Hoje o Tempo Voa Amor
sabe porque a águia voa e a galinha cisca,
sa embas teem o mesmo tamanho?
É que a águia olha para o alto
e a galinha pro chão.
Sinto que fui um pássaro
Ainda nutro o desejo de ser livre
Que voa longe ao sabor do vento
Que cansado,
busca um lugar de repouso,
reencontro.
Algumas vezes frágil diante da vida.
Outras vezes, imponente, dono do céu.
Yara Alves
O BRASIL DA CORRUPÇÃO
A águia da cabeça branca,
Que acolá voa soberana
Sob as asas da justiça,
Cá se rende ao seu rei
Que também se curva ao peso
De malas e malas surrupiadas,
À luz de uma verdade,
Do sangue e suor de seu povo,
E que como câncer se alastra,
Amordaçando a sua deusa
E fazendo o seu pêndulo
Sucumbir à sua força.
Quem são os teus deuses
Que fazem cobiçar riquezas do alheio,
Que apagam o sol que te aquece
E que fazem do dia a sua noite
E carregam a sua prole
Para um destino incerto
De valores morais
Que as tuas benesses
E as malas irão afrontar?
E o povo sem rumo
Também não se esquece das migalhas
Servidas igual lata de sardinha
Por um ser que, como curupira,
Sorvia o seu líquido
E simulava discursos
Que não valiam um tostão,
Mas amealhavam milhões
Que hoje afrontam uma nação
Dos sem tostões,
No país da corrupção.
Voa teus passos em direção a mim, tuas asas envolvem meu corpo, é festa. São flores teus olhos nos meus, é vida...encanto, canto de poesias, poemas...me entrego, me jogo ! Sinto o mar, vejo rios...folhas e ventos me cobrem de desejo, de querer. São assim as emoções, os arrepios que vem de ti, é desse jeito que invade minha alma e minha mente. Descompassos, compassos em forma de borboletas, vestes de pássaros...sonhos, paixões, versos, canções...
Uma águia, que não mais diferente das outras aves, é limitada pelo sistema, e tem que ir a luta, voando baixo, para depois voar alto; calma, tudo tem o seu tempo, nada é em vão, na vida é ganhar ou aprender, para o vencedor não existe perder, vamos lutar, vamos voar, para aprender dar valor, e ser a diferença, voando feliz nas alturas com O dono do céu!
Pensamento voa como o vento,
Alguns eu corto as asas e seguro
Esses me fazem bem!
Outros, quero mais é que voem pra bem longe e além.
E com os pés na areia o corpo relaxa e a mente voa, voa até você e sussurra no seu ouvido como eu sinto sua falta... sinta o vento lhe contar meu pensamento...loucos um pelo outro.
Voa ave,
encontre as nuvens
Voa sem parar,
segue teu destino
sinta tua liberdade,
feliz sempre serás
olhando em detalhes a paisagem,
pouse nela teus olhos, por nós,
pois nunca a veremos
com seus mistérios,
voa por nós e nossa pequenez
em não descobrir o que há mais além...
TRIBUTO A UM ETERNO CAMPEÃO
Quem é esse que voa
Com sua máquina reluzente
Com seu motor potente
Na velocidade do vento.
Quem é esse que se atreve
Brincar com nossas emoções
Buscando a perfeição
Nas partituras do tempo.
Quem é esse intrépido menino
Que desafia retas e curvas
Fazendo nossa visão ficar turva
No mais sutil movimento.
Quem é esse mágico fabuloso
Que tira manobras incríveis da cartola
Deixando adversários na sola
Com tamanho encantamento.
Assim foi e sempre será AYRTON SENNA DA SILVA
Um menino, um homem, um herói, um mito;
Por aqui passou deixando um legado escrito
E uma Nação órfão de seu talento.
BORBOLETA (soneto)
À flor de lobeira do cerrado, azulada
Voa a borboleta erradia lentamente
De asas tal multicor do sol poente
Num dueto de um balé na estrada
É tão imponente e é tão refulgente
No horizonte rubro, em uma toada
Que hipnotiza o ver e mais nada
Doidejando o encanto da gente
Só a flor, o que importa, a ela atada
Somente! E ao seu redor indiferente
Onde ali, a vida se faz multiplicada
Neste valsar vaporoso e inocente
Do diverso do cerrado camarada
Borboleta em voo, é o belo ingente!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
CERCA NO AR
O boi, não voa
a vaca... Não voa!
Mas tem cercas no ar,
quase, quase...
Aonde aviões podem voar.
Arames farpados...
Fios elétricos,
cachorro que ladram
para que, ninguém possa entrar.
