Ja Chorei de tanto Rir
Poderia te mandar ir para o inferno, mas não vou perdeu meu precioso tempo, pois vc já está nele...
Noites de brinde
Está noite estou sendo operado por um insônia de quem já está roncando alto em outra cama,
no mínimo exagerei nas expectativas, também foram tantos dias bons, até os domingos de sol sentem saudades,
a minha vontade de largar o meu cérebro por ai é imensa, assim eu poderia ser chamado de a mula sem cabeça,
as vezes eu penso que o amor cabe nos instantes e depois vaga em vão esperando o próximo aperto até o balão estourar e continuar esse ciclo vicioso,
ter quem amar por perto eu descobri na marra que é um presente luxuoso e nos permite noites bem dormidas de brinde.
Eu já estou morto.
Ao escrever este poema, sou apenas um cadáver que teima em segurar a caneta.
Não sei o dia, nem a hora de quando eu morri —
talvez na juventude, talvez no primeiro verso, talvez no primeiro amor que não me amou.
E é isso.
Estou morto, e não há mais volta.
Ninguém chorou.
Não houve velório, nem lamentos, nem lápide com meu nome.
Morri e continuei vivo, preso ao corpo como se ele fosse meu.
Sem céu, nem inferno.
Após a morte, só há o hábito de existir,
onde meu cadáver se senta a escrever
como quem cava a própria cova
com uma colher de chá.
Continuei a fazer as coisas de quem vive:
amar sem saber o que é amor, crer sem fé, desejar sem saber por quê.
Morto, mas não suficientemente;
vivo, mas não inteiramente.
Sem saber se invento a vida ou se ela me inventa.
Morri sem testemunhas.
Nenhum mau cheiro, nenhum adeus, nenhum vestígio.
E o pior: nem eu mesmo percebi.
O Mendigo de Si
Tenho um teto — eis a concha,
mas o caracol já partiu.
Quatro paredes me cercam,
mas nenhuma me contém.
Tenho uma cama — é porto,
mas o barco não chega a si.
Meus lençóis envolvem o corpo,
mas a alma foge em segredo.
Tenho amigos — bons, presentes —,
e, ainda assim,
minha solidão fala mais alto
que todas as vozes ao redor.
Tenho família — carinhosa, constante —,
mas algo em mim duvida
do amor que recebo.
Talvez por nunca me sentir digno.
Tenho fé — rezo, creio, suplico —,
mas a esperança é fruto
que apodrece na mesa posta.
Acredito em Deus,
mas duvido de mim.
Não me falta coisa alguma.
Falta-me o ser que as coisas têm.
Até o pão que como
tem o gosto de outro pão —
um que ninguém me dá.
Pergunto-me, sem resposta:
se tudo em mim é empréstimo,
quem sou eu quando não peço?
Sou um mendigo de mim,
perdido no que me sobra.
E, se um dia me acharem,
que me devolvam a alma.
Ah, não é ingratidão,
nem demência, nem soberba.
É possuir tudo —
e, no fundo do peito, descobrir
que nada se tem.
Não me falta o pão,
nem o teto, nem o abraço.
Falta-me o gosto de existir.
Tudo me sobra —
e, mesmo assim, falta-me o nome
do que perdi antes de possuir.
Talvez não exista esse “eu”
que espero reencontrar
como quem acha as chaves
no bolso de um casaco antigo.
Liberdade já foi rua! Já foi brincar na chuva... Mergulhar de cabeça nas poças d'água que o céu derramava - grandes piscinas naturais higienizadas com o lamaçal que coloria o chão - como um tapete decorativo!
E o palco da vida estava pronto para receber a meninada - os astros semeadores de sonhos - os protagonistas de um sublime espetáculo!
A vida é formada pelas consequências das nossas escolhas e atitudes. Já a morte, bem, a morte é a consequência de se estar vivo
"Decomposição"
Em decomposição afetiva ao amor estou.
A espera de receber uma trégua.
Já desisti de sentir o calor
pois a mim ela nega.
Por um pingo não desisto de ter valor.
Essa dor consumiu todo meu coração.
Aperto minhas mãos e fecho meus olhos
e descubro a lógica nessa frustração.
Não sonho e sei que eram todos óbvios.
Vou mentir a mim que não tive fim.
Vou dizer a ti que me esforcei até o fim.
