Ja Chorei de tanto Rir
Nossa manhã.
Sua visita é bem vinda
aqui na nossa região
a seca maltrata ainda
mas já com moderação
e quando a noite se finda
a manhã nasce mais linda
nas cidades do sertão.
Você já reparou que na dificuldade o ser humano procura sempre fazer algo melhor para facilitar a nossa vida.
Coisas simples, uma xícara, uma colher, um prato etc..., até os mais complicados inventos.
Todos foram feitos devido alguma dificuldade que apareceu..
E assim somos, nunca para de evoluir.
Não se desespere, mantenha a cabeça erguida com o olhar sempre para a frente.
Não se deixe abater pois você é forte e vai achar a melhor maneira para sempre estar bem.
Confie em você!
Você pode!
Tenha um ótimo dia!
Acho que nosso amor está no dia a dia.
Te vejo e já me animo mais
Te escrevo para que sinta amada
E para saber que nosso amor está nos detalhes imperceptíveis da vida
O amor está na mão dada ao dirigir
No olhar
No bom dia de manhã
Na igreja ao chegar
Nas broncas que me dar
E nas que leva também
O amor sempre vai estar
Na minha meta de casar
Ter um filho
E montar contigo um lar
O amor prevalecerá nas brigas
Nas noites mal dormidas
Nos dias ruins
E sobretudo nos dias de alegria
Te amo menina
Mais que ontem
Muito menos que amanhã
Sou seu homem, namorado
E ainda fã
~Então você está jogado em um banco de praça achando que o romantismo já não existe mas e de repente chega uma garota(o) estranho e te mostra o contrário...
TROVA - 151
Um desalento atordoa
A alma amarga e sentida
De quem gosta da pessoa
Que já é comprometida!...
Triste Partida
Meu Deus, meu Deus. . .
Setembro passou
Outubro e Novembro
Já tamo em Dezembro
Meu Deus, que é de nós,
Meu Deus, meu Deus
Assim fala o pobre
Do seco Nordeste
Com medo da peste
Da fome feroz
Ai, ai, ai, ai
A treze do mês
Ele fez experiência
Perdeu sua crença
Nas pedras de sal,
Meu Deus, meu Deus
Mas noutra esperança
Com gosto se agarra
Pensando na barra
Do alegre Natal
Ai, ai, ai, ai
Rompeu-se o Natal
Porém barra não veio
O sol bem vermeio
Nasceu muito além
Meu Deus, meu Deus
Na copa da mata
Buzina a cigarra
Ninguém vê a barra
Pois a barra não tem
Ai, ai, ai, ai
Sem chuva na terra
Descamba Janeiro,
Depois fevereiro
E o mesmo verão
Meu Deus, meu Deus
Entonce o nortista
Pensando consigo
Diz: "isso é castigo
não chove mais não"
Ai, ai, ai, ai
Apela pra Março
Que é o mês preferido
Do santo querido
Senhor São José
Meu Deus, meu Deus
Mas nada de chuva
Tá tudo sem jeito
Lhe foge do peito
O resto da fé
Ai, ai, ai, ai
Agora pensando
Ele segue outra tria
Chamando a famia
Começa a dizer
Meu Deus, meu Deus
Eu vendo meu burro
Meu jegue e o cavalo
Nós vamos a São Paulo
Viver ou morrer
Ai, ai, ai, ai
Nós vamos a São Paulo
Que a coisa tá feia
Por terras alheia
Nós vamos vagar
Meu Deus, meu Deus
Se o nosso destino
Não for tão mesquinho
Cá e pro mesmo cantinho
Nós torna a voltar
Ai, ai, ai, ai
E vende seu burro
Jumento e o cavalo
Inté mesmo o galo
Venderam também
Meu Deus, meu Deus
Pois logo aparece
Feliz fazendeiro
Por pouco dinheiro
Lhe compra o que tem
Ai, ai, ai, ai
Em um caminhão
Ele joga a famia
Chegou o triste dia
Já vai viajar
Meu Deus, meu Deus
A seca terrível
Que tudo devora
Lhe bota pra fora
Da terra natá
Ai, ai, ai, ai
O carro já corre
No topo da serra
Oiando pra terra
Seu berço, seu lar
Meu Deus, meu Deus
Aquele nortista
Partido de pena
De longe acena
Adeus meu lugar
Ai, ai, ai, ai
No dia seguinte
Já tudo enfadado
E o carro embalado
Veloz a correr
Meu Deus, meu Deus
Tão triste, coitado
Falando saudoso
Seu filho choroso
Exclama a dizer
Ai, ai, ai, ai
De pena e saudade
Papai sei que morro
Meu pobre cachorro
Quem dá de comer?
