História de Passarinho
No momento em que um passarinho tem suas asas cortadas, ele sente muita falta de voar.
É um misto de revolta com frustração, tristeza e dor.
Mas com o tempo, ele se acostuma. Depois de passar um longo tempo com asas cortadas, ele começa a aceitar o seu destino.
Acredita que não tem mais o que fazer, já que passou muito tempo com as asas cortadas e portanto, mesmo que recuperasse o que foi perdido seria tarde demais.
O mesmo acontece com a gente. Em algum momento, você também teve suas asas cortadas por alguém que dizia amar você. Essa pessoa queria te por perto, pois não suportaria o seu voo.
Ou seja, a prioridade é que você continuasse ao lado dela, mesmo infeliz com suas asas cortadas (que nesse caso, seria seus sonhos).
É...existem aqueles que amam passarinhos, mas permitem o seu voo. Preferem vê-lo longe, mas feliz.
Mas também tem aqueles que preferem vê-lo infeliz em uma gaiola, pois pelo menos ele está por perto.
Incrível que são as pessoas que mais amamos que cortam nossas asas. Família, namorado e amigos.
Ter alguém que incentive você a voar é um privilégio.
A TRILHA EXTINTA
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Certa vez um passarinho
Ficou reparando o caminho
Que via de cima da encosta
Mas ele não entendia
Por que o mato sumia
Deixando a terra exposta.
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Indagou um pássaro adulto
Que conhecia o mundo oculto
Dos humanos e de outras feras:
Sr. pássaro sábio e nobre
Por que o mato não cobre
Aquele caminho de terra?
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Lá embaixo os seres sem asas
Constroem as suas casas
Distantes umas das outras
E quando sentem saudade
E querem rever suas amizades
Caminham pela planície toda.
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Durante as caminhadas
A terra vai sendo amassada
Impedindo que o mato cresça
E as flores que crescem
Nas margens agradecem
Pois querem que o amor prevaleça.
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Então o pássaro pequenino
Entendeu por que via um menino
Chorando sentado numa trilha
Que agora estava todinha
Cheia de capim e ervas daninhas
Que cobriam suas panturrilhas.
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Provavelmente aquela criança
Tinha alguém na vizinhança
Que costumava fazer-lhe visitas
Mas aquele mato comprido
Indicava que o seu amigo
Deixou de pisar na trilha extinta.
Amor Girassol
Era uma vez uma flor a sonhar com o amor...
Daí, um passarinho que voava por ali resolveu fazer-lhe companhia.
A flor sonhadora, bateu pétalas feliz aos rodopios do pássaro.
Então, ele aninhou a flor sob as suas asas, protegendo-a com carinho naquela noite escura; e o seu mavioso canto causava um leve torpor a flor, a qual, sentia açucarar-lhe o néctar que o passarinho sugava docemente.
Amanheceu, o passarinho beijou a flor e voou...voou alto...em direção ao sol e nunca mais voltou...
Assim acabou a história de amor do passarinho e da flor, o qual, durou apenas uma noite
Quantos amores duram somente uma noite e quantas flores eternizam esse amor Girassol...!
☆Haredita Angel-13.01.2022
"Caímos na terra em missão.
Até o passarinho vem em missão:
- Cantar, voar ou cair do ninho."
☆Haredita Angel
E o amor falou: - me espera, estou chegando...!
E a música ecoou...
E o passarinho cantou...
E a flor se abriu...
E a moça dengosa sorriu...
E o sol sumiu na linha do horizonte sem pressa...
E a noite caiu mimosa e doce...
E a lua alcoviteira, fêz mais um empréstimo de luz às estrêlas...
E desceu a gaiata, luminosa e faceira...
Vestida de prata com pronto diadema...
Amadrinhando mais um amor que finalmente CHEGOU!
☆ Haredita Angel
Quero-Quero Voar
Morando num ovinho sequinho e quentinho passarinho quer sair
Depois Do Nascimento começa o
Quero-Quero
Quero-Quero
Bis
Até ficar gordinho...
Pássaro gordo não sabe voar... E os pais deixam seus
Quero-Quero
Quero-Quero
Bis
Assim Leves, livres e soltos, eles ganham os céus com fome cantando
Quero-Quero
Quero-Quero
Bis
Depois de tanto voar eles precisam descansar, se aninhar e ovinhos chocar... E logo os Quero-Quero vão voltar...
Quero-Quero
Quero-Quero
Bis
Um passarinho negro
Pousou no meu peito esquerdo,
E construiu um ninho.
E canta todos os dias: poesia de amor com carinho.
Entre tantas coisas que motivam um passarinho a pousar, pode está a crença de ter encontrado um lugar seguro, ainda que aparente, para o pouso.
