Literatura de Cordel

Cerca de 3402 frases e pensamentos: Literatura de Cordel

⁠Existe uma gente insana
Querendo ser capataz
Só pra tirar nossa paz
Age de forma tirana
E muito da desumana
Querendo ser importante
Pois se faz de deslumbrante
Mas é longe de ser rosa
TEM MUITA TESTA OLEOSA
SE ACHANDO MENTE BRILANTE.

MOTE: IZABEL NASCIMENTO

Inserida por noelia_dantas

Você é meu presente raro,
Tesouro doce e valioso,
Um diamante lapidado,
Brilhante, puro e precioso.

Deus, em sua infinita bondade,
Me deu você com tanto amor,
E desde então, a felicidade
Floresce em mim com seu calor.

Inserida por Rameson

⁠Invisível de Tanto Estar

Você estava ali,
sempre ali.
Presença firme,
sem alarde, sem fim.

Tão constante,
que virou paisagem,
fundo da minha
própria viagem.

Não te vi sumir,
porque nunca partiu.
Mas percebi tua falta
quando o mundo se abriu.

Era você
em cada detalhe pequeno,
em cada gesto sereno,
no silêncio que sustenta o dia.

Às vezes, quem mais cuida
é quem menos se vê.
Porque brilha tão perto...
que esquecem de perceber.

Inserida por Lenny_Lira

⁠Cabra Sem Frescura

Sou da terra do sol quente,
Onde o povo é valente,
Aqui não tem paciência
Pra frescura de mais gente.
Se vier com lero-lero,
Já dou logo um "vá-se embora!"
Comigo é tudo na raça,
Sem mimimi, sem demora!

Se tropeçar, eu dou risada,
Depois ajudo, é claro,
Mas drama só presta em novela,
No meu terreiro é raro.
Sou do tipo desenrolado,
Não dou volta, não enrolo,
Falo mesmo na lata,
Se gostou, dê logo um colo!

Tem gente que vive de chiado,
De cara feia e fofoca,
Mas eu vivo é de risada,
De cuscuz, forró e tapioca.
Não sou de fazer arrodeio,
Sou direto igual rojão,
E se quiser paz comigo,
Deixe a frescura no chão!

Inserida por Lenny_Lira

⁠Continuar Tentando

Continuar tentando eu sigo,
Mesmo quando o dia é ruim,
Mesmo quando a mente pesa
E o corpo já diz: “chega, fim!”
Mas eu não volto ao passado,
Pois já me curei de mim.

Os velhos jeitos me chamam,
Querem que eu volte a ser
Aquela que se escondia,
Que só sabia sofrer…
Mas hoje eu sou insistente,
Aprendi a me escolher.

Nem tudo está em minha mão,
E isso eu precisei ver,
O mundo gira sozinho,
Não posso tudo conter.
Controlar tudo é engano,
Só me fazia sofrer.

Nem tudo é como eu quero,
A vida tem seu compasso,
Aprendi a ter paciência
E confiar no meu passo.
O que é meu vem no tempo,
Mesmo lento, mesmo escasso.

Pensar demais não resolve
Se eu não botar a mão,
Ficar só filosofando
Não traz transformação.
Sonho sem ação concreta
É pura imaginação.

O passado não me prende,
Já não vivo de lembrança.
Olho pra frente com garra,
Com coragem e esperança.
Quem só vive de passado
Trava o passo e perde a dança.

Continuo persistindo,
Mesmo que doa o caminho.
Se cair, me levanto,
Não estou mais sozinha.
Hoje eu sou minha força,
Minha luz, meu próprio ninho.

Inserida por Lenny_Lira

⁠RESILIÊNCIA

Vontade de reagir
para superar o trauma.
Enfrentar dificuldades
com paciência. Ter calma.
Manter fé e equilíbrio.
Buscar cura e alívio
do sofrimento da alma.

Inserida por RomuloBourbon

⁠CORRIDA

Não fique na inação,
calce o tênis, vá correr.
Há trilhas a percorrer!
Controle a respiração,
observe a pulsação
e regule sua passada,
pois corrida é ritmada.
Mas um conselho de mestre:
se não pode São Silvestre,
então faça caminhada!

