Incerto
O medo é um absurdo
O medo me deixa surdo
O medo me deixa cego
O medo me deixa louco
O medo me deixa incerto
O medo é um absurdo
Em passos incertos na vida
Calculo a fórmula da sorte
Em um vasto caminho só de ida
Sou a bússola que aponta pra morte
Essas certezas sempre tão incertas me movem como nuvem ao vento, esperando tudo, pronto para nada, mas assim, em movimento.
Os olhos continuam a ver-te
e as mãos estão frias
de transpirar vontades
partir é preciso
mesmo sem passagem
a vida nada mais é
do que uma constante
miragem
a estrada flutua
e ainda te vejo nua
ao menos se o mar
estivesse perto
um porto incerto
haveria de surgir
é preciso ir
― o sonho é só um sonho ―
olhos medonhos
nada podem impedir
há uma luz
lá adiante
― é preciso ir.
Um caminho só é caminho quando se é sinalizado, identificado e regularizado. Cuidado com atalhos, eles são incertos.
↠ Enigma ↞
*
Na caixa de sentimentos
guarda-se um enigma,
razão não tem conhecimento
a vivência descobrirá tal estigma.
*
Interminável deserto,
rumo solitário, incerto…
oásis ímpar do “eu” existencial,
sacia em frescor transcendental.
*
Segredo…
pérola em esquecimento,
Ser desconhecido do medo
contido no pensamento.
Será que eu te amo?
Porquanto senti dentro do peito
alguma coisa assim roendo
que os meus olhos paralisaram
a uma distância de quilômetros
E o coração esmaeceu triste
por medo de te perder...
Porque procurei entender sobre a dor
Descobri, que para cada pergunta,
a resposta seria amor...
Porquanto, depois de perceber:
o Amor é belo para com ele viver
Fruto inesquecível que não apodrece
Porque me calo se você erra comigo?
Teus insultos me pisam em meus ciúmes
Mas te perdoo e te aceito,
Meu grande Amor,
Meu melhor amigo!
Sim, eu te amo!
Só agora descobri o que é amor
Que nem o ar, jamais quero te perder
Nosso amor é como flores
que desabrocharam dentro de mim
Eu só preciso cultivá-las
para renovar os frutos de você em mim
(MONTEIRO, A. L. Eu te amo?. In: GONDIM, Kélisson (Org.). Vozes Perdidas no tempo. Brodowski: Palavra é Arte, 2020. p. 29).
Meu presente vive de passado, minhas colheitas atuais, até que são boas, já as futuras?
Sinto um vazio premeditado, igual calda de pudim com açúcar queimado, a princípio, o gosto doce, com um finalzinho amargo.
A morte é incerta, porém o fim é a maior verdade para tudo. Por mais que todo final seja exato, nenhum começo é impossível nem infinito.
O problema dos heróis reside no fato de que, como todos, eles também enfrentam a mortalidade. Por isso, lembre-se de que confiar inteiramente em sua infalibilidade pode ser um terreno incerto.
Seja uma empática pessoa,
Que muitos gostariam ter por perto...
Seja uma pessoa certa, grata, boa,
O mundo, já é muito cruel e incerto..
Você pode estar constantemente em busca do melhor, mas talvez o que você realmente precisa esteja no presente que não está sendo devidamente valorizado, pois o amanhã é incerto e o agora é tudo que realmente temos.
Em seu caminho não há nada certo.
Há uma hesitação, um ritmo mais lento, mas não teme o sopro do vento.
Ela sonha com um futuro sereno, um caminho seguro, sem desatino e muros.
Em seu íntimo, um mar de emoção; por fora, a calmaria mais azul.
Em seu peito, um desejo a pulsar, o desejo de não deixar a paz escapar.
Ela, mulher de espírito tranquilo e maduro, carrega em si um amor puro e, no coração, uma doce demora, como um beijo que o tempo devora.
Quem vós engana para conseguir o que desejas?
Pois te falta espelhos pra ver tuas faltas...
És terra, és lodo, és pó...
És vazio na alheia cama...
Mas não te digo, nem te lembro nada...
Enquanto entre risadas vaga...
O tempo vil, que tudo troca, e muda...
Sem perdão, de outrora sem culpa...
Desgasta o que cultua...
E te levará à cova...
São dias de febre na cabeça...
E não sentes o que te corrói...
Num jardim onde há flores sem hastes...
Dá-se sua alma em troca...
Finges uma lágrima enquanto chora...
A ti e aos teus no correr do tempo...
Somente enganas a tu mesmo...
Enquanto apodrece a alma...
Triste e dúbia luz em que vives...
Cuja vaidade lhe assombra...
Entre falsas lisonjas caminhas...
Em suas tristes e perdidas horas...
Eu dar-vos-ia as estrelas...
Se realmente soubesses amar...
Mas que triste ironia...
Nem isso anseias por sonhar...
Nem batalhas, nem paz tens...
Apenas um grito na memória...
Apenas dia após dia...
Apenas noite que vai e vem...
Se alguma qualidade pode ser preferida...
Não a restrinja...
És só...
Não tem ninguém...
Redemoinho de ventos...
A desenhar seus próprios pés...
Incerto destino te procura...
Enquanto vagas na realidade crua...
Enquanto singra pelas noites e ruas...
Seria hipócrita se dissesse...
Que sendo assim não te quero...
Contundo cresce em mim a paixão...
Desde que apenas com um único olhar seu...
Roubaste meu coração...
Sandro Paschoal Nogueira
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