros dois lados
Se penso em atravessar a rua
Eu olho pras pessoas
Elas vem de todos os sentidos
Olhares ressentidos
Caras boas maldormidas
Procurando
Tempo dentro dos seus próprios tempos
Buscando sós, só um jeito de cuidar
Das próprias vidas
Buscando suas esquinas pra parar também
Todos se vão, se vem, se vão...se vão...se vem
Mas não fica ninguém
Tão sozinho, olho pro chão
E ainda me molho quando a chuva cai
Todos eles tem dentro de si, ainda
Um pouco dessa coisa linda
Cujo nome ninguém sabe
Talvez seja pureza, beleza, ingenuidade
Pode ser que seja oxigênio numa bolha de sabão
Gáz hélio dentro de um balão
Coisa gostosa de se ter, mas que não vem; só vai
A cada um lhes cabe alguns desses balões
Que vão se furar lá no espinho da rosa
Parado numa esquina...a rosa vem devagarinho...e fim
De espinho em espinho a vida vai modificando a gente
A vida, antes tão quente, hoje fria...vazia
Toda aquela gente, que vem de todos os sentidos
Perdendo às rosas
Um pouquinho dessa coisa boa
Que deixamos se ficar pelas esquinas
Sempre sem querer
Sempre que buscando apenas
Um jeito de cuidar das próprias vidas
Perco a pressa e penso
Que é essa a beleza da vida
E a natureza de todas as coisas.
Edson Ricardo Paiva.
Moço da Esquina
Lá estava ele,
Com o cigarro e o isqueiro na mão,
Como um tiro certeiro,
À atingir o seu pulmão.
Não digo nada,
Aliás isso não me corresponde,
O moço lá da esquina,
Fumava e pensava longe.
Ao passar ao meu lado,
Uma leve tossida tirar de mim eu conseguia,
E logo olhava de volta,
Pra ver se ele percebia.
Lá ele sempre estava,
Com o cigarro e o isqueiro na mão,
À observar na frente aquele muro,
Cheio de pichação.
Eu não compreendia,
O motivo de tanta solidão,
Ao estar sempre, todos os dias,
Com os olhos cheios de escuridão.
Mas com tudo isso,
Mal eu sabia, que era apenas impressão,
Pois ao atravessar a rua,
Notei a sua simples expressão.
Barba Branca e chapéu na cabeça
Triste olhar com os olhos caídos,
Com os sentimentos todos perdidos,
E lá eu estava, como uma simples criança.
encontre-me aqui perdida
E em cada esquina cai um pouco minha vida.
Queria contigo estar querida
Bater colher e dps sorrir ao te olhar
Sentar lá fora pra gente fumar
Contar histórias de rir é chorar.
No meu peito um vazio que dói
Me faz agonizar
Será q em mim "cê" também faz pensar?
Eu queria segurar teu seio pra dormir
Estrela do amanhã que não é mais minha hoje
Queria vc aqui... Ah se fácil fosse
Amor, não me espere na esquina da curva, nem me aguarde nos históricos lugares onde nos amamos, apenas me guarde.
Não, não diga nada, apenas deixe a emoção descer pelos olhos, me guarde, caso eu parta.
Não, não quero partir!!! Amor, tenho que partir.
Estarei nas estrelas da noite, nas canções que me sentir, enfim, no canto em cada canto de uma saudade, estarei. Te aguardo aqui, basta olhar para o alto, amor estou te vendo, me sinta.
Idiotas podem ter faculdades e dinheiro, mas não têm percepção do que há virando a esquina e do que colherão em seu plantio de miséria.
Deixei um beijo meu
Na esquina do teu rosto.
Só pra avisar: estou voltando para buscá-lo. Se não me devolver, roubarei!
Na calçada, na esquina, na ruela, na praça, na viela,
Seus elegantes meneios mais uma vez não me escapam,
Curitiba ....