Inserida por RomuloBourbon

⁠-Sou migrante, sou nordestina, e na minha pele marcas grossas e finas.
-Sou mulher, sou feminista, sou a força imperativa.
-Sou às vezes de aço e no meio do percurso eu me rasgo…
-Sou mestiça embora ninguém o diga pois tenho a epiderme branca e fina, por onde passo, causo às vezes furor e embaraço.
-Sou premiada por ter sobrevivido a um acidente nas articulações condilares, articulares. E o que eu não sabia era que tudo isso causa ainda imensa agonia.
-Que diria eu de meu povo nordestino, que não tem pão mas sobrevive sem fazer sermão.
-Sou escuridão que alumia na maior ventania.
-Sou o grito no silêncio sem as minhas crias.
-No meu abrigo eu me agito, sou causa e sou conflito.

Inserida por AnneBeth30

⁠Não acredito em destino
Penso que cada um faz o seu
Mas este encontro inusitado
Confesso: me surpreendeu
Eu havia bebido em excesso
Meu Deus, quanto retrocesso
Depois nada me rendeu
Estava eu de mudança
Cuidando de tudo sozinha
Precisava de internet
Aqui na minha casinha
Combinei um horário legal
Nove horas não estarei mal
Eu vou estar boazinha
Depois de tudo combinado
Vieram aqui trabalhar
Às nove horas em ponto
O porteiro ligou pra avisar
Estava em estado vegetativo
Meu corpo já tinha morrido
Sem forças nem pra levantar
Preciso abrir a porta
Pensei com zero energia
Fui lá atender o povo
Com nada de simpatia
Eu só queria dormir
Ou tomar algo pra reagir
E sair daquela agonia
O povo ficou sozinho
Pensei comigo: Oh lasqueira!
Estava deitada e ouvindo
Aquela conversa maneira
Queria ter sido solícita
Mas a desnutrição era explícita
Dormi a manhã inteira
Depois que tudo passou
Pensei em me redimir
Comentei o status dele
Mas logo me arrependi
Apaguei o comentário
Fui arrumar meu armário
Se precisar estou aqui
Respondeu ele do outro lado
Desculpa: mandei sem querer
Fiquei toda atordoada
Sem saber o que ia dizer
O papo foi logo fluindo
A ficha também foi caindo
Meu Deus! O que vou fazer?
Do nada ele sumiu
Parou de me responder
Fiquei foi logo com raiva
Espera que tu vai ver
Apaguei foi logo o contato
Igual a bicho do mato
Nunca mais você vai me ver
Mas a situação se transformou
E com ela voltei a conversar
Entre encontros e desencontros
Senti medo de me apaixonar
Mas depois me tranquilizei
E com outros olhos á avistei
Agora somos dois a sonhar

Inserida por oscarbahia

⁠Gosto das areias secas do sertão
Meu nordeste árido, com pequenas manchas perdidas na vastidão
Dessa caatinga estorricada do sertão.

Inserida por bruno_rucy

⁠Quem anda na senda escura,
Com passo ligeiro ou tardo,
Terá de levar um dia
Da vida o pesado fardo
E, após mirar o rival,
Sentir em si mesmo o dardo.

Inserida por cordel_na_rede

⁠O PINGUIM

O pinguim quando ele anda
Vai bailando engraçado
O passinho bem curtinho
Parece sapateado
Vai ver é pra esquentar
Pois se fica a hibernar
Ele morre congelado

Inserida por RomuloBourbon

Sou poeta do gueto
Decanto a realidade
Não falo só coisa triste
Também falo a verdade
Uns tem tudo, outros nada
Um na rua de frio tremia
Outro em Dubai sorria
Eita injustiça danada.

Inserida por Geschickt

O PAÍS QUE EU QUERO.

O Brasil que eu espero
é um Brasil de esperança
sem o choro da criança
e do amigo sincero
o país que tanto quero
tem que ter honestidade
tem que ter felicidade
quero um Brasil desse jeito
não precisa ser perfeito
mas que seja de verdade.

Quero um país sem maldade
que não tenha preconceito
que o valor do meu direito
não me sirva só a metade
quero ter a liberdade
ser feliz no meu espaço
dividir cada pedaço
sem ter distinção de cor
quero um Brasil do amor
do respeito e do abraço.

Inserida por GVM

⁠Senhô, seu doutô,
Venho aqui te perguntá
Pro que é que existe fome
E um país tão desiguá?