Filho... Nada de bom dia!
Nada de boa tarde!
com estranho, nunca!
Nunca se pode falar.
Boi, não voa...
vaca não voa!
cachorro não fala
mas ladra em seu cercado
só para te acordar.
Antonio Montes
Sendo assim, voa!
Seguindo o rumo do seu rebanho
Eu sempre soube que era um engano
E nunca quis te iludir.
As quedas são detalhes
De um aconchego verdadeiro
De uma vida sem desfecho
Que não tecla o "decidir".
Eu nunca estou completo
E por isso ando cego
Tentando emudecer.
Pouco se faz tempestade
Se vivo atrás das grades
Buscando um novo alvorecer.
Quando voa o condor
Com o céu por detrás
Traz na asa um sonho
Com o céu por detrás
Voa condor
Que a gente voa atrás
Voa atrás do sonho
Com o céu por detrás ...
Condor -
Sou um Anjo que voa sem asa, sou uma rocha que se move sem ventos, sou uma pessoa escondida, alheia à sociedade, que aos poucos vem sentindo a dor destes seres imprudentes, agarrando-me as grades quase podres deste Mundo. Estas grades... são cortantes, que há tempos vem à me flagelar, com uma dor não tão fugaz, mas como toda vez sairei incólume, porquê sempre serei Sagaz...
Meu pensamento voa além do horizonte...
Caminhando por estradas íngremes...
Às vezes eu corria antes que o tempo apagasse os meus sonhos...
A grama parecia um tapete verde...
As luzes das estrelas brilhavam com muito mais brilho
E a lua me trazia noites maravilhosas... Era tudo muito doce...
Perfeito!
Hoje, meus olhos desgastados ainda fitam o horizonte
Apesar de que passei tantas vezes por essa estrada...
As brumas das manhãs ali continuam... O nevoeiro...
Tudo continua lá... O barulho das águas a correr... E
Uma saudade sem fim!
VÁ PENSIERO / VERDI
Va', pensiero, sull'ali dorate.
voa, pensamento, com tuas asas douradas;
Va', ti posa sui clivi, sui coll,
voa, pousa-te nas encostas e no topo das colinas,
ove olezzano tepide e molli
onde perfumam mornas e macias
l'aure dolci del suolo natal!
as brisas doces do solo natal !
Del Giordano le rive saluta,
Cumprimenta as margens do rio Jordão,
di Sionne le torri atterrate.
as torres derrubadas de Jerusalém...
O mia Patria, si bella e perduta!
oh minha pátria tão bela e perdida!
O membranza s'i cara e fatal!
Oh lembrança tão cara e fatal !
Arpa d'or dei fatidici vati,
Harpa dourada dos grandes poetas,
perché muta dal salice pendi?
porque agora estas muda?
Le memorie del petto riaccendi,
Reacendas as memórias no nosso peito,
ci favella del tempo che fu!
fale-nos do bom tempo que foi!
O simile di Solima ai fati,
como Sòlima fez com o destino
traggi un suono di crudo lamento;
traduz em musica o nosso sofrimento,
o t'ispiri il Signore un concento
deixa-te inspirar pelo Senhor
che ne infonda al patire virtü
che ne infonda al patire virtü
para que nossa dor se torne virtude!
Liberdade
Liberdade não é um pássaro
Que voa para vários horizontes;
Afinal, quando filhotes, buscam amparo
Nos pais, que os protegem de amedrontes
E mesmo depois de senhores,
Não fazem o que querem,
A menos que desejem
Virar comida de predadores.
Liberdade não são correntes quebradas,
Que escravos as arrebentaram. Não.
Harriet não teve sua liberdade
Até resgatar entes e irmandades
Talvez nunca tenha tido;
Talvez nunca tenha libertada sido.
Ninguém nunca conheceu liberdade
Porque ela simplesmente não existe.
Quando fazemos 18 anos,
Liberdade é o que mais almejamos
Mas não podemos desrespeitar os genitores.
Se tem alguma religião,
não saímos cometendo pecados
Porque senão,
No Inferno, queimaremos.
Não podemos falar o que pensamos,
Para que os outros não se magoem.
Para que as pessoas nos aceitem,
Não podemos falhar, temos que ser perfeitos.
Não podemos ser do jeito que somos,
Temos que nos moldar para que nos gostem.
Por que?
Por que é assim?
Quando pessoas tiram a vida
Elas querem uma passagem só de ida
Para um destino sem sofrimentos,
Em que, podem, verdadeiramente, serem livres.
Só peço a Deus,
Que atenda aos filhos seus
Que libertos sejamos.
Liberdade ainda que tardia.
