Grito de Protesto
Para mim, nunca foi fácil o silêncio, o grito sempre foi mais simples, mas como sou feito de batalhas difíceis, escolhi silenciar e sorrir, estar em paz é melhor do que ter a razão.
O grito do silêncio
É no silêncio que a dor se esconde,
Homem, mulher, todos choram, não esconde,
Na alma, a tempestade se pronuncia,
Em lágrimas, a tristeza se anuncia.
Cala boca, diz a voz do medo,
Engole o choro, sufoca o segredo,
Mas a dor não é exclusiva dos fracos,
É na vulnerabilidade que encontramos os laços.
No silêncio do eu reprimido,
A depressão sussurra, oprimindo,
As dores de cabeça ecoam o tormento,
E a vontade de desistir, pesado lamento.
Não há vergonha em deixar as lágrimas rolar,
Em enfrentar a dor, sem se calar,
Homem, mulher, todos somos humanos,
Com direito à fragilidade em nossos planos.
Vagão absoluto mesmo
no absurdo do mundo,
Olho louco, grito rouco,
mesmo feito muito pouco
insisto e escrevo
os meus Versos Intimistas
para que as poesias
sejam o meu perpétuo legado.
Quando no peito ecoa um grito de revolução,
A mudança acontece,
Independente de platéia contra ou a favor.
A um grito que ecoa nas matas
Um grito da existência ameaçada
Pela maldade da ganância
Que dizima vidas preciosas do equilíbrio do ecossistema sistema
São os indígenas caçados desde o falso descobrimento até hoje são vitimados pelo descaso de uma justiça cega
São as espécies vivas e raras da Flora e da fauna
Desprotegidos arrancados pela avarenta ganância de quem não tem alma
É vidas de homens e crianças das tribos que resistem a ignorância
Ouçam é um grito de socorro
Pois as espécies extintas se calaram por que já não existem
As límpidas águas dos rios estão condenadas
As árvores centenárias que restam já se despedem estão sendo derrubadas
Não haverá no futuro nenhuma folha de verde ou mata se a ganância não for punida e parada
Como será o futuro do ecossistema se a vida do planeta está sendo destruída...
Um grito
Aperto.
Nas entranhas da dor, um grito ecoa,
Ossos crescendo, estilhaçando a alma,
No peito, um aperto, um nó que sufoca,
Explosões na mente, como bombas em calma.
Sonhos escorrendo pelos dedos como água,
Felicidade perdida, um lamento constante,
Espiritualidade vagueia, Deus se esvai na mágoa,
Alcançar Sua presença, um desejo distante.
A alma clama por socorro e misericórdia,
Desespero, companheiro antigo, fiel,
Em busca de luz em meio à escuridão absurda,
A angústia é a trilha que piso, o fel que revelei.
No relacionamento, espelhos distorcidos,
Buscando admirar, compreender, compartilhar,
Mas o oposto se ergue, os laços partidos,
Cumplicidade quebrada, a esperança a murchar.
Cansado, exausto, peso sobre os ombros,
Até onde a jornada árdua nos levará?
Questionamentos ecoam, como trovões sombrios,
Na vastidão da incerteza, onde a alma vagueará?
Mas não ceda ao vácuo que a tristeza dita,
Pois em cada brecha, luz pode adentrar,
Mesmo na escuridão, a alma acredita,
Que na busca por respostas, há um novo olhar.
Que o desespero, companheiro de longa data,
Pode ceder à força da perseverança,
Na tormenta, a calmaria pode desabrochar,
E a alma encontrar a sua substância.
Assim, erga-se diante das sombras que envolvem,
Com a coragem que da dor é forjada,
Em cada fragmento que a vida dissolve,
Um mosaico de esperança é esculpido na jornada.
SOBRE A POESIA DA ORQUÍDEA
Neste grito contra pessoas que arrancam orquídeas, as palavras se ligam em rima e direção.
A parte alta do texto é o solo, o chão onde temos a flor plantada, a barriga que mastiga e o verme.
No começo do meio, a já florida flor ainda está antes da vingança. Pois, quando ela estava florida, foi devorada. A vingança vem depois.
A vingança é pensada como um ato nobre e forte. A orquídea brota no tronco. Brota alto, iluminando um mundo novo e bonito.
No topo, no céu, a nova flor estará protegida. Uma escada com armadura, fruto da guerra, afastará os vermes. Uma escada de casca-grossa colorida, igual às próprias orquídeas que conduzirá.