Dizem que o Brasil
Tá endividado,
Quebrado, sentenciado,
Que todo ano gasta uma fortuna
Pra pagá juros de bacana
Dessa dívida de barco furado.

Agora te pergunto:
Que dívida é essa
Que a gente nunca termina de pagá?

Quem foi que comprô fiado
E nunca mais voltô pra acertá?
Um caloteiro miserável desse tinha mesmo é que se lascá...

Oxe, como pode um país rico igual o nosso,
Que só arrecada trilhão,
Com tanta gente passando fome,
Chega a sê humilhação.

Vamo acabá com essa paiaçada
E fazê uma renda de distribuição.

Se tá devendo, meu compadre, tem que pagá,
Agora num vem com essa desculpa esfarrapada
De que o país num tem recurso
Prum pobre comprá um pão.

Ofertá escola, lazer, saúde de qualidade
É obrigação...
Inclusive tá até na Constituição.
Mas acho que isso é demagogia,
Coisas que colocam lá
Pro pobre achá que tem direito
E exercê a tal cidadania.

Que diabo de cidadania é essa, homi,
Que só serve pro pobre no dia de votá?
Depois que passa a eleição, pronto, acabô a consideração...
E o povo fica esquecido, sem voz, nem solução.

Que miséria de direito é esse
Que não consigo usufruí,
Que só serve pra mantê a mamata
E sustentá vagabundo por aí.

Dizem que a cultura é cara, difícil de bancá,
Mas só favorece quem já tá na estrada, fazendo sucesso e botando pra quebrá.
Eu, por exemplo, sô artista independente, um simples poeta que luta pra existí,
E quando peço apoio, dizem que não dá pra investí:
"Orçamento tá apertado, a crise foi de arrasá,
Quem sabe no ano que vem a gente possa te ajudá."

Ora, dotô, e essa tal Lei Rouanet,
Que devia me apoiá, senhô, mesmo sabe que artista amadô neste país
Fica sem nada, sem apoio, sem chão,
Enquanto os grandes lá da mídia só sabem é faturá e influenciá a população.

Outra coisa:
Dizem que falta dinheiro, que a previdência está quebrada,
Ai eu te pergunto: e o véio que trabalhô a vida toda não merece tê uma vida descansada?

Dinheiro existe sim, seu doutô, mas nunca chega por aqui,
Só circula entre poucos, onde o povo num pode ir.

E não venha me dizê que tô errado,
Porque o recurso some nas mãos dos poderosos, enquanto o povo fica aí apertado.

Distribuição de renda é urgente, essa seria a solução,
Mas quem paga o pato somo nós, sem nem mesmo tê condição.

E assim seguimo lutando, com arte e cidadania,
Sonhando com um Brasil justo, sem fome e hipocrisia.
Pra finalizá, vô aproveitá e te perguntá:
Até quando essa injustiça vai durá?
Se o senhô tem o podê, é só querê e mudá,
Porque quem manda pode sim fazê o povo melhorá.
E esses são os meus versos em forma de protesto pro o senhô matutá.

Inserida por leandroflores

⁠ Dos cordéis cito elementos
Tidos como essenciais
Todos tão fundamentais
Que elevam meus argumentos
Autentico ensinamentos
Cito a métrica fiel
A rima com seu papel
E a oração feito luz
Trilogia que introduz
Este ABC do cordel!

Inserida por MARCONIaraujo

O Saci-Pererê

Em um dia de Sol
Ele aparecei com uma perna só
Também só tinha essa
Mas corria depressa

Ele era inquieto
Subia até no teto
Pulava nas árvores
A fim de ver as árvores

Andava a cavalo
O que fazia um estardalhaço
Dava nó nas suas crinas
Para assustar as vizinhas

Ele queria entrar em uma casa
Só que a porta estava trancada
Pulou a janela
E machucou a canela

Ele fez um redemoinho
Para ventar um tiquinho
Apagou o fogo
E queimou o almoço

Foi embora
Com cara de boboca
Porque quase morreu
Com a bronca que o bigodudo deu

Fim

Inserida por MenezesEduarda

SAUDADES DE MINHA INFÂNCIA

Se eu pudesse no meu aniversário
Escolher o meu presente
Não escolheria roupa, nem celular,
Como se fazem normalmente .