Agora choro pela manhã atrás de uma mente sã.
Resguardo cada olhar que me foi dado
sufoco ao lembrar de cada abraço.
Adeus, coração insalubre.
Olá mentalidade morta que bate a porta
Da indisposição da cova,
que não está nova.
Foi preparada por mim a muito tempo.
Só me enrolando fui para não cair lá dentro.
Esperei o momento que só sinto o vento
atravessar o vazio de um lugar
que já foi o meu sustento.
"Coincidência"
tua paz é o que eu preciso todo o dia
bah, meu coração já diz que você é parte da minha vida
talvez em uma melodia ou algumas rimas eu nem consiga dizer tudo o que realmente queria
pois de fato o nosso afeto foi ligado por mais que um sentimento e agora já nos prende a todo momento dizendo que talvez o amor não tenha tanto sofrimento e que a paixão vai se tornar um passatempo.
Se eu falo o que penso
cada palavra ressoa poesia
ou se eu lembro do que desejo
a insaciável vontade do seu beijo me aquece o corpo inteiro
a mulher que com um sorriso me destrói por completo
com uma palavra me deixa vermelho
e com um segundo me faz viajar pelo mundo que eu crio sonhando com um futuro
Com a vontade de ser preso pela mão, anexado com razão em seu coração e passar toda noite no êxtase de emoção
ameno revelo que Deus não apostou em curvas magníficas para deixá-la com roupas a minha vista
e que seu lábio distante do meu simplesmente me deixa sem palavras
pois com os olhos resguardo esperanças
de tê-la em minha cama
e dividir a maior de todas as tramas
a paixão de percepção
sem regras
somente, emoção
sem necessariamente uma conclusão
talvez,
tudo o que pensamos não tenha razão
além de vantagens
sentir o vazio imenso do meu mundo
vai ser a melhor viagem que terás
ao lado do ser mais incapaz
de falar sem vontade de sussurrar
que é impossível não apreciar
a beleza e com certeza
a gentileza e a paz
que você me trás em cada coincidência
e mesmo tentando ser sagaz
me perdi em sua insistência
de ser a pessoa que me faz ter certeza
que eu quero perder a cabeça
Pessoas ?
Não as reconheço mais !!!
Já não fazem mais parte de min, se quer consigo entender.
É sempre assim.... Um dilema te perder.
Oi, filhotinhos. Acabei de conhecer você, mas já te adoro. E você, você também, e você. E você. Espere. Falei que te adoro? Eu não sei, então vou falar de novo. Eu te adoro.
Se nós fossemos filantrópicos a ponto ao qual a filantropia de Deus, decerto que já estaríamos pelo menos na Trigésimo Guerra Mundial.
Se você tiver a capacidade de fazer uma única pessoa sorrir,você já estará contribuindo para mudar o mundo.
E ela partiu mesmo!
Foi assim tão de repente,
quando me dei conta já estava ausente.
Quedei mudo, carente, sem ação.
Inerte fiquei na Estação de Trem
vendo ao longe os vagões
sumirem no horizonte.
Um pássaro ao meu lado pousou
No meu ouvido sussurrou
"Bem te vi, bem te avisei,
você aprontou,
agora, nem eu nem ti".
Cabisbaixo, concordei,
naquele dia eu vacilei
Pela luxúria me entreguei
em alcovas com outras me deitei
aos prazeres me deleitei.
Confesso que gostei,
me esbaldei, esbanjei.
E agora?
Um Beija-flor veio e cochichou:
"Agora, aguenta coração!"
(Juares de Marcos Jardim - Santo André / São Paulo - SP)
Direitos Reservados
Eu prefiro não alimentar memórias que me trazem dor. A vida já é sofrida o suficiente para que fiquemos alimentando feridas que insistem em não cicatrizar.
O sol indica que e momento de despertar e de ação, já a lua simboliza o desacelerar, o repousar e a dádiva de ter experienciado mais um dia na terra.
meu coração é meigo, doce e sem jeito daqueles que se apega já no primeiro beijo e se da errado sofre, grita e espernea como se tivesse uma história de uma vida inteira, no entanto só foi um momento sem comprometimento fugaz como o vento Isso é o que dar ser tão intenso!
Comecei a me perguntar: lá no fundo, o que é que eu quero? Nem sei direito, já que todos dizem como viver minha vida.
