Laura Amorim
“Se um dia eu pudesse escolher como morrer
Esperaria que fosse
Sacrificando-me pelo que amo.
Por quem amo.
Pelas divisões da minha alma
Pelos pedaços do meu coração.”
É perigoso ser sentimental, e eu o entendia, porque sempre fui assim. Nós, sentimentais, fazemos qualquer coisa por amor.
Como pode olhar-me e continuar viva? Toda vez que a olho morro um pouco.
Morro de amor
Morro de vontade de tirar um pedaço dela tanto quanto ela me tira.
Sou abismo, sou humano, sou errado.
Tenho tendência a ser muitas coisas
nenhuma delas agrada-me.
Só sei ser eu quando sou sofrido
quando estou machucado.
Só sei ser eu, quando deito e choro.
Só me encontro na decadência do meu eu humano.
Tudo que é escrito é lembrado, tudo que é escrito permanece.
Como esquecer-me de uma dor eternizada em papel e tinta?
A lembrança é o preço do perdão. Se deseja perdoar, tem que estar disposto a lembrar e lutar para que não doa, para que não machuque ou decepcione com cada memória. É custoso perdoar. Perdoar é só para quem ama.
Descobri, tardiamente, que as palavras apesar de poderem ser perversas, entretanto, também conseguiam ser incríveis e esperançosas.