Ler ou Reler Eis a questão
Se você procura uma leitura prazenteira, leve e serena, que faça o tempo passar ligeiro, e despercebido como uma brisa suave de fim de tarde, recomendo qualquer outro autor mais comedido, ameno e formoso. Eu não escrevo para leitores delimitados pelas letras, nem para olhos subordinados às palavras. Aos sem imaginação – que enxergam somente aquilo que as vistas revelam – creio que cartões postais, fotografias e revistas coloridas, valerão muito mais do que a minha busca visceral para tentar suscitar em palavras tudo àquilo que verdadeiramente sinto.
Todo mundo sabe o que você pensa quando olha de canto ou quando entorta a sobrancelha, mas ninguém sabe o que passa pela sua cabeça quando sua aparência é neutra e você pula de um lado para o outro desapercebido, a neutralidade te torna invisível, ninguém nota, ninguém repara. Apenas você sabe o que está acontecendo entre a realidade continua e a anormalidade repentina, que vaga pelo seu consciente delirado e parado, tentando raciocinar se a pessoa que te encara desconfiada, consegue ler sua mente.
Pergunto-me: Será esse o futuro que ninguém mais lê? No mínimo, um Monteiro Lobato? Uma poesia de Pessoa? As cartas de hoje viraram e-mails frios sem conteúdo, sem o ritual de uma caneta, um envelope, um selo?
Palavras escritas são formadas pelo Universo infinito que há dentro de cada ser, como forma de se expressar. Quando se ler, você aprende a interpretar a vida, a vida que você não viveu, mas que pôde sentir.
Se a vida e como uma roda gigante, hoje você ta em cima, amanhã ta em baixo mais você e quem faz o caminho, vai ficar com medo ou vai seguir sorrindo?
No Meio do Livro
(Parodiando Carlos Drummond de Andrade)
No meio do livro tinha um poema
Tinha um poema no meio do livro
Tinha um poema
No meio do livro tinha um poema
Nunca me esquecerei desse alumbramento
que impactou, deveras, a minha vida
Nunca me esquecerei que no meio do livro
Tinha um poema
Tinha um poema no meio do livro
No meio do livro tinha um poema.
"Faça perguntas enquanto lê-perguntas às quais você mesmo deve tentar responder ao longo da leitura. Quaisquer perguntas? Não. A arte de ler em qualquer nível acima do elementar consiste no hábito de fazer as perguntas certas na ordem certa. Há quatro perguntas centrais que você deve fazer a respeito de qualquer livro.
1. O LIVRO FALA SOBRE o QUÊ? Você deve tentar descobrir o tema central do livro, bem como a maneira pela qual o autor desenvolve esse tema, por meio da organização e da subdivisão dos temas e tópicos essenciais.
2. O QUE EXATAMENTE ESTÁ SENDO DITO, E COMO? Você deve tentar descobrir as ideias, afirmações e argumentos principais que constituem a mensagem particular do autor.
3. O LIVRO É VERDADEIRO, EM TODO OU EM PARTE? Você SÓ conseguirá responder a essa pergunta se já tiver respondido às duas anteriores. Você precisa saber o que está sendo dito antes de decidir se é verdadeiro ou falso. Quando você entende um livro, fica obrigado, caso esteja lendo com seriedade, a formar um juízo sobre ele. Conhecer a mente do autor não é o suficiente.
4. E DAÍ? Se o livro lhe forneceu informações novas, você deve pesar a importâncias delas. Por que o autor acha que sua própria mensagem é importante? Ela é importante para você? No entanto, se o livro não apenas lhe forneceu informações, mas o esclareceu em determinados quesitos, então é necessário investigar e buscar mais, isto é, buscar quais implicações forçosamente se seguem."
Trecho do livro "Como Ler Livros" de Mortimer J. Adler e Charles Van Doren
Leitura é um gosto. Música também, cinema também.
A cultura tem várias ramificações e nenhuma delas é mais culta que a outra.
Sinto que, hoje em dia, "gostar de ler" está se tornando mais uma forma de auto-destaque do que um gosto pessoal.
Ler vários livros no mês não te torna especial, talvez até contribua para uma construção madura da sua personalidade, mas é algo relativo, depende do que você lê e como aplica a sua vida, o mesmo acontece com qualquer tipo de arte que você absorva.
Se gosta de ler, leia. Só respeite o fato que nem todo mundo vai gostar do mesmo que você. Existem pessoas nunca de leram nenhum livro, e possuem mais histórias para contar do que uma biblioteca inteira.
Sempre que viro a noite tenho consciência do bombardeio de broncas sobre o meu horário desregulado que virão mais tarde. Mas, tem alguma coisa entre a madrugada e eu. É nela que eu funciono e é submersa nela que não sinto medo. Eu não aprendi a não ter medo do escuro; eu simplesmente não o temo, é nato.
Sem contar o Sol, que eu vejo brotar toda vez, gosto dessa transição. Estou propícia a funcionar, a pensar, a escrever e desenhar. Acho que é na madrugada que eu realmente me encontro, me conheço e,quando os outros da casa acordam, me despeço.
Ebook? Não!
Prefiro cheiro novo de folhas límpidas,
Prefiro cheiro velho de folhas amareladas.
Novinho lacrado, velhinho amassado
Com páginas recicláveis ou comido por traças.
Aquece como um velho edredom remendado
Conforta como um velho suéter bordado
Querido como o velho jeans rasgado
Amável como uma velha camisa desbotada
Suave como o cheiro de café na caneca ao lado
Na fila, no ônibus, na varanda, na cama... O livro... Oh, livro!
Hoje eu quero mesmo existir.
Quero viver e não... só existir
Ficar assim como estou, de molho na cama,
Ter um dia suave, calmo, ler o meu livro.
Para tentar amenizar a ignorância do ser humano..
ao qual eu pertenço....
tomar um bom banho quente..
e ficar debaixo dos edredons,
ficar em paz,
não me preocupar, com nada
Desligar o telefone...o computador..
Por hoje é suficiente para mim.
Tirei um dia para fazer uma faxina interna..!!
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