Lirismo
Os dedos entrelaçados ao vazio da lembrança dele denunciava alguma tristeza agigantada por engenhosos artifícios da sua prodigiosa imaginação.
Pela janela do seu quarto fitou a lua e imaginou a sua rede franjada amarrada em duas estrelas.
Abraçou o travesseiro e mais uma vez olhou para o céu escuro todo cravejado de estrelas com ar de quem acabava de inaugurar um planeta novo.
Naquele dia, ela adormeceu soluçando com o olhar úmido nos olhos ausentes dele
O sentimento da raiva é como uma “fera verbal”, cujo controle de quem a sofre é mínimo, uma vez completamente entregue aos domínios do ser irracional. Só se pode fazer uma coisa: olhar nos olhos e se mostrar maior do que aquela diminuta mente que tampouco se vê, nem sabe o nome do que sente — apenas está lá, fria e veemente, intentando sobre si seu veneno insolente.
Engolido pelo mar,
O sal gruda na pele,
O sal do mar,
As ondas e o vai e vem,
Sol escaldante,
Caravelas de madeira mofada,
Homens semimortos,
O mar é para os fortes,
Engolido pelo mar,
Sem chance de voltar,
A morte certa e o sol a escaldar,
Não há como voltar...
A tempestade a chegar!
Na tempestade caravelas a afundar...
Sendo engolidas pelo mar!
Cristiano Silva
Eu vivo...
Das noites mal dormidas com cheiro de mofo,
Das xicaras de café na solidão,
Das musicas depressivas na escuridão,
Dos meus céus cinzentos clareados por luz elétrica,
Da minha vida caótica nesses dias modernos,
Eu vivo...
Da sua imagem translucida na minha vida,
De seu sorriso no esquecimento,
Das minhas cervejas vagabundas na solidão,
Das poesias escritas de montão,
Dos meus domingos fracassados,
Das humilhações diárias...
Eu vivo...
Da tapioca queimada na frigideira,
Das moedas escassas nos meus bolsos,
Da falta de grana e da falta de um amor,
Da falta de maturidade,
Do excesso de bondade,
Da morte que é uma vontade...
Da minha literatura que é uma vantagem,
Do meu mundo que é uma viagem,
Dos meus amigos que são minha bagagem,
Das minhas filhas que são minha linhagem...
Eu vivo...
Do fracasso que é meu vicio,
Do amor falido que é meu combustível,
Das rejeições que são infalíveis,
Do não que tenho nos dias vividos,
Das garotas que passam direto,
Das oportunidades perdidas...
Da garota que perdi de bobeira...
Da minha vida que é uma asneira,
Do amor que é um eterno sem rumo correr...
Vivo para um dia sozinho morrer!
Cris Silva
Com carinho, ela pisava devagarinho em cada degrau daquele encontro. À medida que se aproximava dele uma mistura de medo e alegria a tomava, como se todos os seus sentidos estivessem em uma orgia lírica.
Os poetas
Os poetas, depois que nascem.
Vão vivendo e ganham idade.
Prorrogam a vida, nunca morrem!
Apenas se mudam para eternidade.
Alberto Duarte Bezerra
Amor sem par
No encanto desse olhar,
O seu sorriso me envolve
Com a paixão que paira forte
Almejando te encontrar,
Com a mesma fantasia
E com a mesma regalia
Que me faz sonhar!
E no renovo do seu sorriso
Reconstruo o lirismo
Desse doce amor sem par!
Palavras alastrando-se pelo chão ...
a caneta convida o caderno … explosão
quando transborda a inspiração
eu nao sei estugar
o lirismo è o meu caminhar
a poesia é o meu pulsar
Minhas palavras são ecos. Uma voz narrando simultânea e desordenadamente sentimentos de uma alma, um coração. E essa voz amalgama-se com outras vozes com as quais se identifica.Essas palavras não são de/para alguém, elas são apenas minhas. Não adianta procurar nesse emaranhado de letras respostas que só existem dentro de cada um. Tentar decifrar o que eu escrevo é como procurar uma agulha num palheiro. E se você não tem certeza do que se tratam os meus discursos, nem tente. Pode cair em armadilhas, se envolver. Isso me faz parecer um pescador que jogou uma isca. Eu não sou. Eu sou o mar - o mar de palavras - cheio de metáforas, desejos, sonhos e tormentas.
www.espectroderosa.blogspot.com.br/
O fim ainda está muito longe. Temos a poesia, portanto, temos o caniço que não deixará que morramos em meio a toda a imundice desse mundo.
Escrever é sugar de volta o que verte minha essência. É bombear a tinta sacra que corre em minhas pecantes veias. Abster-se disto é um pecado lírico: perece a mente, apodrece a carne e depaupera o espírito.
Como um doente terminal me agarro ao último suspiro poético que ainda pulsa nestas asas da invencionice piegas, mas cálidas de paixão vital pela transcendência lírica.
A minha maior inspiração vem do silêncio das madrugadas; a calmaria noturna me desperta para a explosão poética; ao menor sopro da realidade humanística me faz nascer do âmago a leveza do lirismo que suaviza os momentos de angústia e tormento.
Escuto um sútil som que vem das gotas escorrendo pelas louças na pia
Sinto o cheiro do feijão cozido e olho pro cuco de imbuia na parede
O chiareis que faz o som da bassoura ao percorrer o chão esfoliante da calçada lá fora me acende sofá a fora
Esse céu que se prepara pra dormir
Alaranjado e rosa
Nuvens cheiosas e colossais
Com muito esforço o sol ainda consegue pincelar alguma luz nelas
Me equilibro atentamente na quina do meio-fio enquanto olho pro céu que já coloca uma sombra aqui em baixo e força os postes a iluminarem as ruas com leves rajadas de luz âmbar
Podia estar chuvoso
Talvez seria melhor ainda
Mas com a certeza que é de baixo desse céu que quero estar
RAIZES DA LIBERDADE
Que bela minha Teófilo Otoni...!!!
Raízes da liberdade
Berço dos movimentos republicanos
Minha eterna Filadélfia
Da rua Direita ao meu Jardim Iracema
Minha encantadora Bela Vista
Tiradentes dos meus sonhos
Tu és a princesa do Mucuri
És cores do firmamento
Saudades eternas do meu Surumaia
Do Topázio que me fez gente
Do São Jerônimo que me deu de presente a estrela Elisabeth
Que incandesce e solta
estilhaços de eterna beleza
Do córrego da fumaça que me
Deu Julia de encantos
Benedito Otoni que Serro nos presenteou
Rasgo meu coração para jorrar
O sangue do amor fraterno
Que corre na veia a verdadeira
Fonte de sentimentos de guerreiro
Teófilo Otoni minha eterna gratidão
Néctar que me impulsiona
Mantém vivas as minhas quimeras
Das muralhas do meu Mucuri
Para as vicissitudes deste mundo cruel e insano...
Pensei e sonhei no lirismo que contagia
Nasceu o poeta do Vale...
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