Lirismo
Do lirismo ao realismo, das ilusões ao superficial da felicidade, profundas são as buscas pelas razões curiosas do destino.
Depois do vinho o profeta surge, as revelações de um conquistador emanam e o sagrado acontece.
Olho por olho, pele por pele, o encontro dos desejos com a nudez entram em sintonia e fazem os dois corpos levitar.
No deleite das emoções os sorrisos transbordam e seguem noite a dentro com essência pelas correntezas de uma alegre canção.
A brisa noturna convida
para o ato criativo da linguagem,
O lirismo me leva fácil
pela mão e me põe diante de ti,
Para a poesia só digo sim
porque carrego você em mim.
Estendo o meu lirismo
entre os galhos desnudados
da paisagem invernal...
Saboreio os versos
um a um
como gomos cítricos...
O olor potente da inspiração
penetra n'alma espreguiçada
E como o cheiro de tangerina
que refresca e entoa energia ...
Meu ser, fascinado,
inebria-se no néctar
de vocábulos iluminados ...
Então,
sem opor resistência,
entrego em total efervescência
a minha epiderme arrepiada,
como página revirginada,
à emoção de escrever
como espelho da minha essência...
✍©️ @MiriamDaCosta
Os dedos entrelaçados ao vazio da lembrança dele denunciava alguma tristeza agigantada por engenhosos artifícios da sua prodigiosa imaginação.
Pela janela do seu quarto fitou a lua e imaginou a sua rede franjada amarrada em duas estrelas.
Abraçou o travesseiro e mais uma vez olhou para o céu escuro todo cravejado de estrelas com ar de quem acabava de inaugurar um planeta novo.
Naquele dia, ela adormeceu soluçando com o olhar úmido nos olhos ausentes dele
O sentimento da raiva é como uma “fera verbal”, cujo controle de quem a sofre é mínimo, uma vez completamente entregue aos domínios do ser irracional. Só se pode fazer uma coisa: olhar nos olhos e se mostrar maior do que aquela diminuta mente que tampouco se vê, nem sabe o nome do que sente — apenas está lá, fria e veemente, intentando sobre si seu veneno insolente.
Distopia.
Desajeitado, andei, falei,
pensei.
O estranho é mais poético,
cada ato é verso,
já fui poesia.
Ambição de poeta é se tornar anônimo.
Ser, e só.
Improvável, o singular não cabe
no anonimato.
Para enquadrar-me,
travesti-me de multidão.
De poesia virei prosa, prosaico.
Descomprometi-me com a rima e seu desfecho,
conotação limitou-se a denotação,
o lirismo acabou com a chegada da distopia.
Matei o poeta, limitando-o.
E de mar, virei arroio.
Já fui verbo encarnado,
hoje sou texto inconcluso.
Minhas palavras são ecos. Uma voz narrando simultânea e desordenadamente sentimentos de uma alma, um coração. E essa voz amalgama-se com outras vozes com as quais se identifica.Essas palavras não são de/para alguém, elas são apenas minhas. Não adianta procurar nesse emaranhado de letras respostas que só existem dentro de cada um. Tentar decifrar o que eu escrevo é como procurar uma agulha num palheiro. E se você não tem certeza do que se tratam os meus discursos, nem tente. Pode cair em armadilhas, se envolver. Isso me faz parecer um pescador que jogou uma isca. Eu não sou. Eu sou o mar - o mar de palavras - cheio de metáforas, desejos, sonhos e tormentas.
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O fim ainda está muito longe. Temos a poesia, portanto, temos o caniço que não deixará que morramos em meio a toda a imundice desse mundo.
Lírica poesia
Musicando o meu pensamento
Em ritmo de doçura e alegria
Escorre pelas bordas da inspiração
O amor é sua magia
Essência que invade a afeição
E a alma acaricia
Fonte de fecunda imaginação
Nutrindo a alquimia
Da fantasia e da emoção
Compondo lírica poesia...
Ao coração
Ás vezes, anseio partir...
Eu queria poder viajar
para longe deste lugar (aqui),
onde os amores nos deixam
e os amigos se afastam...
ir para além das realidades
que am mim se encrostam,
como se fossem
criaturas minhas.
Como um doente terminal me agarro ao último suspiro poético que ainda pulsa nestas asas da invencionice piegas, mas cálidas de paixão vital pela transcendência lírica.
Escrever é sugar de volta o que verte minha essência. É bombear a tinta sacra que corre em minhas pecantes veias. Abster-se disto é um pecado lírico: perece a mente, apodrece a carne e depaupera o espírito.
Palavras alastrando-se pelo chão ...
a caneta convida o caderno … explosão
quando transborda a inspiração
eu nao sei estugar
o lirismo è o meu caminhar
a poesia é o meu pulsar
Mucurizeiro com orgulho
Sou das minas, das águas do Mucuri
Dos campos e das montanhas
Dos rios e das nascentes
Das pedras que formam
Num traçado exuberante
Do córrego da fumaça
Menino do Mucuri
Menestrel do lirismo
A boca que desperta turismo
De lampejos culturais
Das fontes luminosas
Que jorram suas águas aos ares
Da terra de eminentes juristas
Berço da liberdade que ecoa
Das tradições dos Otonis
De ideias republicanas
Do Rio Santo Antônio
E de todos os Santos
Das pedras preciosas
Que reluzem como águas marinhas
Sou de Topázio azul
Da praça TIRADENTES
Sou das minas
Do Vale do Mucuri
Sou da tradição
Da Filadélfia mineira
De Teófilo Otoni
Terra do Amor fraterno.
Com carinho, ela pisava devagarinho em cada degrau daquele encontro. À medida que se aproximava dele uma mistura de medo e alegria a tomava, como se todos os seus sentidos estivessem em uma orgia lírica.