Eu escolheria uma viagem
Uma viagem diferente
Daquelas que se volta no tempo
Ainda que fosse por um momento

Não pra fazer tudo diferente
Mas pra viver novamente
O tempo que eu tenho saudade
Veja quanta felicidade
Num menino sem preocupação
Correndo descendo a ladeira
Com caderno e lápis na mão
Voltando da escola,
depois de ter jogado bola.
E fugido de alguma confusão
Com o joelho todo ralado
Nos braços alguns machucados
Mas com a pureza no coração.

E quando chegava em casa
A comida na mesa estava
Mamãe colocava pra gente
E nós comia as pressas
Só pra brincar novamente.
Subia nas árvores, na chuva corria
E quando anoitecia
Papai da roça chegava
Todo cansado ia jantar
E eu na rede enrolado
Fingindo que tava dormindo
Com preguiça de rezar.

Por maior que fosse a dificuldade
A tristeza não existia,
Se por algum motivo chorasse
Logo em seguida sorria
De braços abertos corria
Fingindo ser avião
Com um papel se fazia um barco
Que se era o capitão
E sem arma eu era o policia
Prendendo todo ladrão
Se com meu amigo brigava
E a gente se ofendia
logo a gente esquecia
E de novo junto brincava
Não se guardava rancor
pois só era o amor
Que em nosso peito morava.

Hoje o mundo me diz
Que pra isso já não tenho idade
Mas se por um lado eu tenho saudade
Pelo outro só agradeço
Pelos amigos que eu tenho que
São amizade que eu nem mereço
Cada um é como um tesouro
De inestimável preço

Desculpa se ainda não demonstrei
Esse amor nas coisas que eu faço
Perdão se eu decepcionei
Ou fiquei devendo um abraço
Foi mal se ainda não dei
A vocês o real valor
Se já magoei pelo que fiz
Saiba que eu sou apenas um aprendiz
Tentando compreender amor.

E buscando-o a cada dia
Pos não importa a crença
É o amor que alivia
O peso da existência
Esse peso insistente
Que cobra o melhor da gente
Sem misericórdia, sem piedade.
Sem aceitar desculpas
Sem perdoar as culpas
De nossas fragilidades.

Mas cabe a nós entender
Que pra ser alguém realizado
Não precisamos ter
Todas as coisas do mundo
E si sentir lá no fundo
Que se é alguém amado.

Compreender que o amor
Tem suas contradições.
Tem o seu real valor
Mas não pode ser comprado.
Faz a gente rir na dor.
Faz o rico mendigar
E o pobre ser invejado
Faz o orgulhoso cair
E o humilde ser levantado.
Faz o desencorajado
Acreditar e ir além.
Você pode ser o que for..
Mas se não tiver o amor.
Você não será ninguém

Inserida por santiagodemaria

Maribela era baixa
Tortos eram os seus dentes
Um dia ela foi subir escada
E tava toda contente
Uma coisa ela não esperava
Do cabra que lhe deu uma corrente

Quando ela abriu a porta
A roupa de outra ela viu
Seu coração se quebrou
E de seu olho uma lágrima caiu
Dele ela não queria explicação
E com isso a pirua indiscreta sorriu

"Mas o que é isso? "
Perguntou Maribela
A pirua do nada se levantou
E partiu pra cima dela
E quem se divertia com a cena era Jair
Parecia uma novela

Inserida por Carolcoral

Um Deus Que Ama

O dia já começou
E eu me levantei bem cedo
Para agradecer a Deus
Por tudo o que Ele tem feito
E por me dar um amor
Que eu como pecador
Simplesmente não mereço.

Mas é justamente aqui
Que mora o xis da questão
Pois no amor desse Deus
Não existe restrição
Ele é destinado a todo
Pequenino ou grandioso
Sem nenhuma exceção.

Deus amou tanto esse mundo
Que o Seu Filho nos deu
Para nos livrar da culpa
Dos pecados meus e seus.
Na escuridão se fez luz
Pois Jesus ao morrer na cruz
Nos mostrou quem era Deus.

Um Deus que sabe amar
De todo o Seu coração
Que coloca o amor em prática
Por meio do Seu perdão.
Sei que tudo isso basta
E diante de tanta Graça
Eu Jamais direi um não.

Diante de tudo isso
Sei que posso lhes dizer:
Não importa o que façamos
Ou deixemos de fazer
Deus nos ama eternamente
E conosco estará presente
Aconteça o que acontecer.

Inserida por jorgerdossantos7

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