Eu tô com um grito preso na alma, mas no momento certo eu darei um brado de vitória.
Enquanto isso Deus está me ensinando e me fazendo ganhar fôlego, na provação e nas lutas pra o momento certo.
Feminicídio, triste realidade a enfrentar,
Vidas ceifadas, um grito de dor a ecoar.
Mulheres que perdem suas vidas por serem quem são,
Um crime brutal que não podemos ignorar.
Gritos silenciados pela violência sem razão,
Injustiça que nos fere, aperta o coração.
Mulheres merecem respeito e igualdade,
Um mundo seguro, sem medo ou crueldade.
É hora de unir forças e lutar sem cessar,
Contra o feminicídio, é preciso se levantar.
Dar voz às vítimas, buscar justiça e mudança,
Para que nenhuma mulher seja vítima dessa matança.
Não deixemos que o feminicídio seja uma estatística fria,
Unidos, vamos construir um mundo onde todas sejam livres e felizes, todo dia.
Rua
Rua escura, sem saída
Sombras se movem na sarjeta
Um grito ecoa na noite
Um corpo é arrastado
Rua fria, sem alma
O vento sussurra segredos
Um choro é ouvido ao longe
Um espírito vaga
Rua perigosa, sem vida
O crime impera na esquina
Um assassinato é cometido
Um cadáver é jogado
Rua macabra, sem esperança
A morte é o único destino
Um funeral é realizado
Um caixão é fechado
Rua tenebrosa, sem futuro
O medo é o único sentimento
Um pesadelo se torna realidade
Um terror sem fim
Içar vela!
Entramos na mesma caravela de supetão!
Ouvimos o grito do capitão:
- Ao fim do mundo, então!
GRITO
Há feridas dentro de mim, invisíveis mas vivas, que sangram em silêncio. Elas tingem a minha alma de uma cor cinzenta, um vazio que ecoa como um abismo sem fim. Sinto-me aprisionada por minha própria existência, como uma linha frágil, prestes a romper, suspensa sobre um abismo. Observo aqueles que celebram a vida, e me pergunto: "O que eles têm que eu não tenho?"
Minha autoestima é um fio tênue, quase rompido, e o mundo parece ter se esquecido de que eu também sou feita de carne e osso. Eu não me encaixo nos moldes sociais, nas métricas de beleza e sucesso que nos são impostas desde o berço. Meu corpo é grande, mas o meu coração também é. E nele, apesar de tudo, ainda ressoa uma canção silenciosa de amor.
Vivo arrastando-me pelos dias, como quem carrega o peso do mundo nos ombros. Noite após noite, meus pensamentos são uma maratona sem fim, correndo freneticamente em busca de uma resposta, de um motivo para continuar. Ainda assim, nunca desisto. Agarro-me à vida como quem se segura à última corda de um precipício.
É nesses momentos, quando o silêncio ensurdecedor toma conta de mim, que pego minha caneta e deixo que ela deslize pelo papel, como um grito mudo. Escrevo não apenas com tinta, mas com a essência do meu ser, com toda a força e vulnerabilidade que habitam dentro de mim. A caneta é a extensão da minha voz, e o papel, o único ouvinte de minha alma.
Nesse instante, faço do meu grito um poema, uma sinfonia silenciosa que ecoa nas páginas em branco. E, mesmo em minha solidão, em meu isolamento autoimposto, eu sinto como se alguém, em algum lugar, pudesse ouvir a minha dor.
Sabe aquele grito interior que você tenta buscar para amenizá-lo?
Pois até atinge como uma dor que não cabe na alma.
Daí lhe pergunto... Pra quê sofrer por pessoa ou pelo mundo?
Posso dizer que amor próprio, sem extravagância, é o que nos faz ganhar um impulso leve, sereno e profundo com ajuda de: a força interior...
É capaz de curar quando está ferido e reforça em superar sobre todos os obstáculos da vida.
Viva a força interior, viva o amor próprio!
Não me pergunte o porquê
Nem sei se é por você
Se você insistir, grito:
Não sei… Só sei
Que quero tirar de mim
O que há dentro de mim
Pr'a ti
Que não é amor
- O Que Não É Amor
Acenei com um grito!
Tudo surgiu em forma de silêncio!
Emudeci meus gestos e gritei para ficar com a minha solitude!
Poeta Balsa Melo
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