Infortúnio
Sinais
Um sinal do breve gelo do inverno
Um sinal de um infortúnio eterno ?
Um sinal de uma luz laranja
Quando o sol descansa e a espera de no dia seguinte raiar ele se arranja
A lua surge no horizonte
Histórias de um amor espero que um poeta um dia nos conte
A cada sinal de decepção
Voou paralelo a outra dimensão buscando minha liberdade de expressão
Sinais que um poeta quer demostrar
Sinais que a sociedade quer calar
Sinais de um amor desprezado
Apagado quando se tem um coração renovado
E nos meus cartazes
Diríamos a pessoa que amamos ""te amo "" milhares de vezes
Abracadabra sésamo ... não é assim que faz você se apaixonar
Na química dos olhares no teu corpo revive a vontade de aquela mulher amar
Admirando esse espetacular eclipse
Me pergunto por quê caímos tanto em deslize
Uma voz ao fundo me responde
Olho é você ... Me dizendo porque está tão longe
É um sinal de um monge
Que do alto do monte
Me diz que na vida todos temos uma ponte
Questiono ele que ponte é essa ? Ele responde todos temos um amor que trás a alegria em forma de uma esplêndida fonte
O homem, a guerra, o desastre e o infortúnio
“Que estranho bicho o homem. O que ele mais deseja no convívio inter-humano não é afinal a paz, a concórdia, o sossego coletivo. O que ele deseja realmente é a guerra, o risco ao menos disso, e no fundo o desastre, o infortúnio. Ele não foi feito para a conquista de seja o que for, mas só para o conquistar seja o que for. Poucos homens afirmaram que a guerra é um bem (Hegel, por exemplo), mas é isso que no fundo desejam. A guerra é o perigo, o desafio ao destino, a possibilidade de triunfo, mas sobretudo a inquietação em ação. Da paz se diz que é podre, porque é o estarmos recaídos sobre nós, a inatividade, a derrota que sobrevém não apenas ao que ficou derrotado, mas ainda ou sobretudo ao que venceu. O que ficou derrotado é o mais feliz pela necessidade iniludível de tentar de novo a sorte. Mas o que venceu não tem paz senão por algum tempo no seu coração alvoroçado. A guerra é o estado natural do bicho humano, ele não pode suportar a felicidade a que aspirou. Como o grupo de futebol, qualquer vitória alcançada é o estímulo insuportável para vencer outra vez.
Imaginar o mundo pacificado em aceitação e contentamento consigo é apenas o mito que justifique a continuação da guerra. A paz é insuportável como a pasmaceira. Nas situações mais vulgares, nós vemos a imperiosa necessidade de desafiar, irritar, provocar, agredir, sem razão nenhuma que não seja a de agitar a quietude, destruir a estagnação, fazer surgir o risco, a aventura. É o que leva o jogador a jogar, mesmo que não necessite de ganhar, pelo puro prazer de saborear o poder perder para a hipótese de não perder e ganhar. A excelência de nós próprios só se entende se se afirmar sobre o que o não é.
Numa sociedade de ricaços ninguém era feliz. Seria então necessário que por qualquer coisa houvesse alguns felizes sobre a infelicidade dos outros. O homem é o lobo do homem para que este possa ser o cordeiro daquele. Nenhuma luta se destina a criar a justiça, mas apenas a instaurar a injustiça. O homem é um ser sem remédio. Todo o remédio que ele quiser inventar é só para sobrepor a razão ao irracional que de fato é. Toda a história das guerras é uma parada de comédia para iludir a sua invencível condição de tragédia. A verdade dele é o crime. E tudo o mais é um pretexto para o disfarçar. A fábula do lobo e do cordeiro já disse tudo. A superioridade do homem sobre o lobo é que ele tem mais imaginação para inventar razões. A superioridade do homem sobre o lobo é que ele tem mais hábitos de educação. E a razão é uma forma de sermos educados.”
Vergílio Ferreira, in Conta-Corrente IV
Estradas que dilacera a vida
queima o poço do coração
Estrangula em aparições
Infortúnio do gelo de infelicidade...
Para os poços de sentimentos
Dirigentes da vida em voraz agonia.
Abandono e indiferença
Desatino minha linda decepção...
Sensações das extremidades do destino.
Nenhum gesto de Gentileza, por menor que seja deve ser considerado como um infortúnio... Mas sim como uma leve brisa de encanto refletido nos olhos alheios, transbordado em palavas verdadeiras.
