IPÊ ROSA (soneto) Cálice róseo de... Luciano Spagnol - poeta...

IPÊ ROSA (soneto) Cálice róseo de fugaz formosura Donde vem teu matizado, o tom Que o árido cerrado te escultura No agreste, num veludo crepom Sois volúpia em f... Frase de Luciano Spagnol - poeta mineiro do cerrado.

IPÊ ROSA (soneto)

Cálice róseo de fugaz formosura
Donde vem teu matizado, o tom
Que o árido cerrado te escultura
No agreste, num veludo crepom

Sois volúpia em flor, tal bravura
Doidas da "sequia", audaz dom
Onde catou a tua cor, ó candura
Belo buquê em poema tão bom

Teus segredos ao olhar rouxinol
Em um canto dum verso e prosa
O teu frescor abrigo no avido sol

Ó almas feitas, casta, tal estriga
Copiosas a esvoaçar ipês, rosa
Na savana goiana toada cantiga

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano