Ipê

Cerca de 345 frases e pensamentos: Ipê

⁠Uma milha a pé caminhou,
Pelo bosque sacro andou,
Uma árvore de Ipê avistou,
Cruzando a praça e a venda.

Inserida por michelfm

⁠ AFORA

Passaste como a flor do ipê fugaz
que se desprende na sua aurora
do desvelo só tiveste àquela hora
em que do afeto o emotivo traz

Ter-te e perder-te! sensação voraz
que inunda o peito, e a dor piora
sem ver-te, o poetar por ti chora
em tristes versos, saudade tenaz

Demorou essa presença em mim
minha alma ainda adora, e flora
emoção num sentimento marfim

Neste querer, o querer é outrora
se sonhei contigo, calou o clarim
dessa estória, o amor vai afora!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Setembro de 2020, 02 – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

Meu ipê

Em êxtase de cores prenunciam os ipês a primavera.
Caem folhas,
eclodem as flores
e a cidade se pinta em mil tons.
Meu coração é um pé de ipê.
Ele flori ao primeiro vestígio primaveril,
flores de amor, de amor novo,
daqueles sentidos sem consumação.
Um ipê florescido degela a frieza de qualquer rigoroso inverno.
E meu coração-ipê não cabe em mim,
ele avistou a incidência de um sol que me abraça
no célere equinócio do teu dia,
átimo exato da minha noite.

Inserida por warleywaf

Hoje o Ipê amarelo da rua do fórum floresceu, espalhando flores para todos os lados, e isso renovou minha alma e a encheu de esperança e da renovação que só a primavera é capaz de trazer. Quis chamar todos do gabinete para olharem, mas eles iam dizer que eu era louca de parar de fazer minhas decisões e olhar para uma árvore florida. Na certa iriam me xingar dizendo para eu me focar no que era importante. Mas será que estariam certos ? Quer dizer, nós trabalhamos todos os dias, corremos de um lado para o outro, estudamos, vivemos em uma rotina caótica e acabamos nos esquecendo de olhar as coisas bonitas da vida. O que eu quero dizer é que nos enferrujamos, não vemos a beleza com os olhos limpos de uma criança, mas com os olhos nublados de um adulto, confundindo flores que caem na rua com sujeira, o café que nos causa úlcera com um incentivo para o trabalho, o monóxido de carbono emitido pelos carros com desenvolvimento. Estamos muito errados em relação à nossos conceitos, e então talvez devêssemos começar as mudanças olhando para um ipê florido, ouvindo o canto dos pássaros e analisando a beleza da natureza, pois afinal, o trabalho estará lá amanhã , mas a primavera estará?

Inserida por audreyponganborteze

Se eu não puder ser um jequitibá,um cedro,ou um ipê... frondoso e florido,numa posição em que todos me contemplem,ficarei feliz do mesmo jeito,sendo uma plantinha frágil num tenebroso vale.Porque tenho comigo a convicção de que não serei menos valorizado.

28.04.13

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Às vezes não é amor.
É só um pé de Ipê que,
pra não ficar sem folha,
transforma-se em flor.

Inserida por abraatiko

Ainda não sei
qual a cor do meu ipê.
Mas não importa...



Haicai

Inserida por alehgria

IPÊ AMARELO (soneto)

No teu fugaz aflorar. És partitura
Duma melodia cálida fulgurante
De etérea figura num semblante
No ápice duma passagem pura

Se ergue na paisagem, vibrante
Em efígie no cerrado, escultura
Tão cróceo de aparata candura
Num teor pomposo e insinuante

Ave ipê! Natureza na sua mesura
Aos olhos se faz guapo arruante
Ao poeta estro em embocadura

E neste Éden de aptidão gigante
Ao belo, a quimera se aventura
Numa viagem de visão alucinante

Luciano Spagnol
Agosto de 2016

Inserida por LucianoSpagnol

NO TRONCO DO IPÊ (soneto)

O ipê resplandece, na sede do inverno
Árido e frio chão, resistir o seu nome
Durar, no estio, que assim o consome
A belicosa árvore, floresce no inferno

Com o tal vigor generoso e fraterno
Pária com honra, se a chuva lhe some
Mingua a água, e, que a vida lhe tome:
A ventura. Ainda é um aparato eterno

Do próprio fel, do cerrado, é proveito
Faz do atravanco, triunfo na desgraça
E ao planalto central marca e respeito

Possui, na rispidez da terra crassa
A própria glória, o seu maior feito:
Florindo em beleza, de pura graça.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

ALTERAÇÃO (soneto)

Como se a sorte, tirar-me, assim quer
Como a névoa no cerrado embaça o ipê
Você, assim na sina tornou-se por quê?
E o destino passou outra trova escrever

Como se as promessas não mais a mercê
Não mais se lê na vã inspiração a sofrer
Você, agora figura numa dor para valer
E os sonhos se fazem de simples clichê

Um céu tão cinza matizou-se lá fora
Sem arco íris e um ar tão tenebroso
Na alma, é sofrência que sinto agora