Meu Deus, meu Deus
Já outro pergunta
Mãezinha, e meu gato?
Com fome, sem trato
Mimi vai morrer
Ai, ai, ai, ai
E a linda pequena
Tremendo de medo
"Mamãe, meus brinquedo
Meu pé de fulô?"
Meu Deus, meu Deus
Meu pé de roseira
Coitado, ele seca
E minha boneca
Também lá ficou
Ai, ai, ai, ai
E assim vão deixando
Com choro e gemido
Do berço querido
Céu lindo azul
Meu Deus, meu Deus
O pai, pesaroso
Nos filho pensando
E o carro rodando
Na estrada do Sul
Ai, ai, ai, ai
Chegaram em São Paulo
Sem cobre quebrado
E o pobre acanhado
Procura um patrão
Meu Deus, meu Deus
Só vê cara estranha
De estranha gente
Tudo é diferente
Do caro torrão
Ai, ai, ai, ai
Trabaia dois ano,
Três ano e mais ano
E sempre nos prano
De um dia vortar
Meu Deus, meu Deus
Mas nunca ele pode
Só vive devendo
E assim vai sofrendo
É sofrer sem parar
Ai, ai, ai, ai
Se arguma notícia
Das banda do norte
Tem ele por sorte
O gosto de ouvir
Meu Deus, meu Deus
Lhe bate no peito
Saudade lhe molho
E as água nos óio
Começa a cair
Ai, ai, ai, ai
Do mundo afastado
Ali vive preso
Sofrendo desprezo
Devendo ao patrão
Meu Deus, meu Deus
O tempo rolando
Vai dia e vem dia
E aquela famia
Não vorta mais não
Ai, ai, ai, ai
Distante da terra
Tão seca mas boa
Exposto à garoa
À lama e o paú
Meu Deus, meu Deus
Faz pena o nortista
Tão forte, tão bravo
Viver como escravo
No Norte e no Sul
Ai, ai, ai, ai
Já tive alcunha de Canela
Esse epiteto poético me fazia roer as unhas
Tamanha era minha insatisfação
Mentira, ligava não era só um modo de ligação
O apelido mais humano, dado pelo falecido mano...
Não por minha cor castanha avelã
Mas pelas canelas finas de menina
Que pareciam canelinhas de rã...
Hoje não mais...
O tempo passou e me revelou
Remodelou minhas pernas e coxas
Já faz tanto tempo isso, poxa...
Têm lembranças que são eternas
Sempre que vejo meus membros inferiores
Me lembro que são locomotores
Sorrio louco motor é o pensamento disperso
Me agracejo pelo avesso e me viro para o lado de dentro
As almas mudam suas instâncias e estatutos
Reverso o tempo ás vezes é justo
Nos concede indulto de boas lembranças
Já tive alcunha de Canela
Esse epiteto poético me fazia roer as unhas
Tamanha era minha insatisfação
Mentira, ligava não era só um modo de ligação
O apelido mais humano, dado pelo falecido mano...
Não por minha cor castanha avelã
Mas pelas canelas finas de menina
Que pareciam canelinhas de rã...
Hoje não mais...
O tempo passou e me revelou
Remodelou minhas pernas e coxas
Já faz tanto tempo isso, poxa...
Têm lembranças que são eternas
Sempre que vejo meus membros inferiores
Me lembro que são locomotores
Sorrio louco motor é o pensamento disperso
Me agracejo pelo avesso e me viro para o lado de dentro
As almas mudam suas instâncias e estatutos
Reverso o tempo ás vezes é justo
Nos concede indulto de boas lembranças
Quando esperamos por algo por um longo tempo e o esperado nos chega de repente, podemos já não saber o que fazer, pois o tempo pode mudar os nossos planos.