"Eu não preciso ter conhecido alguém a fundo para, diante de um infortúnio, me compadecer. A maior virtude do ser humano é se pôr no lugar do outro".
DESIDERATA
Alimente a força do espírito para ter proteção em um súbito infortúnio. Mas não se torture com temores imaginários. Muitos medos nascem da solidão e do cansaço.
Você é filho do Universo, assim como as árvores e as estrelas. Você tem o direito de estar aqui.
Portanto, esteja em paz com Deus, não importa como você o conceba.
E, quaisquer que sejam as suas lutas e aspirações no ruidoso tumulto da vida, mantenha a paz em sua alma.
O infortúnio que me causa
A emoção que marca
O teu beijo sem que se esqueça
Teu bem querer que não acabe
O jovem sedutor
Bela do olhar fascinante
Convence em ser a ultima
Bela em olhos de jade
Verdes congelante
Que congelou os sentimentos
Cabelo liso extasiante
Seios emoção e poesia
Infortunio No Amor
Entre a verdadero e a mentira
Minha alma no meio
Entregando garganta a enforca,
Meu corpo soluçando
Entre vida e morte,
Só resta a voz que sai dos olhos
E a dor que sufoca a alma,
O silêmcio aperta a mente
É a morte do coração chegando,
Vem! Vem que estou pronto
De mil vezes morrer
Por amor que não me ama,
E antes de outra vez ressuscitar
Rogar o céu divino
Pela paixão que me encarrega,
E a desventura deste amor
Que a minha alma tormenta.
LOUCURA
Insignificante, porém insano.
Palavras que restrugem em minha mente, meu infortúnio diário, meu inferno pessoal.
Questionários, dúvidas do amanhã e martírios do ontem.
Exclamados e interrogados, investigados e julgados.
O simples porém, da insanidade humana, suas tribulações ditas dia pós dia, ano pós ano, em toda sua insignificante existência.
Pois o ontem será dito hoje, e do amanhã será feito o agora.
E se um único vestígio de insanidade há de ser compreendido como loucura, a loucura será a forma concreta do nosso ser.
O simples fato do amanhã estar em meus pensamentos distantes, faz dos fatos passados que iniciaram minha história não serem nada a mais do que apenas lembranças.
Tão vagas, mas mesmo assim preenchidas.
Complexo, mas dito. A insignificância de um simples fato, tão visto, mas por poucos comentado por medo do julgamento do próximo.
Dito como loucura, mas visto como insanidade, é o simples fato da existência de um ser que está cansado de se manter em silêncio.
Desistimos do sonho de ontem, mas buscamos o de amanhã, sendo louco, insano ou apenas mal compreendido.
Vejo meus amigos se indo aos poucos, enquanto minha alma se esvai entre dúvidas e incertezas, me deixando encurralado em meio a imensa escuridão.
Nada mais me importa!
O consolo do condenado é a esperança de ver seus colegas de infortúnio no mesmo calabouço.(25.01.18)
"Não há homem que, em tal infortúnio, não busque a esperança, ou que, mergulhado na escuridão, não procure luz.''
Guerra do governo sobre a Pobreza transformou a pobreza a partir de um infortúnio de curto prazo em uma escolha de carreira.
Micropoemas do infortúnio - 1
Quando as águas baixam,
a bruma se desfaz
e a todos é revelado o caminho das pedras:
um santo suspende a sua função
de andar sobre as águas.
aprender a viver um dia de cada vez,
é infortúnio da alma,
perdida em desespero,
com profundo sentimento,
assim seria final do temor da minha alma,
a dor no coração bem deferir meus sentimentos,
a sensatez benéfica a voz da morte da minha alma,
sem ser consolado pelo ar da tua voz,
encontraria vida na eternidade da tua solitude.
por celso roberto nadilo
SONETO PARA MARIA DO CARMO
Quando à milícia silente do carecer
Te algema no infortúnio do passado
Pranteando o tempo já desperdiçado
Um olhar ressurge no ardido viver
De tão rara generosidade, e agrado
Pôs-se ouvinte no ato de se oferecer
Derramou palavras a me entorpecer
De carinho, afago, ali tão adequado
Assim, presença amiga no anoitecer
Posso então, dizer, és laço apertado
Tornando o revés doce, não salgado
Maria do Carmo, prima, excelso ser
Ides as perdas, fica o verso versado
Pra ti, expressando o meu obrigado
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
16 de julho
Cerrado goiano
pra prima Maria do Carmo Magalhães