Como se pudesse não ser malditoso
Nesta poesia, em que o verso chora
O que um dia no cantar foi mavioso...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 de março de 2020 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

IPÊ ROSA (soneto)

Cálice róseo de fugaz formosura
Donde vem teu matizado, o tom
Que o árido cerrado te escultura
No agreste, num veludo crepom

Sois volúpia em flor, tal bravura
Doidas da "sequia", audaz dom
Onde catou a tua cor, ó candura
Belo buquê em poema tão bom

Teus segredos ao olhar rouxinol
Em um canto dum verso e prosa
O teu frescor abrigo no avido sol

Ó almas feitas, casta, tal estriga
Copiosas a esvoaçar ipês, rosa
Na savana goiana toada cantiga

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

panorama...
meio a secura
o ipê com flor na rama
maravilha, perfumada ternura
pelo cinza, pontos amarelos
num matiz em mistura
grifadas em prelos...

queimada
nuveada de fumaça
e a estrada dourada
traçado cheio de chalaça
o cerrado. Vida enleada!

Visto pela vidraça!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
21 de setembro de 2019
São Paulo, SP (Guaianases)

Inserida por LucianoSpagnol

O amor tem que ser igual a um ipê: floresce toda vez que parecer morrer.

Inserida por luizhenriquerodrigue

terra

Onça-pintada
tamanduá, jacaré.
baobá, ipê amarelo
jacarandá.
seu zé, dona maria
padre José.

um pouco do todo
cabe em um poema,
mas não cabe no
seu mundo?

Inserida por Ancelmobento

IPÊ AMARELO

É fim de agosto, o solo está sedento
Pedindo a volta das águas ausentes
As folhas secas, ao sabor dos ventos,
Descem ao chão forrando a terra quente

Mas chega o tempo dos encantamentos
De exultar-se em cortinas amarelas:
Revela-se o ipê em opulentos
Quadros de flores, fulgurantes telas

Vem colorir então qual áurea tocha
No ápice da sua majestade
Ao desdobrar-se em fúlgida beleza

Embevendo olhares, desabrocha
Dando leveza aos campos e cidades
Pintando de amarelo a natureza!

Oldney Lopes©

Inserida por Oldney

A MOCIDADE

A mocidade é tal qual a flor do ipê
Vigorosa, e na secura resplandece
Tudo pode, é formosa, sonha e crê
E suas inquietudes não lhe apetece

É a idade da beleza a sua mercê:
O presente não lhe traz estresse
E o futuro pouco ou de nada vê
O que lhe importa é a tua messe

Ousada, domina e brilha ao vento
Na desventura tem nenhum receio
Pois, é facilmente o esquecimento

Porém, o senhor tempo, tão voraz
Qual a flor do ipê, de frágil esteio
Cai ao chão, de um destino fugaz

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Tão fina e singela se revelou na primavera, é um ipê da flor amarela.

Inserida por AlexandreSalazar

"As flores do ipê são mais uma das grandes maravilhas que anatureza nos oferece, para encantar o nosso olhar e tornar o nosso caminho mais alegre e colorido. ( Léo Pedacci)

Inserida por pedacci

Parei beirando a calçada

a observar fiquei

ipê rosado

de galhos alados

a mostrar sua beleza

sob um céu anil

e sol primaveril



calor intenso

nada de folhas a bailar

tudo era um convite

a natureza contemplar



lá no alto, bem no alto

Um casal de pássaros

perdidos também

na contemplação

Da natureza maravilhosa

naquele momento

tão silenciosa

Bela e surpreendente .



Não há fala ,

não há palavras

nenhuma voz ,

nenhum canto

sómente dos céus

o testemunho silencioso

a nos dizer

de seu teor poderoso





Momento ímpar

momento único

desde o céu azulado

Plantas sob o brilho do sol

animais terrestres ou marítimos

Todos juntos em uníssono

Cada um a seu modo

dando glórias ao criador



e nós humanos ,

como participamos

com a Natureza

em cantar louvores ao Criador ?

edite lima / Outubro/2019

Inserida por editelima

Ventania
Era dia de vento lento
Até que soprou
Soprou até
Sobrou até pro pé de ipê
Levou até não sei o quê
Que não se vê
Ventou até
Levou a paz e o pensamento
O tanto faz e eu tô atento
E eu tô à toa e eu vou até
Até que eu não fosse mais
Não dá mais pé
Assim, de momento
Levou-me a fé num pé de vento
Deixou-me aqui, por enquanto
De tanto que trouxe o vento
Pelo tanto que ele levou
Hoje é doce o desencanto
Surge um pranto que doeu
Doeu-me um tanto
e eu sozinho
Sentado ao pé do caminho
Parado
Procurando espinho. ou mais
e foi-se...foi-se até
Foi-se até não ser esquecida
Depois de ensinar a vida
Doer, sem mostrar onde é.

Edson Ricardo Paiva,

Inserida por edsonricardopaiva

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