_RAINHA GINGA_
Rainha Ginga, diz-me :
porque já não és a mesma ?!
Nem o Prédio 152 é o mesmo...
Nem o 3º andar é o mesmo, nem mesmo o pátio, nem o terraço da embaixada...
Rainha Ginga, diz-me :
O que foi que nos aconteceu ?!
Olho para ti, eu na janela, sinto que estás cansada, estafada, estás desalmada, as noites têm sido frias, e tu continuas só, solitária tu és...
Rainha Ginga, diz-me :
Por onde anda aquele sorriso que iluminava os nossos dias ?
O 152 está cada vez mais vazio, por mais gente que chegue, as escadas estão alagadas, as paredes esburacadas, suas remotas escrituras, remotos também estão os seus mainéis;
Rainha Ginga, diz-me ?!
Porque já não és a mesma '!
Os passos sobre ti, hoje são tão silenciosos, que nem notas a minha presença...
O que foi que aconteceu ?
Tua voz já não transparece aquela euforia, aquela alegria da minha infância, tuas palavras são melancólicas e frias caídas no abismo da solidão;
Oh Rainha ! diz-me :
O que foi que aconteceu ?!
O que foi que nos aconteceu ?!
O que foi que aconteceu ?!
O que foi que nos aconteceu ?!
Porque não respondes ?
Minha Rainha ! Oh Ginga !
Oh Ginga ! Minha Rainha
Diz-me : Será que esqueceste de tudo o que vivemos ?!
Lembras de quando eu era pequeno e só tinha bola na cabeça e quando eu tinha de ir à "lojinha" e ia com a bola colada aos pés e às vezes deixava cair o dinheiro ou quando eu esquecia-me do que tinha de comprar... ainda lembras disso ?
Oh Ginga ! Minha Rainha !
O que foi que nos aconteceu, porque é que já não falas comigo ?!
Eu continuo aqui, porque é que não respondes ?!
Minha Rainha ! Oh Ginga
Lembras quando nós no 152 partimos os vidros com a bola no rés do chão ?!
Ou do balão de água, lançado do 5º e rachou o vidro do carro ? lembras ? Rainha ! Minha Rainha ! Oh Ginga ! Ginga ! Rainha !
Rainha Ginga, diz-me :
Porque é que já não és a mesma ?
Nem mesmo o 152 é o mesmo, nem mesmo o 3º andar, nem o mesmo 5º andar, nem mesmo o pátio, nem o terraço da embaixada é o mesmo...
Rainha Ginga, diz-me :
O que foi que nos aconteceu ?!
Rainha Ginga, diz-me :
Porque já não és a mesma ?!
Se hoje eu sou o seu passado, respeite o meu o meu presente, porque um dia eu já te fiz sorrir nem que seja de alegria!
Boa Noite
A sua decisão interior já é manifesta por todas as nações; portanto se há uma única decisão que vem adiando, não será um final para sua conduta, se adiar por mais, considere um fim para um começo significativo, tome-á agora mesmo e siga adiante.
Têm amores que duram tão pouco, como se já nascessem com prazo de validade, só pra deixar aquele gostinho bom na vida da gente. São efêmeros mas com tamanha intensidade que nenhum outro sentimento é capaz de equiparar.
os dia se passam minha mente tudo faz uma questão já sei o que vai fazer, então morre,
nessa cidade de controversas,
desdenho emoções que se perdem em meus pensamentos, a tais sentidos pensa que ser humano não devia ser tão metódico...
Palhaçada mesmo... Prometer e não cumprir, é melhor calar. Já que são todos impotentes diante das corjas, o melhor é cochilar.
Acaso
Já que o acaso ocasiona
Que o destino extravasa
Que o tempo não estaciona
Vamos acender as estrelas
Uma a uma e deixá-las em brasa
Um brinco sempre procura uma orelha
Uma ovelha negra faz a revolução
Mas a semente que o Uno une em conspiração
Só depende da estação apropriada para a floração
Para cada par de orelhas
Há una ovelha!