Em Curitiba
Respira Cultura
Em cada esquina
Blocos e becos todas as ruas
Em Curitiba
Em meio as árvores
Flores e parques
As suas vistas coloridas
E o sol quase todo dia tímido
Suas manhas carregadas de fascínio
Noites estranhas porém ,cheias de vida
As ruas praças e em toda parte
Paradas são tão convidativas
Curitiba é luz
Curitiba reluz
Mas quando se apaga
É quando eu vejo mais
Curitiba é mais
Suas feiras sempre originais
Prédios imponentes tão descentes
Vigiando cada um nunca ausente
O clássico é vizinho do moderno
Se combinam em harmonia e universo
Centro centrado que inspira o futuro
Mostrando no presente o passado
Nela ando e não me canso
Calçadas desenhadas em um ar místico
Raízes culturais e afins
Veias artísticas essa é Curitiba
De tons e notas rítmicas
Ah nossa bela Curitiba
Oi amada de tantas madrugadas, em cada esquina a me olhar
Oi doce amada que derrepente do nada pode vir me abraçar
Seu rosto pálido lábios e olhos negros pele fria como gelo que não pode me tocar
Mas te espero toda hora para me levar embora para algum outro lugar
Mas amada um instante sei que sou irrelevante entre seu caminhar
mas quando chegar a hora vou sem pressa vou me embora.
só não posso deixar passar.
sei que amigos esses tive.
sei que esses vão lembrar
de uma bela amizade, que cheios de saudades
Esses não queria deixar,
sem uma dispensa honrosa, um pequeno dedo de prosa para não lhes magoar
Tem também minhas crianças
no coração e na lembrança,
nunca vieram a faltar, a elas deixo meu apego pois se permaneço nesse meio, foi por elas amar
Trago também na lembrança, bebidas, drogas, andanças, uma busca pôr nada há procurar
Sei que amores nuca tive. Eis que tudo que vivi era apenas um pesar,
de pessoas perdidas no mundo, que nesse humilde vagabundo,
vieram a se aproximar,
depois de olharem tudo,não com um olhar profundo, só vieram a decepcionar, pois nada me foi dado.
tudo conquistado
E sei que nada vou levar
Então minha amada, antes de aparecer do nada, dá-me o prazer de amar.
me envolva em teus braços, toque-me com seus lábios e assim irei descansar.
Soneto para a morte
Weuler Silva Santos
VIGÍLIA
Na rua à esquerda do sonho
bem na esquina com a fantasia,
seguirei sentado, cão sem dono,
esperando que amanheça o dia.
UTOPIA
Aquela estrela é minha
Aquela, pequenina,
Na esquina do Universo, escondidinha.
Eu, que não tenho nada além dos meus chinelos,
Além dos meus poemas, além dos meus anseios,
Sou feliz proprietário de uma estrela,
Uma que eu inventei, e para vê-la,
Fecho os olhos na hora de sonhar.
Aquela estrela é minha, senhores astronautas,
Vagabundos do espaço de ninguém:
Cuidado, ela é frágil, assim como meus versos,
Astrônomos, que fuxicai pelo Universo,
Se um dia descobrirem essa estrela,
Ela tem nome, chama-se Utopia.
Aquela estrela é minha, senhor Deus,
Que pastoreais nuvens no Infinito,
E que semeais sóis e tempestades
Não leves a mal a pretensão do poeta,
Mas, aquela estrela, ainda que feia, é minha,
Não faz parte do elenco dos teus astros,
Eu a fiz com as mãos, o sonho, o coração.
Aquela estrela é minha, senhoras e senhores
E, quem quiser passear na minha estrela,
Numa tarde qualquer, de chuva ou sol,
É só me dar as mãos, ser meu amigo,
Compreender minhas incompreensões,
E caminhar comigo.
Mas não reparem se, de madrugada,
Não houver mais estrelas nem mais nada
É que ,às vezes, acordo mal dormido,
Oprimido, homem e pingente,
E minha estrela, triste, vai embora,
E só regressa numa nova aurora,
Quando eu volto a ser gente..
Um pouco mais de paciência... forças e se cuidem... pois ao dobrarmos a esquina de um amanhã qualquer... a vida saudável estará lá... saudosíssima e de braços abertos à espera d'àqueles que souberem dar à ela... o seu devido valor...!
E lá vai a vida, correndo sem rumo, escorrendo pelas ruas, sumindo em uma esquina ou em todas, ora atravessando rapidamente um oceano, ora se afogando lentamente em um inofensivo córrego...
Ha dores em cada esquina da vida.
Tenha calma pra não ser mais um suicida.
Pra todos a dor é parecida.
Independente da ferida.
by Elmo Writter Oliver I