Logo ali na Proxima Esquina
Até onde pode ir o amor de um apaixonado ensandecido, talvez até ao infinito ou até mesmo a esquina de qual quer lugar;
E selando minha vida no encalço da solidão vou vivendo um pesadelo e em cada esquina encontro um motivo para desistir de continuar, porque suas lembranças vem como fantasma me atormentar.
Os caminhos se cruzam naturalmente formando a esquina que para alguns seria o fim da linha, mas para os que aceitam a realidade mira um destino e segue... segue esquina por esquina...
Obrigado é palavra-chave para a educação e agradecimento, então entre, fique a vontade, curta, critique e cutuque a hora que quiser!
Seja bem-vinda!
REMORSO
Se eu soubesse onde é o fim do mundo
e o inicio de tudo
ficaria à tua espera numa esquina por aí
eu daria tudo que eu conquistei
só pra ver mais uma vez
aquele mundo reexistir.
A verdade é que meu porto não tem mais
aquele tão firme cais
que amparou meu desatino
que me segurou na hora da aflição
que apagou os dardos da triste ilusão
e por tão imenso amor chegou, mudou
e me deu outro destino.
Hoje vivo em lamentos à lembrar
que sozinho nesse mar
o coração só faz loucura
e que toda minha desobediência
me levou a indecência
aumentando a amargura
por pensar que estava certo eu julguei
nem sequer imaginei
que o julgamento não traz calma
mas como uma espada à alguém apontada
veio à mim tão afiada
e feriu a minha alma.
Numa esquina eu vejo o desprezo, e o desprezar
Numa menina eu sinto o cheiro
De droga no ar
Uma buzina eu ouço, a sirene que está pra pegar
Uma chassina feita sem motivo mato, por matar
Atrás da vitrine daquela esquina esconde-se a beleza,
Atrás daqueles lábios um oceano,
No infinito daqueles olhos um labirinto de sutileza,
A roubar-me o sono com os desejos mais insanos.
És o mistério em noites de lua cheia,
Me enfeitiça com tua dança
Como os marinheiros a entregar-se aos cantos das sereias.
Ando por ai querendo te encontrar .
Em cada esquina paro em cada olhar .
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar ...
...e ao dobrar a esquina, decidi pensar em mim, e não olhei para trás. Parei de ser menina. Eu tinha razões para isso.
VOO PARA O DECLÍNIO
O anjo caído está com artrose,
No cérebro um vaso com estenose
Na esquina o crack é a maçã,
Que tira dos lares o amanhã.
Não há Evas peladas do paraíso,
Como ninguém mais tem juízo.
Penas sem brilho na sarjeta,
Para o céu vou de lambreta,
Pois alcoolizados avançam o sinal
Para a família não faz mal.
O anjo caído hoje é um santo
Assando churrasco no seu canto.
“Cachorras” sem calcinha na dança
Daqui a pouco estarão com pança;
Coitado desse novo rebento
Que cairá na vida a qualquer momento.
O bonito mesmo está na novela,
Ou na fofoca feita de uma janela.
E o anjo caído perdeu a vez para o humano
Ser mesquinho talvez louco e insano
O anjo caído quer cuidar da sua casa
Antes que o humano invada lá destruído a ultima brasa.
André Zanarella 23-09-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4483618
Nunca, de forma alguma, deixarei que uma pedra na esquina, atrapalhe meu caminho;
Vou erguer sempre a cabeça na esperança de ver um horizonte atraente;
E seguirei firme, atravessarei a seca, a tempestade e as tristezas do coração;
Chegarei nas profundezas da paz e tranquilizarei meus medos, não irei mais parecer um bebe indefeso sem saber onde quero chegar, e por cada falha que cometi, me colocarei a disposição para me redimir.
Devo tanto agradecimento, que sinto vergonha de pedir...!
TKS GOD
Ando tão feliz ultimamente,
Que estou torcendo para esbarrar com a tristeza em alguma esquina.
Preciso de um equilíbrio, de um motivo para estar feliz.
Felicidade o tempo todo se torna estúpidez!
Como valorizar os momentos felizes, se não tivermos os nossos momentos de tristeza?
Na tela do cinema da esquina, já se viu esse filme antigo, de um multicor lírico com tons de pura boemia.
A vida sobe, desce, vira esquina, e na estrada tem muitas curvas para que possamos ver um pouco de cada vez o horizonte. Viver é um processo de ser e de se tornar, sem pressa de conhecer a pessoa que iremos nos transformar amanhã ou depois (Nelson Locatelli, escritor)
Rastafari, cantando o reggae em cada esquina
Ah coisa linda que nos alucina
E que faz ficar tão boa a vida
O Portão
Havia um portão no horizonte
Era apenas a esquina da colina
portão de um velho campo em ruínas
horizonte finito de olhos de menina
No grande portão velho havia flores
folhas ressecas e entrelaçadas
ninguém pelo portão passava
exceto a linha dos olhos que o fitavam
Eu costumava me perguntar:
Que vagantes haviam-no feito de passagem?
Que historias e amantes ele havia trancado?
Como um sentinela no espaço e no tempo, parado.
Hoje não há mais portão no horizonte
há folhas verdes e vivas por trás de casas
há tanta graça liberta, ilimitada
sem as correntes e o portão que as zelava.
Reencontro
Algumas quadras à frente,
Numa esquina qualquer,
Ou no trevo de acesso
De um café casual
A gente, por certo,
Voltará ao luar.
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
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