Liberdade para Thomas Hobbes
A liberdade é tão valiosa que muitos de nós não se consideram capazes de adquiri-la e optam pela semi prisão que é mais acessível
Maturar é conquistar a liberdade de poder agir conforme a demanda dos acontecimentos à volta sem o compromisso de acertar ou agradar por conveniência. É movimentar-se com autenticidade. É não precisar dar muita explicação.
Maturar é não ter medo de ser quem somos e conseguir viver sem culpas. É escolher fazer ou não fazer, e tudo bem com a consciência.
É poder colocar o fone nos ouvidos para ouvir música quando alguém quer te ofertar um sermão. Ou optar por ouvir o sermão ouvindo música, por piedade do sem noção.
É não ter que prestar contas do direito de ser livre, na vida e na intimidade.
É, enfim, ser um indivíduo na plenitude do seu âmago. Contudo, ser um eterno prisioneiro da verdade e não abrir mão da cumplicidade nas relações, enquanto elas durarem.
Maturar é agir, seja com rigor da razão ou com a leveza do amor, mas tendo sempre paz no coração, e a certeza de estar doando o melhor de nós.
O autoconhecimento é a chave que abre as portas da liberdade. Quando entendemos quem realmente somos, as limitações começam a desaparecer e nos tornamos criadores conscientes da nossa realidade.
A Liberdade é um direito legítimo, condicionado pelo livre arbítrio, num mundo gerido pela justiça Humana!
Liberdade não é só se libertar das prisões, mas, especialmente, ter o poder de decidir não voltar nunca mais para elas.
Poucas pessoas nasceram com dom para administrar a sua liberdade, por esta razão uma parcela enorme dos humanos são capturados pelas prisões sociais, materiais, familiares, sexuais, profissionais e afetivas. Em todos os segmentos há cárcere, e alguns de nós sobrevivem confortavelmente em todos, ou na maioria deles.
As borboletas são exemplo para poucos, uma vez que emocionalmente pode ser conveniente permanecer nas cavernas do próprio interior, levando em conta que, quanto indivíduos latentes, nos assemelhamos mais às características de um urso.
A liberdade precisa de paz, uma paz que nos permita superar tudo que tem potencial para aprisionar a nossa mente no medo, na culpa, na necessidade de sermos perfeitos em tudo e na ansiedade de agradar sempre. Uma paz que não nos frustra no caso de não atendemos alguma expectativa, que não nos fragilize diante de uma conquista não alcançada, que não nos desanime frente aos desafios quase impossíveis de serem enfrentados e que nos permita a sabedoria de reconhecermos o melhor no outro para nos servir de referência na relação inevitável, ou desejada.
A liberdade precisa da paz que está num cantinho de nós e que, a qualquer preço, sob qualquer incidente, nos mantém livres do medo de prosseguirmos com amor e dedicação à tudo que faz bem a nossa alma.
Transforme-se! O processo da liberdade quanto elevação começa por dentro quando ainda estamos presos
O individuo cuja alma tenha vivido um longo período de aprisionamento deve vigiar sua liberdade, pois a mesma tende induzi-lo a recuperar o tempo perdido num espaço de tempo curto demais, e sem que ele perceba acaba por cair numa nova prisão.
Na ditadura, uma minoria calou a maioria. Quem ousou falar pagou com a vida ou com a liberdade. Na democracia é a maioria que tenta calar a minoria, e quem ousa falar recebe a discriminação e o repúdio. Tudo isto porque as palavras na voz "certa" ou , para uns, na voz "errada" pode se transformar na vergonha, na culpa e na inércia do subconsciente coletivo.
Quem viveu a ditadura conhece exatamente a importância da LIBERDADE
Quem só conhece a democracia desconhece significativamente a importância do LIMITE
Alcançar um patamar de liberdade interior que nos permita ser livres para sermos livre é uma das maiores conquistas do homem.
Encarar a insegurança pode ser assustador, mas dar esse passo pode nos levar a uma liberdade que jamais imaginamos.
Ser normal e ser real é ter a consciência, e a liberdade, de estar numa vida pintada tanto com as mais variadas cores quanto de preto e não se deixar deprimir nem se lamentar por isso. É não odiar o preto, o cinza e o marrom que se farão necessários em alguns longos dias ou em eventuais momentos do caminhar. É ter sempre em mente que o sol, por necessidade, não aparece todos os dias, que o arco-íris eventualmente se apresenta, porém sempre depois da chuva, mas acima de tudo é não esquecer que a noite, inevitável e ininterruptamente, bate seu ponto para nos lembrar que apesar dela o dia existe e que ela, apesar de escura também pode chegar iluminada, acompanhada das estrelas e sob a vigília da lua, e que este ilustre luzir só não surtirá efeitos mais vibrantes sobre a terra, porque o homem precisou, devido ao concreto, exagerar na luz artificial.
Ser normal e ser real é entender que a luz e a sombra são os recursos ofertados pelo universo para servirem de referência para a vida nas suas mais diversas formas de brilho.
Saibamos dormir bem, acordar bem, viver bem, colorir bem o branco da vida e deixar cintilar o breu tão necessário para a nossa existência.