O novo é como um passarinho que pousa em nós, e que sabemos que irá voar. Se nos mantermos certos da dignidade do lugar seguro que somos, passarinho sempre pousará.
HOSPEDAGEM.
Uma vez, um passarinho pousou em um galho e passou a noite toda hospedado naquela árvore.
Ao amanhecer, ele partiu e passou o dia longe do velho galho. No entardecer, quando retornou à árvore, o velho galho já não estava mais lá.
O passarinho ficou muito triste, pois não poderia mais se sentar naquele galho, mesmo que a árvore fosse a mesma.
A vida não é diferente do velho galho, nós também não somos diferentes do passarinho.
Às vezes, passamos o dia ao lado de alguém que amamos, mas chegará o dia em que voltaremos ao mesmo lugar e não encontraremos as mesmas coisas, as mesmas pessoas.
Talvez elas já tenham partido e, mesmo que o lugar seja o mesmo, os hóspedes serão diferentes.
Aproveite as pessoas que estão ao seu lado aproveite cada momento, demonstre o quanto ama, pois chegará o dia em que voltaremos e não encontraremos as pessoas, apenas o lugar vazio.
E nesse dia restarão apenas as boas lembranças daqueles antigos hóspedes.
PRESO NO PARAÍSO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
O passarinho está livre na gaiola. Mas está preso... na gaiola. Está livre do gato e do gavião. Do sol... da chuva. Livre até de ser preso em outra gaiola. Livre da liberdade.
Tem alpiste, água e remédio. Tem um senhor... um senhor que lhe dá o alpiste, a água, o remédio e a garantia de que o gato, o gavião, a chuva e o sol não o pegarão... muito menos a liberdade o pegará.
E o passarinho canta. Canta para o seu dono e senhor, que além de prover suas necessidades, garantir o socorro e as libertações, ainda lhe dá o direito de olhar o mundo e sentir o ar, mesmo sem poder explorá-los... avançar os limites das permissões espremidas. Ele apenas olha, e sabe que deve agradecer por tudo, esse tudo-nada, para não ofender seu dono e senhor, que sempre sabe o que é bom.
Hoje, o passarinho entende que esse é seu livre arbítrio. Não é livre... nem é arbítrio. Mesmo assim é seu livre arbítrio, depois do medo que aprendeu a ter das consequências de não ter medo. De ser livre. Ter arbítrio. Correr os riscos de ser quem é por natureza ou pelo pecado original de haver nascido.
Essa é a sua casa. Seu mundo; seu habitat. Sua prisão no paraíso... longe do seu ninho. A gaiola é o templo... a igreja do passarinho.
Ela pensava que era passarinho
E sonhava com as manhãs,
Ela pensava que era passarinho
E sonhava com as nuvens...
O amor lhe dava segurança
Como qualquer gaiola,
Mas ela pensava que era passarinho...
E sonhava ver a tarde morrendo
Na parte mais alta do bambuzal
Um dia o amor lhe abriu as portas
E ela se perdeu na imensidão de seus delírios,
Sentiu falta da segurança que lhe dava o amor,
Mas sem o calor de sua presença
O amor pereceu no frio da noite...
condor
O trigésimo andar me seduz
Salto livre no vazio,
Talvez me torne passarinho,
A vertigem é mais que adrenalina,
Talvez traga um crepúsculo só para mim...
O condor já foi homem um dia,
O homem um dia já foi condor,
Então se jogou do penhasco,
Flutuou até o horizonte,
E guardou o sol atrás da colina...
Na paixão o homem volta a ser condor,
Mas esquece que já não sabe voar,
E quando surgem ressentimentos com dor,
Com dor o homem não consegue flutuar,
Então esta queda no vazio,
Do azul do firmamento,
E nas estrelas do olhar da menina
Até achar o horizonte, o ocaso e a colina
E redescobrir o condor que há em mim...
JURUNA no PLENÁRIO
O passarinho te viu tão sozinho,
Que se fosses passarinho
Jamais serias um bem-te-vi,
Tão triste, que se fosses
Rouxinol, jamais terias alpiste,
E se fosses um pardal, jamais estarias tão mal
E se fosses um canário, não sairias do armário
Se fosses corrupião, morrerias de paixão...
O passarinho te viu tão só,
Que jamais serias um curió,
Tão aflito que jamais serias um periquito
Tão jururu que, jamais ouvirias um uirapuru,
E nesse mundo de penas,
Tanta pena tenho de ti,
Que te trago do cacique, um cocar guarani,
Te trago penas de pavão,
Pra te lembrar da paixão,
Te trago tons de lilás, tons celestiais
De um mundo colorido de araras e tuiuiús
Te trago lembranças do pajé,
que cuida de bichos de pena...
De todo índio com fé...
